Por Altamiro Borges
Aliado fiel do governador Geraldo Alckmin, ele andou
reclamando da forte ingerência do prefeito Gilberto Kassab na condução da
campanha. O ex-demo conseguiu bancar o vice na coligação, o seu secretário
municipal de Educação, Alexandre Schneider, e ainda impôs a composição na chapa
de vereadores, o que reduzirá a bancada dos tucanos na Câmara Municipal. Diante
das concessões ao “cupim” do PSD, como já foi apelidada a nova sigla partidária,
Edson Aparecido chegou a anunciar a sua saída.
Quinta condenação na Justiça Eleitoral
O clima não anda nada bom no comando da campanha de José
Serra à prefeitura da capital paulista. A desconfiança é generalizada. Os alckministas
não toleram os serristas. Os demos detestam os “traidores” do PSD de Kassab.
Neste cenário conturbado, que a mídia demotucana evita dar destaque, o
coordenador-geral da campanha, Edson Aparecido, chegou a ameaçar que deixaria o
posto. Só foi convencido na última hora para evitar danos maiores e bicadas ainda
mais sangrentas no ninho tucano.
Desconfiança e boatos no ninho tucano
Para evitar o desastre, Serra, Alckmin e outros tucanos de
alta plumagem entraram em cena ontem. “O candidato conversou com Aparecido no
fim da tarde, e Alckmin esteve com ele pelo menos duas vezes em 24 horas. Além
deles, o secretário Sidney Beraldo (Casa Civil) e o senador Aloysio Nunes
atuaram. Argumentaram que a sua saída iria expor o governador, de quem
Aparecido é próximo, e afetaria a campanha de Serra”, relata a Folha tucana.
A desistência do coordenador-geral representaria um baque na
coligação conservadora. Confirmaria que o grupo do governador Geraldo Alckmin não
confia em José Serra, que tem feito de tudo para aumentar a influência de Gilberto
Kassab na campanha. Há boatos, inclusive, que o eterno candidato cogita deixar
o PSDB numa orquestração com o prefeito paulistano. Ele nunca desistiu do seu
sonho de ser candidato à presidente da República. Outro tucano muito preocupado
é o cambaleante Aécio Neves.
Enquanto tenta apaziguar o ninho tucano, temendo que os
alckministas o abandonem em plena campanha, Serra também terá que sair atrás de
mais grana. Ontem, a Justiça Eleitoral condenou pela quinta vez o candidato por
propaganda ilegal. Ela fixou a multa em R$ 15 mil – o que não é nada para quem já
declarou que pretende gastar R$ 97 milhões na campanha. Um dia antes, ele já
havia sido multado em outros R$ 15 mil por divulgar antes do prazo legal o
sítio serraja.com.br. O tucano está com muita pressa!
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