sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Mais de 100 deputados trocam de partido

Por Altamiro Borges

Balanço parcial publicado pela Agência Brasil nesta sexta-feira (3) aponta que mais de 100 deputados federais e dois senadores já comunicaram a troca de partido à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara. O prazo legal para os parlamentares que desejarem concorrer nas eleições de 2014 por outras legendas se encerra neste sábado (5). A previsão é de que a feira partidária cresça ainda mais, o que confirma as distorções do sistema partidário nativo - que privilegia o mandatário em detrimento dos partidos e facilita o balcão de negócios com os financiadores privados das campanhas eleitorais.

Conforme lembra o sítio da Agência Brasil, "durante a semana, a prática [do troca-troca partidário] foi condenada em discursos por vários parlamentares e reacendeu as discussões sobre a necessidade de uma reforma política, embora muitos reconheçam que atualmente esta possibilidade é remota". Para coibir esta promiscuidade, que desrespeita os eleitores e fragiliza a democracia, seria necessária uma mudança radical de postura do Legislativo, o que é inimaginável. Os atuais parlamentares se beneficiam das brechas legais. Como afirma o senador Paulo Paim (PT-RS), "essa situação delicada, com esse troca-troca, foi um erro do próprio Congresso. Se as regras fossem mais duras, as mudanças não ocorreriam em 90% dos casos".


Ainda não dá para prever quem ganha e quem perde com esta lambança partidária. Aparentemente, a oposição sai ainda mais fragilizada. O DEM perdeu vários deputados, o que confirma que os demos rumam celeremente para o inferno. O PPS também corre o risco de desaparecer - daí seu desespero em oferecer a vaga na disputa presidencial para a ex-verde Marina Silva, que teve o registro da sua Rede rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até agora quem mais ganhou foram as forças de centro, como o PSD do ex-demo Gilberto Kassab. "O Partido Social Democrático foi a legenda com mais pedidos de adesão (52), enquanto, no Senado, a sigla perdeu um representante: a senadora Kátia Abreu (TO) que, desde ontem, integra o PMDB", relata a Agência Brasil.

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3 comentários:

Anônimo disse...

Viva a putaria, viva a prostituição. Que deus nos conforte, ou pelos menos HK-47 resolveria o problema.

Paulo disse...

Do jeito que vai, partido político será vendido na Feira do Rolo.

Pedro Sanches disse...

EU APOSTO QUE A OPOSIÇÃO SAIU AINDA MAIS ENFRAQUECIDA.