quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

"Constrangido", Azeredo renuncia

Por Altamiro Borges

A Agência Brasil informa que o deputado Eduardo Azeredo, réu no "processo do mensalão mineiro" - até o sítio público evita chamar de "mensalão tucano", curvando-se às manipulações de linguagem da mídia privada - anunciará ainda nesta quarta-feira (19) sua renúncia ao mandato. Totalmente isolado no PSDB e cruelmente rifado pelo ex-presidente FHC, ele avalia que não tem chances de escapar do pedido de prisão de 22 anos se o caso for julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Com a renúncia, o tucano tenta evitar os holofotes midiáticos da STF e forçar que o processo seja remetido à primeira instância da Justiça. A manobra reduziria o seu desgaste e o do cambaleante presidenciável da sigla, o também mineiro Aécio Neves.


Eduardo Azeredo nem sequer vai apresentar suas justificativas aos colegas parlamentares. "A carta de renúncia será entregue pelo filho do deputado, Renato Azeredo", informa a Agência Brasil. O tucano, que também adorava posar de paladino da ética, tem evitado contatos públicos. "Por duas vezes, ao longo das últimas semanas, ele anunciou e cancelou pronunciamentos que seriam feitos em plenário em que ele falaria sobre o pedido de condenação, apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot à Suprema Corte".

Segundo notinha publicada no Painel da Folha, "tucanos relatam que Eduardo Azeredo (PSDB-MG) está 'absolutamente constrangido' com sua situação diante do processo do mensalão mineiro". O seu "constrangimento", porém, preocupa outros caciques do sigla. Quando pipocaram as primeiras denúncia sobre o desvio de recursos públicos para o Caixa-2 da legenda, o ex-governador, ex-senador e ex-presidente do PSDB afirmou que o dinheiro foi usado em várias campanhas - e não apenas para sua tentativa frustrada de reeleição ao governo de Minas Gerais. Em entrevistas, ele afirmou que os recursos também serviram para a reeleição de FHC em 1998. Será que a Justiça vai atrás destas informações? A conferir!
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3 comentários:

Anônimo disse...

Aposentados 19/2/2014 13:29:54 » Por Atualizado em 19/2/2014 13:32h
Inflação do Plano Real rebaixa fortemente o valor da moeda
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Maurício Oliveira – Assessor econômico




Ao longo de quase 20 anos do Plano Real, a inflação acumulada desde 1/07/1994 até 1/2/2014, medida pelo IPCA, foi de 347,51%. Assim, um produto que custava R$ 1,00 em 1994 custa hoje R$ 4,47.

Em decorrência desse fato, a cédula de R$ 1 real passou a valer apenas R$ 0,22 centavos, enquanto a cédula de R$ 100,00 perdeu 77,65% do seu poder de compra desde o dia em que passou a circular. Com isso, o poder aquisitivo da nota de R$ 100,00 é hoje de apenas R$ 22,35. O real foi reduzido a quase um quinto do valor em 20 anos.
Com essa desvalorização, se o indivíduo ganhava R$ 100 em 1994 agora precisa de R$ 400 para poder atender ao seu consumo anterior. Isso se deve por conta do efeito da inflação sobre o poder de compra. A inflação é o termômetro que mede a diferença entre o desejo de consumir e a capacidade de produzir. Quando o desejo de consumir é maior do que a capacidade de produção, os preços sobem.

O crônico problema brasileiro com a inflação está na incapacidade de o país produzir o suficiente para atender à demanda reprimida, ou seja, àqueles que querem consumir e pagam por isso.

Com a nova escalada da inflação, o Real vai perdendo estabilidade monetária e o país pode entrar em um novo ciclo de recessão econômica. Os assalariados, trabalhadores da ativa e aposentados sofrerão mais uma vez com o custo de vida elevado.

Gilson Raslan disse...

Azeredo foi mal orientado.
A perda do foro por prerrogativa de função ocorre por um fato natural, obrigando o encaminhamento do processo à primeira instância.
No caso, a renúncia não é fato natural. Portanto o processo vai continuar no STF, porque ninguém pode se beneficiar de sua própria torpeza.

Maria Rocha disse...

Por tudo revelado deveria acabar dinheiro do contribuinte em campanha.