Deixando a modestia um pouco de lado, os novos números
divulgados na tarde deste sabado pelo Datafolha sobre a corrida presidencial
confirmam as previsões feitas esta semana aqui mesmo e no Jornal da Record
News: Dilma caiu (de 44 para 38%), mas seus adversários não subiram e, se as
eleições fossem hoje, a presidente seria reeleita no primeiro turno.
Os seis pontos perdidos por Dilma são atribuidos pelo
instituto ao "pessimismo econômico", resultado de uma
blietzkrieg desfechada pela oposição e a mídia aliada nas últimas
semanas, colocando o país e a Petrobras à beira de um colapso econômico e
administrativo, a tal da crise do fim do mundo anunciada pelos seus principais
adversários.
Eles conseguiram atingir um dos seus objetivos, que era o de
abalar o franco favoritismo de Dilma, até agora dando um passeio nas pesquisas,
mas não foram capazes de transferir os votos perdidos por ela para os
oposicionistas Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB. Com ampla
exposição dos dois na mídia nos últimos dias, o senador mineiro continua com os
mesmos 16% da pesquisa anterior e o ex-governador de Pernambuco subiu apenas
um ponto, indo de 9 para 10%.
A própria pesquisa acabou induzindo este resultado, ao
colocar no questionário várias questões relacionadas a fatos negativos na área
econômica antes de perguntar em quem o eleitor pretende votar. Como escrevi
aqui, voce pode fazer campanha detonando o adversário ou conquistando votos com
suas propostas para fazer um país melhor _ desta segunda parte, os candidatos da
oposição até agora não foram capazes.
Mais do que a perda destes seis pontos, que já era esperada,
há outros motivos para os estrategistas do Palácio do Planalto acenderem o
farol amarelo: para 65% dos eleitores, a inflação vai subir e 63% estão
frustrados com a presidente, achando que ela fez menos do que esperavam (um ano
atrás eram 34%).
O resultado mais curioso da pesquisa, mostrando que 72% dos
entrevistados querem mudanças no governo, revela que o mais indicado para
fazê-las é o principal cabo eleitoral de Dilma, o ex-presidente Lula, com 32%.
Em segundo lugar, vem Marina Silva, que também não é candidata e deve ser vice
de Eduardo Campos. A própria Dilma é a preferida de 16% para fazer estas
mudanças e seus adversários não conseguem conquistar os descontentes:
Aécio tem 13% e Eduardo vem com 7%.
Bem abaixo dos índices de José Serra, quando
faltavam, como agora, seis meses para as eleições, em 2010, Aécio mantem a
liderança tucana nos mesmos nichos do eleitorado: os mais ricos e os que
têm nível de ensino superior.
Como o Ibope já havia mostrado na semana passada,
o Datafolha dá claros sinais de que a presidente Dilma saiu da sua zona de
conforto e não pode só continuar jogando na defesa. Por mais fracos que sejam
os adversários, Dilma está perdendo terreno para ela mesma, sem que o seu
governo reaja, tanto no plano político como no econômico.
4 comentários:
Como não tenho posição ambivalente
aposto sim:DILMA.
Dilma. é a minha aposta. Mas, concordo com voce. O governo tem que reagir pois está se mostrando medroso para a população e não está indicando os caminhos da mudança.A gente não pode fazer tudo sozinho não. Nem os blogueiros.
Voto Dilma Rousseff, voto por país mais justo e menos desigua, voto PT, e daí!
Miro, facilite estes comentários e um pouquinho chato esta maneira. Abraços.
Ainda muito otimista e esperancosa:Dilma!
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