Por Tadeu de Brito Oliveira Porto
Estive no primeiro dia da feira Brasil Offshore em Macaé, hoje dia 23/06/2015. Faço parte do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense e nossa entidade foi ao evento tentar fazer o contraponto do equivocadíssimo projeto PLS 131/2015 que quer tirar a soberania da Petrobrás na exploração de óleo na camada pré-sal.
Depois de uma cerimônia de abertura de falas surpreendentementes otimistas, onde representantes do mercado petrolífero focaram num momento necessário de investimentos no setor e de esperança no futuro do país (tendo em vistas as nossas reservas inexploradas), o painel de abertura ficou a cargo do senador José “Chevron” Serra.
Logo na entrada (sem bolinhas de papéis por nossa parte, não queríamos machuca-lo) Serra conseguiu sugar toda o otimismo e esperança do local. Se fosse ator, tenho certeza que o vampiro seria escalado para ser um dementador de um filme da série Harry Potter.
Entreguista de carteirinha, como bem já nos mostrou o WikiLeaks, o ex-governador não perdeu tempo e começou o discurso falando mal da Petrobrás e do governo federal. Dizendo que a empresa tinha uma dívida enorme e não tinha condições de ser operadora única do pré-sal (uma das falácias já derrubadas pelo Senador Requião).
Vale ressaltar aqui que ele falou isso nem evento patrocinado pelo próprios Governo Federal e Petrobrás. Qualquer coxinha que acredite que esse nosso país não é uma democracia, precisa seriamente de uma overdose de verossimilhança.
Enfim, o festival de no sense, obviamente não parou: desde coisas do tipo “Geisel era um ditador mais entendia” até um sentimento incrivelmente saudosista do FMI que “sabia lidar com juros” (não surpreende, mas pagaria para ver ele falando isso num debate em 2018). Ademais, o ex-meio prefeito de São Paulo conseguiu ser misógino e xenofobista, citando uma piada de um argentino que bate em mulher para comparar a política de preço de combustíveis.
Além de tudo, o tucano ainda demonstrou aquele espírito privatista de sempre, argumento que empresas devem pensar exclusivamente no lucro deixando o viés social de lado. Exemplificou tal fato criticando as refinarias no nordeste, ignorando a importância dos investimentos para o desenvolvimento local (depois não sabem porque a galera arretada não vota neles) e pedindo a venda das subsidiárias BR e Transpetro, empresas cruciais para levar derivados do petróleo para regiões remotas e mais pobres.
No meio das loucuras do senador - que eu até diria estar gagá se não tivesse nessa sanha toda de vender nosso ouro - ele chamou os manifestantes, como eu, de fascistas e contra a democracia. Ora, fomos credenciados (a feira tem todos os nossos dados) e entramos tranquilamente no evento, justamente para tentar mostrar a população a antítese do absurdo que Serra quer implantar. Uma idéia que interessa hoje ao monopólio do mercado petrolífero, não pode servir para um país que tem expectativa de estar entre os dez maiores produtores do mundo!
Para coroar o festival de inverdades e incoerências, Serra finalizou a fala encerrando também o painel e impedindo que o representante dos petroleiros, José Maria Rangel, fizesse o contraditório de todas as bobagens despejadas. E numa dissimulação universal disse que era a favor do debate…
Do debate, do mercado internacional e do FMI!
Depois de uma cerimônia de abertura de falas surpreendentementes otimistas, onde representantes do mercado petrolífero focaram num momento necessário de investimentos no setor e de esperança no futuro do país (tendo em vistas as nossas reservas inexploradas), o painel de abertura ficou a cargo do senador José “Chevron” Serra.
Logo na entrada (sem bolinhas de papéis por nossa parte, não queríamos machuca-lo) Serra conseguiu sugar toda o otimismo e esperança do local. Se fosse ator, tenho certeza que o vampiro seria escalado para ser um dementador de um filme da série Harry Potter.
Entreguista de carteirinha, como bem já nos mostrou o WikiLeaks, o ex-governador não perdeu tempo e começou o discurso falando mal da Petrobrás e do governo federal. Dizendo que a empresa tinha uma dívida enorme e não tinha condições de ser operadora única do pré-sal (uma das falácias já derrubadas pelo Senador Requião).
Vale ressaltar aqui que ele falou isso nem evento patrocinado pelo próprios Governo Federal e Petrobrás. Qualquer coxinha que acredite que esse nosso país não é uma democracia, precisa seriamente de uma overdose de verossimilhança.
Enfim, o festival de no sense, obviamente não parou: desde coisas do tipo “Geisel era um ditador mais entendia” até um sentimento incrivelmente saudosista do FMI que “sabia lidar com juros” (não surpreende, mas pagaria para ver ele falando isso num debate em 2018). Ademais, o ex-meio prefeito de São Paulo conseguiu ser misógino e xenofobista, citando uma piada de um argentino que bate em mulher para comparar a política de preço de combustíveis.
Além de tudo, o tucano ainda demonstrou aquele espírito privatista de sempre, argumento que empresas devem pensar exclusivamente no lucro deixando o viés social de lado. Exemplificou tal fato criticando as refinarias no nordeste, ignorando a importância dos investimentos para o desenvolvimento local (depois não sabem porque a galera arretada não vota neles) e pedindo a venda das subsidiárias BR e Transpetro, empresas cruciais para levar derivados do petróleo para regiões remotas e mais pobres.
No meio das loucuras do senador - que eu até diria estar gagá se não tivesse nessa sanha toda de vender nosso ouro - ele chamou os manifestantes, como eu, de fascistas e contra a democracia. Ora, fomos credenciados (a feira tem todos os nossos dados) e entramos tranquilamente no evento, justamente para tentar mostrar a população a antítese do absurdo que Serra quer implantar. Uma idéia que interessa hoje ao monopólio do mercado petrolífero, não pode servir para um país que tem expectativa de estar entre os dez maiores produtores do mundo!
Para coroar o festival de inverdades e incoerências, Serra finalizou a fala encerrando também o painel e impedindo que o representante dos petroleiros, José Maria Rangel, fizesse o contraditório de todas as bobagens despejadas. E numa dissimulação universal disse que era a favor do debate…
Do debate, do mercado internacional e do FMI!
* Tadeu de Brito Oliveira Porto é diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense - SindipetroNF.
1 comentários:
E eu pensava que nunca apareceria um político que me desse mais nojo que o Maluf. Pois é!
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