Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Que a histeria antipetista criou um mercado do ódio para espertalhões explorarem, não é novidade. E que sempre há trouxas para alimentarem picaretas, também. Um dos aproveitadores mais notórios que acharam um jeito de ganhar dinheiro com a estupidez alheia é o “empresário Marcello Reis, do grupo fascista “revoltados on line”.
O que ninguém imaginava é que esse comércio vil pudesse ir tão longe. Nos últimos dias, o país foi pego de surpresa pela comercialização de um adesivo criminoso para automóveis em que a presidente Dilma Rousseff aparece em uma montagem com “pernas abertas” sobre a boca do tanque de combustível destinada ao abastecimento.
A comercialização de produtos anti Dilma e anti PT é antiga e muitos sites fazem. Mesmo após a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, ter pedido “ação urgente” ao Ministério Público e à Polícia Federal para “impedir a produção, veiculação, divulgação, comercialização e utilização do material” criminoso, vários sites na internet continuam anunciando o produto.
Clique nas imagens para visitar os sites
Esses sites, porém, remetem à página do “Mercado Livre”, site que há muito vem explorando o comércio antipetista. Seguramente, mantêm com ele algum acordo de participação nos lucros pelos clientes que remetem.
O “Mercado Livre”, alias, explora há muito tempo o mercado de ódio contra o PT.
Clique na imagem para visitar o site
O site “Mercado Livre” é polêmico por esse tipo de iniciativa e pela falta de critérios além do lucro em suas atividades. Para que se tenha uma ideia de como conduz seus negócios sem ética, basta ver a reputação que o site atribui à pessoa que andou comercializando o adesivo criminoso contra a presidente da República, uma mulher chamada “Raisa Siqueira (vide a imagem no alto da página).
Cada pessoa física ou jurídica que anuncia na “Mercado Livre” tem um escore de pontuação pelos produtos que oferece. No caso da tal Raisa – que, segundo as notícias divulgadas pela mídia, seria de Pernambuco –, o site informa que ela vem “vendendo há 5 anos na “Mercado Livre”, que é “vendedor em destaque por suas boas qualificações” e que 71 vendas dos adesivos criminosos foram concretizadas.
A história da “Mercado Livre” é interessante. Em março de 1999, Marcos Galperin, co-fundador do site e CEO, enquanto terminava seu MBA na escola de negócios da Universidade de Stanford escreveu o plano de negócios da “MercadoLivre” e começou a formar uma equipe de profissionais para colocá-la em execução.
O empresário norte-americano fez várias parcerias de negócios e atua em Argentina, Brasil, México, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Chile, Equador, Peru, Costa Rica, República Dominicana, Panamá e Portugal.
A empresa utiliza seu site para intermediar os negócios entre vendedores e compradores cobrando “taxas de intermediação” via transferências bancárias eletrônicas. Para isso, utiliza outra empresa do grupo, a “Mercado Pago”.
O problema é que pesam na justiça várias denúncias contra esse grupo empresarial que vão desde contas excluídas sem motivo e retenção de dinheiro da “Mercado Pago” até usuários que não conseguem realizar contado direto com responsáveis pelo site, pois a empresa resiste ao contato direto com o público consumidor, sejam vendedores ou compradores.
As regras que regem o site limitam-se somente às perguntas pré-estabelecidas que os usuários acessam e que, na maioria das vezes, não esclarecem adequadamente dúvidas referentes aos serviços prestados, provocando conflitos entre vendedores e o site.
Exemplo disso são as taxas criadas e cobradas através do braço financeiro do grupo, a “Mercado Pago”, para desbloqueio de anúncios a fim de que os vendedores continuem a exibir seus produtos no site.
São comuns, também, mensagens aos vendedores exigindo pagamentos por transferência (on-line) via cartão de credito (parcerias da “Mercado Livre” com as operadoras de cartão de crédito) com os seguintes dizeres:
“Limite de Vendas – Seus anúncios ativos estão bloqueados, pois você alcançou o limite de vendas determinado por sua trajetória no site. Para continuar vendendo, adicione um crédito em sua conta no valor de R$xx,xx (quantia em Reais)“.
Como se não bastasse, a “MercadoLivre” é um dos sites com mais reclamações de cliente no site de reclamações Reclame Aqui.
Desde 2010, são 23.011 reclamações da “Mercado Livre” e 4.094 na “Mercado Pago”. Segundo o site de reclamações, apenas 2 foram resolvidas.
Além disso, como toda empresa que lida diretamente com dinheiro a “MercadoLivre” é constantemente alvo de fraudes praticadas por hackers e pessoas mal-intencionadas. E, diferentemente de bancos, a empresa não se responsabiliza por quaisquer danos causados aos seus clientes.
A “MercadoLivre” também vem sendo acusada de favorecer pirataria, pedofilia, prostituição, venda de produtos roubados ou furtados e de sonegar impostos.
Em ações judiciais, raramente o “Mercado Livre” é absolvido, pois, apesar de, em seus Termos e Condições, estar escrito que a empresa não se responsabiliza pelas negociações, a justiça brasileira têm entendido que quando a empresa cobra do vendedor uma comissão pelo anúncio e intermedeia com regras as negociações, ela é responsável também pelos negócios realizados.
Agora, o currículo desse obscuro grupo empresarial ganha um novo e triste capítulo. O que sobra, é a seguinte questão: até quando essa empresa continuará facilitando a criminalidade sob os olhos inexplicavelmente complacentes das autoridades?
O que ninguém imaginava é que esse comércio vil pudesse ir tão longe. Nos últimos dias, o país foi pego de surpresa pela comercialização de um adesivo criminoso para automóveis em que a presidente Dilma Rousseff aparece em uma montagem com “pernas abertas” sobre a boca do tanque de combustível destinada ao abastecimento.
A comercialização de produtos anti Dilma e anti PT é antiga e muitos sites fazem. Mesmo após a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, ter pedido “ação urgente” ao Ministério Público e à Polícia Federal para “impedir a produção, veiculação, divulgação, comercialização e utilização do material” criminoso, vários sites na internet continuam anunciando o produto.
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Esses sites, porém, remetem à página do “Mercado Livre”, site que há muito vem explorando o comércio antipetista. Seguramente, mantêm com ele algum acordo de participação nos lucros pelos clientes que remetem.
O “Mercado Livre”, alias, explora há muito tempo o mercado de ódio contra o PT.
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O site “Mercado Livre” é polêmico por esse tipo de iniciativa e pela falta de critérios além do lucro em suas atividades. Para que se tenha uma ideia de como conduz seus negócios sem ética, basta ver a reputação que o site atribui à pessoa que andou comercializando o adesivo criminoso contra a presidente da República, uma mulher chamada “Raisa Siqueira (vide a imagem no alto da página).
Cada pessoa física ou jurídica que anuncia na “Mercado Livre” tem um escore de pontuação pelos produtos que oferece. No caso da tal Raisa – que, segundo as notícias divulgadas pela mídia, seria de Pernambuco –, o site informa que ela vem “vendendo há 5 anos na “Mercado Livre”, que é “vendedor em destaque por suas boas qualificações” e que 71 vendas dos adesivos criminosos foram concretizadas.
A história da “Mercado Livre” é interessante. Em março de 1999, Marcos Galperin, co-fundador do site e CEO, enquanto terminava seu MBA na escola de negócios da Universidade de Stanford escreveu o plano de negócios da “MercadoLivre” e começou a formar uma equipe de profissionais para colocá-la em execução.
O empresário norte-americano fez várias parcerias de negócios e atua em Argentina, Brasil, México, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Chile, Equador, Peru, Costa Rica, República Dominicana, Panamá e Portugal.
A empresa utiliza seu site para intermediar os negócios entre vendedores e compradores cobrando “taxas de intermediação” via transferências bancárias eletrônicas. Para isso, utiliza outra empresa do grupo, a “Mercado Pago”.
O problema é que pesam na justiça várias denúncias contra esse grupo empresarial que vão desde contas excluídas sem motivo e retenção de dinheiro da “Mercado Pago” até usuários que não conseguem realizar contado direto com responsáveis pelo site, pois a empresa resiste ao contato direto com o público consumidor, sejam vendedores ou compradores.
As regras que regem o site limitam-se somente às perguntas pré-estabelecidas que os usuários acessam e que, na maioria das vezes, não esclarecem adequadamente dúvidas referentes aos serviços prestados, provocando conflitos entre vendedores e o site.
Exemplo disso são as taxas criadas e cobradas através do braço financeiro do grupo, a “Mercado Pago”, para desbloqueio de anúncios a fim de que os vendedores continuem a exibir seus produtos no site.
São comuns, também, mensagens aos vendedores exigindo pagamentos por transferência (on-line) via cartão de credito (parcerias da “Mercado Livre” com as operadoras de cartão de crédito) com os seguintes dizeres:
“Limite de Vendas – Seus anúncios ativos estão bloqueados, pois você alcançou o limite de vendas determinado por sua trajetória no site. Para continuar vendendo, adicione um crédito em sua conta no valor de R$xx,xx (quantia em Reais)“.
Como se não bastasse, a “MercadoLivre” é um dos sites com mais reclamações de cliente no site de reclamações Reclame Aqui.
Desde 2010, são 23.011 reclamações da “Mercado Livre” e 4.094 na “Mercado Pago”. Segundo o site de reclamações, apenas 2 foram resolvidas.
Além disso, como toda empresa que lida diretamente com dinheiro a “MercadoLivre” é constantemente alvo de fraudes praticadas por hackers e pessoas mal-intencionadas. E, diferentemente de bancos, a empresa não se responsabiliza por quaisquer danos causados aos seus clientes.
A “MercadoLivre” também vem sendo acusada de favorecer pirataria, pedofilia, prostituição, venda de produtos roubados ou furtados e de sonegar impostos.
Em ações judiciais, raramente o “Mercado Livre” é absolvido, pois, apesar de, em seus Termos e Condições, estar escrito que a empresa não se responsabiliza pelas negociações, a justiça brasileira têm entendido que quando a empresa cobra do vendedor uma comissão pelo anúncio e intermedeia com regras as negociações, ela é responsável também pelos negócios realizados.
Agora, o currículo desse obscuro grupo empresarial ganha um novo e triste capítulo. O que sobra, é a seguinte questão: até quando essa empresa continuará facilitando a criminalidade sob os olhos inexplicavelmente complacentes das autoridades?
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