Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Lideranças dos movimentos favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff mudaram o discurso contra partidos políticos e se filiaram a siglas de oposição para buscar neste ano mandatos de vereadores. O Movimento Brasil Livre lançará 123 candidatos em 23 estados por PSDB, Partido Novo, DEM, PSD, PSC e PPS.
O líder do movimento, o colunista da Folha de S. Paulo Kim Kataguiri, viajará o país apoiando as candidaturas do MBL. "Estamos nos filiando a esses partidos para disputar a eleição, mas a ideia é que, como existe a bancada evangélica, formemos uma bancada liberal independente".
O movimento Vem Pra Rua irá seguir a mesma linha liberal do MBL. O coordenador de Goiás, Johnny Santos, diz que, atendendo a manifesto feito nas redes sociais, lançou-se candidato a vereador de Goiânia pelo PPS.
Uma das principais apostas do DEM para a eleição para a Câmara de São Paulo é o autoproclamado “estudante” Fernando Holiday, do MBL (Movimento Brasil Livre). Ele ganhou espaço nas inserções do partido no horário gratuito destinado às siglas.
Em junho, o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino (AM), deslocou-se para São Paulo apenas para participar da festa junina do MBL e prestigiar o pré-candidato a vereador (vide foto no alto da página).
Oriundo do movimento ruralista - presidiu a União Democrática Ruralista (UDR) durante a Constituinte -, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) é um dos parlamentares mais próximos dos movimentos de rua e diz que os incentiva a participar da política representativa.
“Devemos a eles essa mobilização da população contra a corrupção, a favor do impeachment. Mas não adianta só ir para a rua, tem que buscar dar consequência aos pleitos com um mandato eletivo”, diz Caiado.
Muitos ainda não se deram conta de que, neste ano, as campanhas eleitorais serão muito diferentes do que foram nas últimas décadas. A proibição de financiamento empresarial a campanhas e a Lava Jato mudaram diametralmente o jogo.
Em tese, as campanhas ficarão mais baratas sem o aporte dos recursos das empresas. Mas se para a esquerda isso é verdade, para a direita não será bem assim.
Esses movimentos golpistas que deverão conseguir muitos mandatos eletivos em todo país são conhecidos por, até hoje, ninguém saber de onde vieram os fartos recursos que obtiveram para organizar manifestações gigantescas pelo golpe contra Dilma Rousseff.
É neste ponto que o Blog faz uma denúncia.
Movimentos como Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados On Line, entre outros, planejariam obter recursos eleitorais via doações de pessoas físicas, como agora a lei determina, mas ocultando ilegalidades como uso generalizado de laranjas para doarem recursos em seus nomes para esses candidatos.
Funcionaria assim: grandes empresários abasteceriam um grande número de laranjas e estes fariam “doações de pessoas físicas”, como agora quer a lei sobre financiamento de campanhas eleitorais.
Será impossível partidos de esquerda enfrentarem essa estratégia. Além estarem enfraquecidos eleitoralmente pela conjuntura político-econômica e até pelo golpe contra Dilma, ainda por cima seus candidatos terão imensas dificuldades para obter recursos.
Matéria recente da revista Carta Capital que deu conta de que a esquerda está sendo superada com força pela direita na internet mostra que candidatos de partidos progressistas deverão ter forte dificuldade para obter financiamentos eleitorais.
A matéria informa, por exemplo, que sites de esquerda estão tendo dificuldade de obter curtidas no Facebook por conta de desmobilização do público de esquerda. Ora, se há dificuldade de obter uma mera curtida ou compartilhamento, que dirá obter doações eleitorais para candidatos – e, neste ano, se cada cidadão não colocar a mão no bolso para doar aos seus candidatos, eles não terão chance na disputa.
Nesse contexto, urge que as pessoas comecem a pensar na eleição deste ano, pois será a base para a eleição de 2018. O Brasil elegerá prefeitos e vereadores em mais de cinco mil municípios pelo país afora e será dessa eleição que se formará o caldo de cultura para daqui a dois anos.
Enquanto a direita está partindo para o pleito deste ano com novidades como os fascistinhas da foto no alto da página, a esquerda está desmobilizada e sem ter o que oferecer de novo em um momento em que a sociedade está a exigir renovação.
É preciso refletir muito profundamente sobre essa situação. Do contrário, o impeachment de Dilma pode ter sido só o começo da construção de um espectro político esmagadoramente conservador que primará por retirada de direitos e concessão de privilégios a poucos.
Você, cidadão progressista, de esquerda, militante de direitos humanos, pelo direito de mulheres, negros, homossexuais, trabalhadores, não pode se omitir, não pode deixar sua obrigação para o vizinho.
O eleitor de esquerda precisa se preparar para se tornar doador de campanhas eleitorais e até para se candidatar a vereador, sobretudo, que é onde a direita mais aposta suas fichas. Do contrário, vamos entregar este país a adoradores da ditadura militar e outros bichos.
Lideranças dos movimentos favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff mudaram o discurso contra partidos políticos e se filiaram a siglas de oposição para buscar neste ano mandatos de vereadores. O Movimento Brasil Livre lançará 123 candidatos em 23 estados por PSDB, Partido Novo, DEM, PSD, PSC e PPS.
O líder do movimento, o colunista da Folha de S. Paulo Kim Kataguiri, viajará o país apoiando as candidaturas do MBL. "Estamos nos filiando a esses partidos para disputar a eleição, mas a ideia é que, como existe a bancada evangélica, formemos uma bancada liberal independente".
O movimento Vem Pra Rua irá seguir a mesma linha liberal do MBL. O coordenador de Goiás, Johnny Santos, diz que, atendendo a manifesto feito nas redes sociais, lançou-se candidato a vereador de Goiânia pelo PPS.
Uma das principais apostas do DEM para a eleição para a Câmara de São Paulo é o autoproclamado “estudante” Fernando Holiday, do MBL (Movimento Brasil Livre). Ele ganhou espaço nas inserções do partido no horário gratuito destinado às siglas.
Em junho, o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino (AM), deslocou-se para São Paulo apenas para participar da festa junina do MBL e prestigiar o pré-candidato a vereador (vide foto no alto da página).
Oriundo do movimento ruralista - presidiu a União Democrática Ruralista (UDR) durante a Constituinte -, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) é um dos parlamentares mais próximos dos movimentos de rua e diz que os incentiva a participar da política representativa.
“Devemos a eles essa mobilização da população contra a corrupção, a favor do impeachment. Mas não adianta só ir para a rua, tem que buscar dar consequência aos pleitos com um mandato eletivo”, diz Caiado.
Muitos ainda não se deram conta de que, neste ano, as campanhas eleitorais serão muito diferentes do que foram nas últimas décadas. A proibição de financiamento empresarial a campanhas e a Lava Jato mudaram diametralmente o jogo.
Em tese, as campanhas ficarão mais baratas sem o aporte dos recursos das empresas. Mas se para a esquerda isso é verdade, para a direita não será bem assim.
Esses movimentos golpistas que deverão conseguir muitos mandatos eletivos em todo país são conhecidos por, até hoje, ninguém saber de onde vieram os fartos recursos que obtiveram para organizar manifestações gigantescas pelo golpe contra Dilma Rousseff.
É neste ponto que o Blog faz uma denúncia.
Movimentos como Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados On Line, entre outros, planejariam obter recursos eleitorais via doações de pessoas físicas, como agora a lei determina, mas ocultando ilegalidades como uso generalizado de laranjas para doarem recursos em seus nomes para esses candidatos.
Funcionaria assim: grandes empresários abasteceriam um grande número de laranjas e estes fariam “doações de pessoas físicas”, como agora quer a lei sobre financiamento de campanhas eleitorais.
Será impossível partidos de esquerda enfrentarem essa estratégia. Além estarem enfraquecidos eleitoralmente pela conjuntura político-econômica e até pelo golpe contra Dilma, ainda por cima seus candidatos terão imensas dificuldades para obter recursos.
Matéria recente da revista Carta Capital que deu conta de que a esquerda está sendo superada com força pela direita na internet mostra que candidatos de partidos progressistas deverão ter forte dificuldade para obter financiamentos eleitorais.
A matéria informa, por exemplo, que sites de esquerda estão tendo dificuldade de obter curtidas no Facebook por conta de desmobilização do público de esquerda. Ora, se há dificuldade de obter uma mera curtida ou compartilhamento, que dirá obter doações eleitorais para candidatos – e, neste ano, se cada cidadão não colocar a mão no bolso para doar aos seus candidatos, eles não terão chance na disputa.
Nesse contexto, urge que as pessoas comecem a pensar na eleição deste ano, pois será a base para a eleição de 2018. O Brasil elegerá prefeitos e vereadores em mais de cinco mil municípios pelo país afora e será dessa eleição que se formará o caldo de cultura para daqui a dois anos.
Enquanto a direita está partindo para o pleito deste ano com novidades como os fascistinhas da foto no alto da página, a esquerda está desmobilizada e sem ter o que oferecer de novo em um momento em que a sociedade está a exigir renovação.
É preciso refletir muito profundamente sobre essa situação. Do contrário, o impeachment de Dilma pode ter sido só o começo da construção de um espectro político esmagadoramente conservador que primará por retirada de direitos e concessão de privilégios a poucos.
Você, cidadão progressista, de esquerda, militante de direitos humanos, pelo direito de mulheres, negros, homossexuais, trabalhadores, não pode se omitir, não pode deixar sua obrigação para o vizinho.
O eleitor de esquerda precisa se preparar para se tornar doador de campanhas eleitorais e até para se candidatar a vereador, sobretudo, que é onde a direita mais aposta suas fichas. Do contrário, vamos entregar este país a adoradores da ditadura militar e outros bichos.
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