terça-feira, 9 de janeiro de 2018

PT vai ao TSE contra Globo, Huck e Faustão

Por Altamiro Borges

As emissoras de televisão são concessionárias públicas, assim como as empresas de ônibus que circulam por determinadas vias. Mas elas escondem isto da sociedade. O assunto só vem à baila quando estes impérios midiáticos extrapolam suas funções. Foi o que ocorreu neste final de semana no “Domingão do Faustão”. A TV Globo virou palanque eleitoral para a disputa presidencial deste ano. Posando de bom-moço, o ricaço Luciano Huck fez campanha descarada. O apresentador do programa, o bobo da corte Fausto Silva, nada perguntou ao “entrevistado” sobre as suas amizades sinistras com o cambaleante Aécio Neves ou com os empresários corruptos Eike Batista, Joesley Batista e Alexandre Accioly. Também não indagou sobre os inúmeros rolos empresariais de Luciano Huck e nem sobre sua recente derrota em um processo ambiental envolvendo sua mansão de praia. O “Domingão do Faustão” apenas levantou a bola do suposto candidato da TV Globo.

Diante deste crime, as lideranças do PT no Senado e na Câmara Federal tomaram uma decisão correta e corajosa – que já devia ter sido tomada em outras ocasiões em que o império global cometeu crimes similares. Nesta segunda-feira (8), o senador Lindbergh Farias (RJ) e o deputado Paulo Pimenta (RS) ingressaram com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a Rede Globo, o “presidenciável” Luciano Huck e o serviçal Fausto Silva. Na representação, os petistas requerem à Corregedoria-Geral Eleitoral que seja declarada a caracterização de abuso do poder econômico e dos meios de comunicação, com a aplicação das penalidades cabíveis, inclusive a inelegibilidade de Luciano Huck ou a cassação do registro da respectiva candidatura.

Conforme enfatizam, “embora sem assumir ainda a candidatura de seu funcionário, a TV Globo, o apresentador Fausto Silva e o pré-candidato Luciano Huck, durante vários minutos, em rede nacional, discorreram acerca da necessidade dos brasileiros darem espaço para uma candidatura nova (a dele Luciano Huck), diferente de tudo e de todos que aí se encontra, capaz de agregar novos valores à política e à vida nacional, de modo que somente através de candidaturas por ele representada o País e as futuras gerações poderiam vislumbrar um futuro melhor... O Grupo Globo, de modo objetivo e direto passou a promover, desde logo, a pré-candidatura de seu funcionário Luciano Huck, utilizando-se de uma estrutura midiática que nenhum outro pré-candidato terá acesso, causando interferência antecipada na lisura e na igualdade da disputa presidencial que se avizinha”.

Ainda de acordo com os líderes petistas, “trata-se de conduta desproporcional, que visa à pavimentação de uma candidatura que já nasce turbinada pelo poderio econômico e que, através da utilização indevida dos meios de comunicação, objetiva conquistar a simpatia e o apoio político do eleitorado”. Após lembrarem que a legislação determina que as emissoras de televisão permaneçam isentas em períodos eleitorais, “tendo em vista serem prestadoras de serviço público em regime de concessão ou permissão”, os parlamentares desafiam: “Ou dão espaço a todas as pré-candidaturas em igualdade de condições ou se mantenham distante da disputa pré-eleitoral e eleitoral, sob pena de comprometimento, como ocorre na espécie, da isonomia de que deve nortear as candidaturas”. Agora é conferir como vai se portar o Poder Judiciário, sempre tão dócil diante dos crimes do império global.

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