sábado, 7 de julho de 2018

O manifesto da frente ampla pelo Brasil

Editorial do site Vermelho:

Um passo importante para a formação da frente ampla democrática e progressista foi dado na terça-feira (3), em Brasília, com o lançamento do manifesto “Por uma frente para o Parlamento compromissada com a reconstrução e o desenvolvimento do Brasil”.

A iniciativa das fundações de estudos e pesquisas do PCdoB, PT, PDT, PSB e PSOL busca uma ampla união para a resistência contra o neoliberalismo e seu governo golpista. Voltado para as eleições de outubro, o manifesto orienta que o tom da campanha da esquerda e demais forças democráticas e progressistas deve ser de nítida e vigorosa oposição ao desastroso governo Temer e às candidaturas identificadas com a agenda ultraliberal.

De caráter programático, o manifesto traz propostas contra os ataques feitos pelo governo ilegítimo de Michel Temer aos direitos sociais do povo e dos trabalhadores, a destruição da economia e a liquidação do patrimônio do povo brasileiro, só favorecendo ao imperialismo, à especulação financeira e às empresas multinacionais.

O manifesto proclama o objetivo de “desencadear desde já um movimento que contribua para a eleição de um conjunto de parlamentares compromissados com a alternativa de um projeto nacional de desenvolvimento”. A meta é eleger um parlamento mais avançado, comprometido de fato com a democracia, o combate à desigualdade social e à pobreza, e a defesa da soberania nacional e das empresas (como a Petrobras e a Eletrobras) que fazem parte do patrimônio público brasileiro e são estratégicas para o desenvolvimento. Uma vez eleitos os parlamentares sintonizados com essas ideias, pretende-se constituir uma Frente Parlamentar em defesa de um projeto de reconstrução e desenvolvimento do Brasil.

Definido como “documento programático”, o manifesto alinha pontos importantes para a retomada de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e resgate do papel do poder legislativo. Defende a ampliação e fortalecimento da democracia, para enfrentar a crise de maneira efetiva; a democratização da mídia, hoje nas mãos de monopólios conservadores; fortalecer o Estado nacional, portador de um projeto para a nação; afastar as imposições do rentismo especulativo e as feitas pelo imperialismo. E que possa planejar e impulsionar o desenvolvimento. A defesa da soberania nacional, do patrimônio e da economia nacional. Promover o desenvolvimento nacional com inclusão social; a retomada do crescimento econômico, com a redução das desigualdades sociais e a geração de empregos e a distribuição de renda. Defende a retomada do desenvolvimento industrial, no contexto da chamada 4ª Revolução Industrial, com fortalecimento da ciência e da tecnologia; uma urgente reforma tributária progressiva e democrática, para tributar as grandes fortunas, destacando-se os lucros, dividendos e heranças; desonere a produção, o consumo e os salários.

O desafio para as forças democráticas e progressistas é grande, disse no lançamento do manifesto a deputada Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB. Vivemos “uma crise econômica, social e política muito grave, fruto de uma interrupção de um projeto nacional e popular feita através de um impeachment fraudulento, sem crime de responsabilidade”.

O Brasil precisa retomar o controle de seu destino. O manifesto é um chamado às forças democráticas, populares, avançadas e patrióticas nesse sentido. Para a formação de uma frente ampla que não se esgote em outubro, mas vá além dele e fortaleça o enfrentamento, pelos brasileiros, das forças do atraso cujo programa é apenas a pilhagem das riquezas nacionais.

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