Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Nos próximos 30 dias, até que comece a propaganda eleitoral no rádio e televisão, a aposta de Geraldo Alckmin será num relativo silêncio.
Dois nomes o apavoram e não devem ser falados, mas a mídia parece que, apostando no seu “domínio intelectual” sobre o povão não entendeu, ou melhor, entendeu apenas a metade da lição.
Os nomes são os de Michel Temer e de Jair Bolsonaro.
Com Temer, a mídia ajuda.
Ele – a contragosto, diga-se – desapareceu do noticiário tanto quanto é possível a um presidente fazer.
E cuida – também a contragosto – do “tem que manter isso” da candidatura de Henrique Meirelles.
Segue-se o roteiro para tirar de Alckmin a maldição de ser o que é: o candidato do governo, mesmo que o governo não o assuma.
Com Jair Bolsonaro, que é uma tampa de ferro sobre as possibilidades de crescimento do candidato tucano, porém, está redondamente equivocada. Aliás, desde o início, quando achou que ele era um cão feroz que se levariam para a casinha no quintal quando chegasse a hora e estivesse feito o serviço de destruir todos os sentimentos de solidariedade social mal e mal construídos ao longo dos anos.
Tentar apontar seu despreparo, truculência, ignorância, sua origem no passado autoritário ou apostar que a falta de uma estrutura partidária ou de tempo da televisão lhe serão fatais são, acho eu, esperanças vãs do establishment.
Ora, os “defeitos” que apontam em Bolsonaro fazem parte do conjunto de valores que eles próprios se encarregaram de espalhar na sociedade: “o maior problema da política e da economia é a corrupção”, “a violência se combate com mais polícia e mais armas”, “as políticas de proteção social são um apadrinhamento de um bando de vagabundos”, etc, etc, etc…
Apontá-los mais insistentemente só lhe trará mais água ao moinho.
Não ter programa de governo? Não ter ideias sobre o que fazer para tirar o país da crise econômica, não ter posição sobre a inserção do Brasil na economia mundial, senão a de fazer o que os EUA quiserem? Não ter, por isso, qualquer projeto para o Brasil?
Jura que vão se importar com isso, depois de terem desestabilizado um governo que, mal ou bem, as tinha e colocado uma coisa como Michel Temer no governo, apenas para executar os mandamentos neoliberais que, duas décadas depois de Fernando Henrique Cardoso, funcionam tanto quanto um telefone de baquelite?
Possível é, mas não será fácil fazerem murchar Jair Bolsonaro, até porque o santo que querem para derrotar o dragão é um personagem frio, sem carisma, sem empatia com o eleitor.
Bolsonaro, não Alckmin, é o filho, o fruto da “Era Moro”. Que findou, passou, “deu”.
Mas que enquanto sobreviver por conta da mídia e da covardia e ódio das elites – inclua-se nelas, com destaque, os batedores do bumbo na moralidade no STF – o manterá vivo e ameaçador.
Inclusive e principalmente para aquele que escolheram como mediocridade da vez para que tudo siga como está.
Nos próximos 30 dias, até que comece a propaganda eleitoral no rádio e televisão, a aposta de Geraldo Alckmin será num relativo silêncio.
Dois nomes o apavoram e não devem ser falados, mas a mídia parece que, apostando no seu “domínio intelectual” sobre o povão não entendeu, ou melhor, entendeu apenas a metade da lição.
Os nomes são os de Michel Temer e de Jair Bolsonaro.
Com Temer, a mídia ajuda.
Ele – a contragosto, diga-se – desapareceu do noticiário tanto quanto é possível a um presidente fazer.
E cuida – também a contragosto – do “tem que manter isso” da candidatura de Henrique Meirelles.
Segue-se o roteiro para tirar de Alckmin a maldição de ser o que é: o candidato do governo, mesmo que o governo não o assuma.
Com Jair Bolsonaro, que é uma tampa de ferro sobre as possibilidades de crescimento do candidato tucano, porém, está redondamente equivocada. Aliás, desde o início, quando achou que ele era um cão feroz que se levariam para a casinha no quintal quando chegasse a hora e estivesse feito o serviço de destruir todos os sentimentos de solidariedade social mal e mal construídos ao longo dos anos.
Tentar apontar seu despreparo, truculência, ignorância, sua origem no passado autoritário ou apostar que a falta de uma estrutura partidária ou de tempo da televisão lhe serão fatais são, acho eu, esperanças vãs do establishment.
Ora, os “defeitos” que apontam em Bolsonaro fazem parte do conjunto de valores que eles próprios se encarregaram de espalhar na sociedade: “o maior problema da política e da economia é a corrupção”, “a violência se combate com mais polícia e mais armas”, “as políticas de proteção social são um apadrinhamento de um bando de vagabundos”, etc, etc, etc…
Apontá-los mais insistentemente só lhe trará mais água ao moinho.
Não ter programa de governo? Não ter ideias sobre o que fazer para tirar o país da crise econômica, não ter posição sobre a inserção do Brasil na economia mundial, senão a de fazer o que os EUA quiserem? Não ter, por isso, qualquer projeto para o Brasil?
Jura que vão se importar com isso, depois de terem desestabilizado um governo que, mal ou bem, as tinha e colocado uma coisa como Michel Temer no governo, apenas para executar os mandamentos neoliberais que, duas décadas depois de Fernando Henrique Cardoso, funcionam tanto quanto um telefone de baquelite?
Possível é, mas não será fácil fazerem murchar Jair Bolsonaro, até porque o santo que querem para derrotar o dragão é um personagem frio, sem carisma, sem empatia com o eleitor.
Bolsonaro, não Alckmin, é o filho, o fruto da “Era Moro”. Que findou, passou, “deu”.
Mas que enquanto sobreviver por conta da mídia e da covardia e ódio das elites – inclua-se nelas, com destaque, os batedores do bumbo na moralidade no STF – o manterá vivo e ameaçador.
Inclusive e principalmente para aquele que escolheram como mediocridade da vez para que tudo siga como está.
0 comentários:
Postar um comentário