sexta-feira, 12 de abril de 2019

Bolsonaro culpa “deus” por seu “governo”

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O maior pecado de Bolsonaro não é tirar dos pobres e dar aos ricos, entregar riquezas do Brasil aos Estados Unidos, ser racista, homofóbico, misógino, covarde (para debater olho no olho), burro e autoritário. O maior pecado de Bolsonaro, sob a ótica cristã (que prevê pecados), é invocar o nome de Deus como culpado por ele mesmo fazer tudo que você leu acima.

Bolsonaro disse, em evento com evangélicos, que considera um milagre ter sido eleito presidente no ano passado e afirmou que considera sua eleição uma missão recebida de Deus.

Vejamos como Bolsonaro desempenha essa “missão divina”.

Será “fuzilando a petralhada?

Em campanha eleitoral no Acre, usou um tripé de câmera para encenar um fuzilamento enquanto discursava em cima de um carro de som. “Vamos fuzilar a ‘petralhada’ aqui do Acre, hein?”, berrou o então candidato a presidente.




São muitas as vezes em que Bolsonaro já propôs espancamento de jovens homossexuais. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados chegou a debater a declaração dele de que os pais devem recorrer a agressões físicas para combater tendências homossexuais de seus filhos.



Quanto ao 5º Mandamento de Deus (Não Matar), será que o Todo Poderoso o revogou e mandou Bolsonaro dizer as coisas que diz, como querer que a polícia brasileira mate mais?




E o que Deus poderia ter contra as mulheres para dar a Bolsonaro a missão de vir à Terra piorar a vida daquelas que já têm uma vida muito mais dura que a dos homens? Não foi isso o que ele fez ao dizer que “mulher tem que ganhar menos que homem porque engravida”?



Além de não gostar de mulheres, o “deus” de Bolsonaro tampouco curte trabalhadores, já que acha que as pessoas que trabalham no Brasil precisam perder direitos trabalhistas porque, em sua visão, ganham muito graças a eles.




Bolsonaro não quer que o culpem por essas e outras desgraças que está despejando sobre o país – e que ainda irá despejar – sobre o país. Teria recebido um mandato divino para complicar ainda mais a vida da esmagadora maioria pobre ou remediada de brasileiros ao, pretensamente, governar, apenas, para as classes mais abastadas.

O mais engraçado é que essa classe social abastada acha que Bolsonaro governa para ela, mas suas políticas públicas genocidas vão prejudicar os ricos tanto quanto os pobres, porque vão incendiar um país, fazendo pessoas que não encontrarem saída, no desespero, apelarem a crimes para sobreviver.

Confira a matéria em vídeo [aqui].

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