domingo, 28 de julho de 2019

Bolsonaro é a caricatura do neoliberalismo

Por Fernando Brito, em seu blog:

O Estado precisa parar de se meter na vida das pessoas.

Não precisa de autoescola para poder dirigir, logo nem precisará de carteira de motorista.

Não precisa obrigar a usar cadeirinha de segurança para transportar bebês, os pais é que devem decidir.

Aliás, eles também devem decidir se colocam o filho na escola e se os levam ou não a tomar vacinas.

Também não precisa de licença ambiental para explorar recursos naturais, esta história é uma burocracia danada.

Aliás, nem precisa de reserva natural, bom mesmo é se os americanos vierem explorar as terras indígenas e se transformarem Angra dos Reis em Cancún, de preferência com muito cassino e gringo.

Outra bobagem é isso de o Estado se meter no controle de armas. O cidadão deve ser livre para ter e portar a que quiser. Claro, sem exagero: só quatro para cada um.

O mesmo com essa tolice de controlar os agrotóxicos, de ter selos de qualidade dos produtos, e acabar com esta tal de Anvisa como diz o Ministro da “Cidadania”, aquele que manda jogar fora as pesquisas da Fundação Oswaldo Cruz sobre uso de drogas.

E a Previdência? Que bobagem, põe aí uma capitalização e valha a Lei de Murici, cada um que trate de si.

Precisamos encolher o Estado, que é caro e atrapalha o país e as pessoas. Precisamos tirar o Estado do cangote do brasileiro.

Estado é para investir em coisas importantes, como polícia, exército, guarda municipal, estadual, federal…

O resto a gente vende, dá, empresta ou fecha.

Isso não é piada. É a tragédia do neoliberalismo levado às últimas e mais burras consequências.

A quem plantou e regou a planta carnívora, paciência.

Ela era tão bonitinha, não é?

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