Por João Guilherme Vargas Netto
O mundo das grandes montadoras de veículos (e da indústria automobilística em geral) acostumou-se, durante todo o século passado, a regular o mundo industrializado.
Os grandes fabricantes com seu gigantismo, além de criarem um padrão de sociabilidade, interferiram na organização dos trabalhadores (dentro e fora das fábricas com o fordismo) e foram contestados por poderosos sindicatos de trabalhadores, cujas bases reforçaram.
A história sindical do século passado não pode ser contada se não se levar em conta esta presença e a reação sindical a ela, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial. O Brasil faz parte dessa história.
A malha industrial automobilística espalhou-se pelo mundo e as marcas se diversificaram. Hoje em dia, assiste-se a um enorme rearranjo estratégico, com financeirização crescente, com fusões e incorporações, com fechamento de fábricas e com criação de novas instalações. A resistência sindical dos trabalhadores tornou-se mais difícil até mesmo pela chantagem substitutiva provocada pelo rearranjo e pelas mudanças tecnológicas que “economizaram” empregos.
O fechamento da fábrica da Ford, em São Bernardo (que o governador Dória não conseguiu impedir), pode ser a marca simbólica do fim de uma era, mas inúmeros outros acontecimentos confirmam que a luta continua porque “o futuro tem um coração antigo” (Carlo Levi).
Nos EUA, dez anos atrás, a GM anunciou que ia fechar suas fábricas. A empresa foi salva pela “estatização” garantida pelo governo. Aqui no Brasil, recentemente, a GM também anunciou seu fechamento, que não se concretizou devido à própria reviravolta estratégica empresarial e pela resistência dos sindicatos brasileiros que contou com a solidariedade dos colegas norte-americanos e canadenses.
Ao longo de décadas a grande estratégia sindical norte americana para enfrentar as gigantescas empresas automobilísticas consistiu em se contrapor a cada uma delas por vez, em campanhas localizadas e orientadas. Esta estratégia garantiu agora resultados positivos para os trabalhadores da GM, sob o comando do UAW, sindicato nacional dos metalúrgicos das empresas automobilísticas. Na mais longa greve de sua história os trabalhadores e o UAW venceram as manobras divisionistas da empresa e conquistaram uma pauta de reivindicações muito expressiva, conservando os empregos.
Na secular história dessas lutas deve-se destacar o papel da solidariedade internacional entre os trabalhadores. Ela foi efetiva quando se lutava lá e quando se lutava aqui contra as mesmas empresas internacionalizadas.
O mundo das grandes montadoras de veículos (e da indústria automobilística em geral) acostumou-se, durante todo o século passado, a regular o mundo industrializado.
Os grandes fabricantes com seu gigantismo, além de criarem um padrão de sociabilidade, interferiram na organização dos trabalhadores (dentro e fora das fábricas com o fordismo) e foram contestados por poderosos sindicatos de trabalhadores, cujas bases reforçaram.
A história sindical do século passado não pode ser contada se não se levar em conta esta presença e a reação sindical a ela, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial. O Brasil faz parte dessa história.
A malha industrial automobilística espalhou-se pelo mundo e as marcas se diversificaram. Hoje em dia, assiste-se a um enorme rearranjo estratégico, com financeirização crescente, com fusões e incorporações, com fechamento de fábricas e com criação de novas instalações. A resistência sindical dos trabalhadores tornou-se mais difícil até mesmo pela chantagem substitutiva provocada pelo rearranjo e pelas mudanças tecnológicas que “economizaram” empregos.
O fechamento da fábrica da Ford, em São Bernardo (que o governador Dória não conseguiu impedir), pode ser a marca simbólica do fim de uma era, mas inúmeros outros acontecimentos confirmam que a luta continua porque “o futuro tem um coração antigo” (Carlo Levi).
Nos EUA, dez anos atrás, a GM anunciou que ia fechar suas fábricas. A empresa foi salva pela “estatização” garantida pelo governo. Aqui no Brasil, recentemente, a GM também anunciou seu fechamento, que não se concretizou devido à própria reviravolta estratégica empresarial e pela resistência dos sindicatos brasileiros que contou com a solidariedade dos colegas norte-americanos e canadenses.
Ao longo de décadas a grande estratégia sindical norte americana para enfrentar as gigantescas empresas automobilísticas consistiu em se contrapor a cada uma delas por vez, em campanhas localizadas e orientadas. Esta estratégia garantiu agora resultados positivos para os trabalhadores da GM, sob o comando do UAW, sindicato nacional dos metalúrgicos das empresas automobilísticas. Na mais longa greve de sua história os trabalhadores e o UAW venceram as manobras divisionistas da empresa e conquistaram uma pauta de reivindicações muito expressiva, conservando os empregos.
Na secular história dessas lutas deve-se destacar o papel da solidariedade internacional entre os trabalhadores. Ela foi efetiva quando se lutava lá e quando se lutava aqui contra as mesmas empresas internacionalizadas.
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