No meio das “comemorações” do saldo recorde de 644 mil empregos criados em 2019, só o G1 ressalta que 85 mil deles foram na condição de “trabalho intermitente”.
E o Dieese traçou um perfil destes desaventurados, de quem Bolsonaro diz serem felizes por terem algum trabalho, mesmo sem direitos:
- 11% dos vínculos intermitentes não geraram atividade ou renda em 2018
- 40% dos vínculos que estavam ativos em dezembro de 2018 não registraram nenhuma atividade no mês
- Remuneração foi inferior a um salário mínimo em 43% dos vínculos intermitentes que registraram trabalho em dezembro
- Remuneração mensal média dos vínculos intermitentes foi de R$ 763 em dezembro
- Número de contratos intermitentes representou 0,13% do estoque de empregos formais, em 2018
- Vínculos de trabalho intermitente ativos no final de 2018 tinham, em média, duração de cerca de 5 meses, divididos em 2 meses de espera e 3 meses de trabalho efetivo.
O subemprego virou, agora, trabalho formal.
Ou escravidão informal, como prefiram.
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