Por Altamiro Borges
O filhote zero-três do “capetão”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), segue levando várias surras na seara política. Temendo ser derrotado no Congresso Nacional, no ano passado o paizão já havia desistido de presenteá-lo com o cargo de “embaixador do hambúrguer” nos EUA. Já nos últimos dias, com o retorno dos trabalhos legislativos, o pimpolho mimado, petulante e hidrófobo voltou a levar umas palmadas.
Na quarta-feira (4), a Mesa Diretora da Câmara Federal destituiu Eduardo Bolsonaro da liderança da bancada do PSL, acatando pedido de 21 parlamentares da sigla. A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), hoje sua arqui-inimiga, foi reconduzida ao posto. A troca faz parte da guerra fratricida e hilária na extrema-direita nativa, entre os fanáticos bolsonaristas e os ex-bolsonaristas arrependidos.
Ela ocorre um dia depois do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter acatado a decisão do PSL de afastar 12 deputados da legenda das suas atividades partidárias por um ano. Os suspensos são: Aline Sleutjes (PR), Bibo Nunes (RS), Carlos Jordy (RJ), Caroline Toni (SC), Daniel Silveira (RJ), General Girão (RN), Filipe Barros (PR), Junio Amaral (MG), Hélio Lopes (RJ), Márcio Labre (RJ), Sanderson (RS), Vitor Hugo (GO).
Com isso, a bancada do PSL – que era a segunda maior da Casa – reduz seu número de 53 para 41 deputados federais temporariamente. Como relata a Folha, “todos os deputados suspensos são ‘bolsonaristas’, ligados ao presidente Jair Bolsonaro, que deixou o partido no ano passado. Com isso, a sigla ficou com uma maioria ligada a Luciano Bivar (PE), dirigente da legenda”.
Assessor e miliciano digital
Além dessa derrota temporária, Eduardo Bolsonaro sofreu outra surra nesta semana. A jornalista Constança Rezende, do site UOL, descobriu que uma das páginas mais asquerosas de estímulo ao ódio nas redes sociais – a “Bolsofeios” – foi registrada a partir do telefone usado pelo secretário parlamentar do deputado e que o e-mail do seu registro é o mesmo utilizado em prestações de contas pelo filhote zero-três do presidente.
A denúncia contra a página já havia sido feita pela deputada Joice Hasselmann em seu depoimento à CPMI das Fake News em dezembro. Ela garantiu que a “Bolsofeios” pertencia ao provocador Eduardo Guimarães, assessor do filho do “capetão”. Ela também apresentou detalhes sobre grupo secreto apelidado de “gabinete do ódio", que organizava um cronograma de ataques virtuais a pessoas consideradas inimigas da família.
Com base nesse depoimento, o deputado Túlio Gadelha (PDT-PE) pediu à empresa mantenedora da página o acesso ao conteúdo das mensagens trocadas pelo "gabinete do ódio" desde a campanha eleitoral de 2018. O acesso confirmou que a “Bolsofeios” foi responsável por disparar fake news contra jornalistas, ministros do Supremo Tribunal Federal e outros adversários políticos do clã Bolsonaro. Na fase recente, na página também há postagens convocando para o ato fascista de 15 de março pelo fechamento do Congresso e do STF.
Comissão de Ética vai julgar o filhote
Diante da grave denúncia na CPMI das Fake News, Eduardo Bolsonaro ainda debochou. “Meu assessor segue comigo, vai continuar trabalhando comigo. Eu não dou ordens a ele com relação a esse perfil que ele tem. Mas a gente não pode dizer que isso aí é um crime, porque isso não é... Qual foi a infração cometida [pelo assessor]? Manda esse pessoal catar coquinho. Vou dar um aumento para o funcionário, se isso for verdade”.
Apesar da aparente valentia, o caso pode complicar a patética carreira do filhote mimado. Segundo o jornal O Globo, “as mais recentes investidas da família Bolsonaro contra o Congresso deram força à articulação por uma punição ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Conselho de Ética da Câmara... Alvo de três pedidos de cassação no colegiado, Eduardo deve passar pelo crivo dos colegas ainda em março. Integrantes do conselho disseram, na condição de anonimato, que uma sanção ao deputado – ainda que leve – seria uma importante resposta do Congresso ao discurso de radicalização dos Bolsonaro”.
Ainda de acordo com a reportagem, “uma ala do grupo afirma, inclusive, que hoje a maioria dos integrantes concorda com a aplicação de, pelo menos, uma advertência ao filho do presidente. Esses deputados dizem que, embora seja a mais branda das penalidades que podem ser empregadas pelo Conselho de Ética, a expectativa é a que a reprimenda tenha um caráter didático. A avaliação é que ela poderia colocar um freio nos arroubos de Eduardo, uma vez que ele deixaria de ser primário”.
O filhote zero-três do “capetão”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), segue levando várias surras na seara política. Temendo ser derrotado no Congresso Nacional, no ano passado o paizão já havia desistido de presenteá-lo com o cargo de “embaixador do hambúrguer” nos EUA. Já nos últimos dias, com o retorno dos trabalhos legislativos, o pimpolho mimado, petulante e hidrófobo voltou a levar umas palmadas.
Na quarta-feira (4), a Mesa Diretora da Câmara Federal destituiu Eduardo Bolsonaro da liderança da bancada do PSL, acatando pedido de 21 parlamentares da sigla. A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), hoje sua arqui-inimiga, foi reconduzida ao posto. A troca faz parte da guerra fratricida e hilária na extrema-direita nativa, entre os fanáticos bolsonaristas e os ex-bolsonaristas arrependidos.
Ela ocorre um dia depois do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter acatado a decisão do PSL de afastar 12 deputados da legenda das suas atividades partidárias por um ano. Os suspensos são: Aline Sleutjes (PR), Bibo Nunes (RS), Carlos Jordy (RJ), Caroline Toni (SC), Daniel Silveira (RJ), General Girão (RN), Filipe Barros (PR), Junio Amaral (MG), Hélio Lopes (RJ), Márcio Labre (RJ), Sanderson (RS), Vitor Hugo (GO).
Com isso, a bancada do PSL – que era a segunda maior da Casa – reduz seu número de 53 para 41 deputados federais temporariamente. Como relata a Folha, “todos os deputados suspensos são ‘bolsonaristas’, ligados ao presidente Jair Bolsonaro, que deixou o partido no ano passado. Com isso, a sigla ficou com uma maioria ligada a Luciano Bivar (PE), dirigente da legenda”.
Assessor e miliciano digital
Além dessa derrota temporária, Eduardo Bolsonaro sofreu outra surra nesta semana. A jornalista Constança Rezende, do site UOL, descobriu que uma das páginas mais asquerosas de estímulo ao ódio nas redes sociais – a “Bolsofeios” – foi registrada a partir do telefone usado pelo secretário parlamentar do deputado e que o e-mail do seu registro é o mesmo utilizado em prestações de contas pelo filhote zero-três do presidente.
A denúncia contra a página já havia sido feita pela deputada Joice Hasselmann em seu depoimento à CPMI das Fake News em dezembro. Ela garantiu que a “Bolsofeios” pertencia ao provocador Eduardo Guimarães, assessor do filho do “capetão”. Ela também apresentou detalhes sobre grupo secreto apelidado de “gabinete do ódio", que organizava um cronograma de ataques virtuais a pessoas consideradas inimigas da família.
Com base nesse depoimento, o deputado Túlio Gadelha (PDT-PE) pediu à empresa mantenedora da página o acesso ao conteúdo das mensagens trocadas pelo "gabinete do ódio" desde a campanha eleitoral de 2018. O acesso confirmou que a “Bolsofeios” foi responsável por disparar fake news contra jornalistas, ministros do Supremo Tribunal Federal e outros adversários políticos do clã Bolsonaro. Na fase recente, na página também há postagens convocando para o ato fascista de 15 de março pelo fechamento do Congresso e do STF.
Comissão de Ética vai julgar o filhote
Diante da grave denúncia na CPMI das Fake News, Eduardo Bolsonaro ainda debochou. “Meu assessor segue comigo, vai continuar trabalhando comigo. Eu não dou ordens a ele com relação a esse perfil que ele tem. Mas a gente não pode dizer que isso aí é um crime, porque isso não é... Qual foi a infração cometida [pelo assessor]? Manda esse pessoal catar coquinho. Vou dar um aumento para o funcionário, se isso for verdade”.
Apesar da aparente valentia, o caso pode complicar a patética carreira do filhote mimado. Segundo o jornal O Globo, “as mais recentes investidas da família Bolsonaro contra o Congresso deram força à articulação por uma punição ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Conselho de Ética da Câmara... Alvo de três pedidos de cassação no colegiado, Eduardo deve passar pelo crivo dos colegas ainda em março. Integrantes do conselho disseram, na condição de anonimato, que uma sanção ao deputado – ainda que leve – seria uma importante resposta do Congresso ao discurso de radicalização dos Bolsonaro”.
Ainda de acordo com a reportagem, “uma ala do grupo afirma, inclusive, que hoje a maioria dos integrantes concorda com a aplicação de, pelo menos, uma advertência ao filho do presidente. Esses deputados dizem que, embora seja a mais branda das penalidades que podem ser empregadas pelo Conselho de Ética, a expectativa é a que a reprimenda tenha um caráter didático. A avaliação é que ela poderia colocar um freio nos arroubos de Eduardo, uma vez que ele deixaria de ser primário”.
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