sábado, 18 de julho de 2020

“Japonês da Federal” deprime os midiotas

Por Altamiro Borges

Os fanáticos da Lava-Jato, que aplaudiam todos os abusos de poder da dupla Deltan Dallagnol e Sergio Moro, estão deprimidos. Newton Ishii, o midiático "Japonês da Federal", acaba de ser condenado a perda do cargo e a multa de R$ 200 mil por "facilitação de contrabando" na fronteira Brasil com o Paraguai, em Foz do Iguaçu.

De acordo com a decisão do juiz Sérgio Luis Ruivo Marques, da 1ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, a conduta do ex-agente da Polícia Federal foi considerada de "extrema gravidade, com afronta direta a dignidade da função pública por ele exercida".

Marchinha e máscaras dos midiotas

O badalado "Japonês da Federal", ainda segundo a sentença, foi punido porque se "escondeu por trás do aparato institucional voltado ao combate do crime na fronteira, para facilitar o contrabando/descaminho, o que impede que ele, após tal fato, prossiga atuando como agente policial".

Como lembra o site UOL, Newton Ishii teve sua "imagem muitas vezes atrelada às operações da Lava Jato" e "chegou a inspirar marchinhas e máscaras no carnaval de 2016. 'Ai meu Deus, me dei mal, bateu na minha porta o Japonês da Federal', dizia uma música". Os midiotas sempre foram bem otários!

Uma criação da mídia falsamente moralista

A mídia falsamente moralista só não explica que ela foi culpada por idolatrar o agente da PF. Na época em que escoltava presos da Lava-Jato em Curitiba, Newton Ishii já estava metido em vários rolos. Em 2009, ele já havia sido condenado por contrabando e corrupção. Mas era preciso excitar os midiotas com novos heróis.

Em outubro passado, por exemplo, o jornal Estadão – um dos mais lavajatista da imprensa udenista – ainda publicava matéria quase promocional do policial enlameado. Assinada por Fausto Macedo, ele informava que “o agente aposentado Newton Ishii, conhecido como ‘japonês da federal’, agora dá palestras remuneradas”.

“Em um dos anúncios, Ishii aparece de terno e gravata, mas com seus inseparáveis óculos escuros. ‘Palestras motivacionais na sua empresa’, diz o cartaz, que o classifica como ‘consultor, palestrante e escritor’, e que também replica o apelido que o tornou famoso”. Segundo o jornal, o “ético” seguia sendo paparicado.

Ídolo dos coxinhas sempre foi enrolado

“Em razão de problemas de agenda do ‘japonês da federal’, uma de suas palestras, no Teatro Municipal de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, chegou a ser adiada... O tema seria ‘bastidores da Lava Jato e as consequências para o país’”. O Estadão ainda informa que Newton Ishii “dá consultorias em compliance”.

O jornalão golpista até lembra que o ídolo dos coxinhas “chegou a ser, em 2016, preso, e, depois, liberado com o uso de tornozeleiras eletrônicas, para cumprir quatro anos e seis meses de pena por descaminho e corrupção”. A ação decorreu da Operação Sucuri, que apurou o envolvimento de 23 policiais em contrabando na região de Foz do Iguaçu.

O Estadão e o restante da mídia udenista só não pedem perdão – já que está na moda pedir que os outros peçam perdão – por terem dado tanto destaque ao “Japonês da Federal” e a outros criminosos da Lava-Jato.

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