terça-feira, 2 de março de 2021

A luxuosa mansão de 'Flávio Rachadinha'

Por Altamiro Borges

Antes amado pela extrema-direita, o site Antagonista – que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista no país – hoje atormenta a famiglia Bolsonaro e suas milícias. Nessa semana, ele revelou que o Flávio Bolsonaro – o pimpolho 01 do presidente também já apelidado de “Flávio Rachadinha” – comprou uma mansão de quase R$ 6 milhões no Distrito Federal.

A denúncia já repercutiu em toda a imprensa nativa – e inclusive no exterior. O jornal Estadão deu mais detalhes sobre a compra realizada pelo senador do partido Republicanos, "denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa", e "sua mulher, a dentista Fernanda Antunes". Flávio Bolsonaro e a esposa vivem sob o regime de comunhão parcial de bens.

Imóvel comprado por R$ 5,97 milhões

Conforme documentado no 1º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal, em 2 de fevereiro último, o imóvel foi comprado por R$ 5,97 milhões. A nova casa do filhote do "capetão" está localizada no setor de Mansões Dom Bosco, próximo ao Lago Paranoá, bairro nobre da capital da República.

A mansão foi vendida em anúncio como "a melhor vista de Brasília da suíte master". A casa tem 1,1 mil m², com quatro suítes, academia, piscina e spa com aquecimento solar. Segundo o Estadão, a milionária aquisição não corresponde aos rendimentos e posses declaradas do parlamentar.

"O salário bruto de um senador é de R$ 33.763, que, após descontos, cai para R$ 24,9 mil. O valor do novo imóvel é mais que o triplo do total de bens declarados por Flávio Bolsonaro à Justiça Eleitoral em 2018, quando disputou uma vaga no Senado". 

A venda da franquia da Kopenhagen

Na ocasião, Flávio declarou um total de bens de R$ 1,74 milhão, incluindo um apartamento residencial na Barra da Tijuca, no RJ (R$ 917 mil), uma sala comercial no mesmo bairro (R$ 150 mil), 50% de participação da empresa Bolsotini Chocolates (uma franquia da Kopenhagen, de R$ 50 mil), um veículo Volvo XC (R$ 66,5 mil) e aplicações e investimentos que somavam R$ 558,2 mil.

Recentemente, o filhote 01 e seu sócio venderam a loja de chocolates após o estabelecimento entrar no radar das investigações do Ministério Público Estadual. A franquia da Kopenhagen foi apontada como um expediente para lavar dinheiro supostamente desviado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando o filhote presidencial era deputado estadual.

Flávio Rachadinha, que havia respirado aliviado na semana passada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular a quebra de sigilos bancário e fiscal na investigação sobre as "rachadinhas" na Alerj, agora volta aos holofotes da mídia. A conferir no que vai dar!

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