sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Os efeitos da maior alta dos juros em 19 anos

Por Altamiro Borges

A dupla Paulo “Offshore” Guedes e Jair “Malvadão” Bolsonaro segue afundando a economia. O aumento da taxa de juros pelo Banco Central foi a manchete dos jornalões nesta quinta-feira (28). Estadão: "Após furo do teto, BC promove maior alta dos juros em 19 anos". O Globo: "Inflação e risco fiscal levam à maior alta dos juros desde 2002". Valor Econômico: "Copom eleva juro para 7,75% e indica nova alta de 1,5 ponto". Só a Folha, com seu tucanismo atávico e seu desespero pela tal “terceira via”, preferiu mudar de assunto e dar na manchete: "SP supera EUA, Alemanha e Reino Unido em vacinação".

Como registrou o site Metrópoles, o aumento da taxa básica de juros, a Selic, tem forte impacto na economia e na vida da população. “É a Selic que regula o cheque especial, os juros dos cartões de crédito, da poupança e do crediário. Ou seja, com a taxa em alta, fica mais difícil se fazer um empréstimo ou comprar a prazo. A disparada dos juros diminui o poder de consumo da população”.

Ao reduzir o consumo, o aumento da Selic diminui a produção e ajuda a elevar o desemprego. Só ganham com a alta dos juros os que aplicam no mercado financeiro, os especuladores. O site até lista as principais aplicações. O estrago causado pela elevação da Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central é generalizado. Mesmo assim, o ministro Paulo "Offshore" Guedes finge que está tudo bem na economia e festejou cinicamente nesta quarta-feira a redução do desemprego.

Até o jornal Valor, dedicado à cloaca burguesa, mostra que a queda esconde precarização do trabalho. “Recuo para 13,2% vem junto com aumento do número de trabalhadores informais e queda recorde da renda”. A Folha também destaca: “Indicador recuou para 13,2%, puxado pelo setor informal”.

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