Por Altamiro Borges
A recessão brasileira já é assunto na imprensa internacional. O britânico Financial Times estampou na quinta-feira (2) que o "Brasil entra em recessão e a inflação aperta a economia". O jornal explica que "a contração foi causada principalmente por queda de 8% na agricultura e de 9,8% na exportação de bens e serviços... A indústria se manteve estagnada".
Já a agência ianque de notícias Bloomberg, dedicada aos abutres financeiros mundiais, destaca: "Economia do Brasil entra em recessão pelo segundo ano consecutivo". O artigo aponta que "o amplo setor agrícola do Brasil caiu 8% no trimestre, enquanto a indústria ficou estável". O texto também prevê "desafios crescentes" no próximo período:
"O desemprego está acima de 12%, a inflação está no maior patamar em cinco anos e o Banco Central desencadeou o aperto monetário mais agressivo do mundo. Enquanto a maioria dos países experimenta um forte crescimento pós-pandemia, o Brasil está perdendo força".
Queda nos investimentos externos
O clima de pessimismo inclusive já afeta os investimentos externos. A Folha informa que “dados coletados pelo Instituto de Finanças Internacionais, associação que representa os maiores bancos do mundo, apontam declínio acentuado dos fluxos de capital estrangeiro para investimentos em ações e títulos de empresas em mercados emergentes fora da China”.
“Segundo o IIF, a retomada da atividade econômica e o início da vacinação contra a Covid-19 estimularam fluxos intensos entre o fim de 2020 e o início deste ano, mas a fragilidade da retomada afastou os investidores de muitos países. Os dados dos bancos indicam paralisação dos fluxos dirigidos a alguns mercados – em especial, Argentina, Brasil e Turquia”.
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