Por João Guilherme Vargas Netto
A única grande data internacional de comemoração é o 1º de Maio, como nos ensinou José Luiz Del Roio. As outras têm diferenças de calendário ou de religião.
Com exceção dos Estados Unidos – país isolado em sua discriminação à data – o mundo inteiro comemora o Dia do Trabalhador ou o Dia do Trabalho.
O 1º de Maio reavivou raízes europeias seculares de comemoração e, denunciando massacres, associou-se durante muitos anos à luta pela jornada de trabalho de oito horas diárias. O 1º de Maio, antes de ser data comemorativa, foi ocasião de luta, de reivindicações, de organização dos trabalhadores e de repressão – há muito sangue nesta história.
No Brasil as comemorações do 1º de Maio são marcadores das lutas sociais e da evolução crescente da participação dos trabalhadores na História nacional. O Estado incorporou-as em suas determinações e fez do 1º de Maio um dia feriado.
Mas a chave original se manteve e nos anos mais recentes as centrais sindicais unidas conseguiram realizar, enfrentando a pandemia que assolava o país e as dificuldades das conjunturas adversas, comemorações virtuais que garantiram a relevância do movimento sindical.
Este ano, reforçadas pela pauta da classe trabalhadora – Emprego, Direitos, Democracia e Vida – que foi aprovada na Conclat-2022 as direções sindicais comemoram a data com manifestações em todo o país, com destaque para a do Pacaembu em São Paulo, no Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro e a Metalfest no Paraná apelando à unidade dos trabalhadores e das trabalhadoras, ao espírito de resistência com ações concretas contra a carestia e à defesa intransigente da democracia e das eleições contra as provocações continuadamente urdidas e perpetradas pelo presidente da República e seus acólitos.
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