quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Bolsonarista agride pesquisador do Datafolha

Charge: Genildo
Por Altamiro Borges

Estimulados pelo fascista que ocupa a presidência da República, os fanáticos bolsonaristas estão cada dia mais agressivos e aloprados. Nesta terça-feira (20), um pesquisador do Datafolha foi agredido com chutes e socos por um seguidor do “capetão” em Ariranha, no interior de São Paulo, a 378 km da capital.

Segundo relato do site UOL, “o pesquisador entrevistava uma pessoa, quando Rafael Bianchini se aproximou e, aos gritos, passou a exigir que também fosse ouvido. ‘Só pega Lula’ e ‘vagabundo’ foram termos gritados pelo bolsonarista no meio da rua”. Ele foi atingido pelas costas e o tablet usado para a entrevista foi jogado ao chão.

“Quando o pesquisador reagiu às agressões, ele passou também a ser atacado por um filho do bolsonarista. As agressões foram interrompidas com a ação de vizinhos. Foi quando o bolsonarista entrou e saiu de sua casa, em frente ao local, e ameaçou partir para cima do pesquisador com uma peixeira – ele foi contido pelo filho”.

Vários casos de agressão

Para Luciana Chong, diretora do Datafolha, o episódio é gravíssimo. “O pesquisador estava desempenhando seu trabalho e foi covardemente agredido fisicamente. Nada justifica qualquer tipo de agressão. Estamos acompanhando um aumento da hostilidade em relação aos pesquisadores e isso é muito preocupante”.

Segundo alerta, têm sido comuns os casos de pessoas que gritam, xingam, acusam o instituto de ser comunista ou tentam filmar os entrevistadores como forma de intimidá-los. “Na maior parte dos casos, as pessoas que buscam intimidar os pesquisadores se declaram como bolsonaristas ou citam o nome do presidente Bolsonaro”.

Somente em um dia da semana passada, o Datafolha contabilizou dez ocorrências em municípios de diferentes regiões do país, num universo de 470 pesquisadores. “Houve casos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Maranhão, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, descreve o site UOL.

Os discursos hidrófobos do presidente

Esses episódios de violência não ocorrem por acaso. Eles são incentivados, motivados. Como lembra a matéria, “Bolsonaro, que está em segundo nas pesquisas de intenção de voto, tem seguido a estratégia de desacreditar os institutos. No último fim de semana, ele afirmou em diferentes ocasiões que vencerá as eleições em primeiro turno, contrariando as projeções”.

No ato criminoso do 7 de Setembro em Brasília, quando usou dinheiro público para sequestrar a comemoração do Bicentenário da Independência, o presidente fascista voltou a rosnar: “Nunca vi um mar tão grande aqui com essas cores verde e amarela. Aqui não tem a mentirosa Datafolha. Aqui é o nosso datapovo”. O fanático agressor de Ariranha apenas seguiu as recomendações hidrófobas do “mito”.

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