Por João Guilherme Vargas Netto
Neste episódio da transferência dos refugiados afegãos do aeroporto de Guarulhos para a Praia Grande sob orientação do ministério da Justiça quero ressaltar a disponibilidade, a presteza, o acolhimento e a solidariedade do sindicato dos químicos de São Paulo.
Todos estes atributos já foram confirmados pelo movimento sindical em muitos episódios anteriores, quando tragédias se abateram sobre os brasileiros, durante a covid, enfrentando chuvaradas e deslizamentos ou em ocasiões natalinas para minorar o desalento e a fome.
A colônia de férias do sindicato dos químicos na Praia Grande constitui, juntamente com as outras colônias de sindicatos, uma das maiores concentrações deste tipo em todo mundo, como as que ainda existem em muitas das ex-repúblicas soviéticas, na Inglaterra e na Argentina.
São instalações construídas, mantidas e postas a serviço dos trabalhadores, algumas delas com nível de atendimento comparável a das melhores hotelarias. A presença e concentração das colônias de férias sindicais na Praia Grande foi responsável pela própria modernização urbana do balneário, basta lembrar o papel organizador do jornal “Sol e Alegria”, que as vocalizava.
A mídia grande deu pouco destaque à disponibilidade, à presteza, ao acolhimento e à solidariedade da direção sindical dos químicos, assim como não criticou a ranhetice (que mal disfarçava a xenofobia e a discriminação) da prefeita da cidade que, em nome da segurança e do sanitarismo, tentou por obstáculos à recepção dos refugiados.
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