sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Evo Morales e as contradições bolivianas

Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:

O líder da Revolução Chinesa, Mao Tse-tung, foi o primeiro a teorizar sobre as “contradições no seio do povo”, como ele denominava os conflitos de interesses e opiniões entre os que lutam pela justiça social. Para Mao, essas divergências são secundárias – não-antagônicas, como ele dizia – na medida em que podem ser resolvidas pelo livre debate entre os revolucionários. Já as contradições antagônicas, inconciliáveis, são aquelas que opõem, em polos opostos, o povo e os seus opressores.

Voto distrital e o Brasil-Colônia

Por Leandro Fortes, na CartaCapital:

O problema não está no sistema eleitoral, mas na qualidade do eleitor. Quem vota em Paulo Maluf, por exemplo, não vai deixar de ser um mau caráter do voto proporcional para virar uma reserva moral do voto distrital. O que certa direita nervosa pretende, com essa propaganda infantil sobre as benesses do voto distrital, é minar as representações coletivas no Parlamento, sobretudo aquelas vinculadas aos movimentos sociais.

Os blogueiros e os monopólios de mídia

Por Leonardo Severo, no jornal Hora do Povo:

A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade, por novos marcos regulatórios de comunicação que incentivem os meios públicos e comunitários, e pelo enfrentamento aos monopólios de mídia, foram três propostas chaves aprovadas no 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu, Paraná, entre os dias 27 e 29 de outubro.

Franklin Martins e a regulação da mídia

Por Felipe Prestes, no sítio Sul 21:

Cumprir uma série de aspectos previstos pela Constituição de 1988, até hoje negligenciados, seria um enorme passo rumo à democratização dos meios de comunicação. Este foi o entendimento unânime entre os seis palestrantes do painel “Regulação e Liberdade de Expressão”, realizado na tarde desta quinta-feira (3), na Escola Superior da Magistratura (ESM), parte da programação do seminário Democratização da Mídia. Entendimento resumido no gesto do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Franklin Martins, que brandiu a Constituição ao final de sua fala, ressaltando que para democratizar a comunicação não é preciso defender nada que não esteja previsto pela Carta Magna.

Paulo Bernardo, por que te calas?

Por Júlio Carignano, no blog Sítio Coletivo:

"Tudo depende se o governo quer bancar o custo político ou não...". Essa frase solta que inicia a postagem foi uma das que mais me chamou a atenção durante o I Encontro Mundial de Blogueiros Progressistas, realizado em Foz do Iguaçu. Ela é fragmento da fala de Jesse Chacón, ex-ministro das Comunicações da Venezuela, ao falar sobre a elaboração de um marco regulatório para o setor. O venezuelano expôs que há vários tipos de regulação, mas sempre haverá um custo, já que são reformas que atingem "grandes interesses".

O câncer de Lula e o fascismo nativo

Por Gustavo Alves, em seu blog:

Esta semana, as redes sociais foram palco de um debate surreal pautado pela divulgação do câncer de laringe do ex-presidente Lula.

Apesar da sua dimensão pública, a doença do ex-presidente pertence ao universo particular e privado dele e de sua família. Mas confesso a vocês, que fiquei impressionado com a virulência, a raiva e a revolta contida nas mensagens que cobravam que Lula se tratasse em algum hospital do SUS.

Além do óbvio desrespeito à dor alheia, o ódio contido nas mensagens conseguiu ultrapassar as fronteiras do aceitável até por alguns ícones da oposição como é o jornalista Gilberto Dimenstein, que alegou ter ficado com "nojo" destas manifestações.

Blogueiros debatem papel da internet

Por João Brant, no Observatório do Direito à Comunicação:

“Se tivéssemos feito esse encontro há cinco anos, estaríamos falando do Myspace”. A afirmação de Ignacio Ramonet durante o I Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu entre os dias 27 e 29 de outubro, queria lembrar os participantes da rapidez das mudanças dos últimos anos. Talvez não fosse preciso ir tão longe. Um encontro mundial de blogueiros em 2010 seria uma boa oportunidade para discutir como as corporações tentam quebrar a neutralidade de rede ou como alguns países censuram blogueiros que se opõem a regimes autocráticos. Debate interessante para ativistas mais envolvidos e interessados, sem mais.

O que o caso William Waack mostra

Por Paulo Nogueira, no sítio Brasil 247:

O barulho no Twitter em torno de William Waack mostra, acima de tudo, o quanto ele é rejeitado por uma parcela da sociedade que para alguns é a vanguarda.

É impossível analisar o caso Waack sem lembrar o movimento, também no Twitter, que tentou – infelizmente sem sucesso – calar Galvão Bueno na Copa de 2010. Waack está para o jornalismo político como Galvão para o jornalismo esportivo.

Safatle e a "direita ressentida"

Por João Peres, na Rede Brasil Atual:

Bastaram poucas horas após a divulgação de que Luiz Inácio Lula da Silva teria de se tratar de um tumor na laringe para que aflorassem nas redes sociais e em comentários de leitores em páginas da internet manifestações contra o ex-presidente da República. Alguns usuários passaram a promover uma campanha para que o petista fosse buscar tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os sandinistas vencerão na Nicarágua?

Por Sergio Ferrari, no sítio da Adital:

No próximo dia 6 de novembro serão realizadas as eleições gerais na Nicarágua, país centro-americano que, nos anos 80, motorizou um dos movimentos de solidariedade internacional mais ativos da história contemporânea. Como naquela época, hoje a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) continua sendo um dos principais atores políticos e seu candidato, o atual presidente Daniel Ortega Saavedra, aspira à reeleição. No entanto, algumas das antigas personalidades sandinistas dos anos 80 se situam em aberta oposição. Isso define um cenário particular, onde quatro alianças tentam disputar a hegemonia com o partido do governo.

Rompendo o cerco da mídia

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no sítio Carta Maior:

Década de 1980, lá pelo meio: o Sindicato dos Jornalistas do Paraná faz campanha salarial e coloca nas ruas cartazes com a frase: “a nossa dor não sai no jornal”. Era um momento de abertura política e parte da mídia, ainda que a contragosto, abria espaço para demandas de alguns sindicatos de trabalhadores, menos, é óbvio, para aquelas apresentadas pelos jornalistas, seus empregados.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Mídia, política e novas tecnologias

Por Tiago C. Soares, no sítio da Fundação Perseu Abramo:

O papel dos blogs e das novas tecnologias de comunicação na mídia e na participação popular foram temas centrais do 1º Encontro Mundial de Blogueiros, que reuniu em Foz do Iguaçu, nos dias 27, 28 e 29 de outubro, ativistas, pesquisadores, jornalistas e representantes de partidos e dos movimentos sociais do Brasil e do exterior.