Encerra-se a primeira das três semanas cruciais para a imprensa brasileira. Nesta sexta-feira (10/10), as manchetes dos diários de papel são uma reprodução fiel do Jornal Nacional apresentado pela TV Globo na véspera: ali está aberta a agenda que a mídia oposicionista quer ver cumprida até o dia 26. Depois disso, seja qual for o resultado das urnas, será preciso fazer a meia volta e procurar o reencontro com o jornalismo.
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
A agenda oculta pela mídia
Como enfrentar a onda conservadora?
Por Valter Pomar, em seu blog:
A "onda conservadora" é um tema presente em muitas análise das eleições 2014.
Presente, especialmente, naqueles analistas que superestimaram os aspectos progressistas das manifestações de junho de 2013, minimizando o fato delas não serem homogêneas nem organizadas e, principalmente, terem produzido uma reação por parte da direita política e midiática, seja para "interpretar" seu significado, seja para neutralizar eventuais desdobramentos positivos.
A "onda conservadora" é um tema presente em muitas análise das eleições 2014.
Presente, especialmente, naqueles analistas que superestimaram os aspectos progressistas das manifestações de junho de 2013, minimizando o fato delas não serem homogêneas nem organizadas e, principalmente, terem produzido uma reação por parte da direita política e midiática, seja para "interpretar" seu significado, seja para neutralizar eventuais desdobramentos positivos.
A chave da vitória de Dilma
Editorial do site Vermelho:
A campanha do segundo turno da eleição presidencial, de curtíssima duração, começou com intensidade e elevado grau de conflitualidade política. Nela, dois aspectos se destacam: a mobilização total da militância, dos aliados e do povo e a nitidez da mensagem política. Em ambos, as forças progressistas levam vantagem.
A campanha do segundo turno da eleição presidencial, de curtíssima duração, começou com intensidade e elevado grau de conflitualidade política. Nela, dois aspectos se destacam: a mobilização total da militância, dos aliados e do povo e a nitidez da mensagem política. Em ambos, as forças progressistas levam vantagem.
Segundo turno: o voto útil
Por Pedro A. Ribeiro de Oliveira, no site da Adital:
O 1º turno é o momento político por excelência, porque nele se explicitam as propostas dos candidatos e candidatas, independentemente de sua probabilidade de vitória. A proposta de Lula e Dilma foi apoiada por muitos companheiros e companheiras de fé e luta política, como Leonardo Boff, Frei Betto e Luiz Alberto G. Souza, mas não por mim. Não me entusiasma a inclusão das classes e setores marginalizados no mercado de consumo sem taxar as grandes fortunas de ruralistas, empresário/as, banqueiro/as e rentistas.
O 1º turno é o momento político por excelência, porque nele se explicitam as propostas dos candidatos e candidatas, independentemente de sua probabilidade de vitória. A proposta de Lula e Dilma foi apoiada por muitos companheiros e companheiras de fé e luta política, como Leonardo Boff, Frei Betto e Luiz Alberto G. Souza, mas não por mim. Não me entusiasma a inclusão das classes e setores marginalizados no mercado de consumo sem taxar as grandes fortunas de ruralistas, empresário/as, banqueiro/as e rentistas.
Contra o retrocesso, "tô com Dilma"
O resultado do 1° turno das eleições de 2014 foram, em geral, um retrocesso para as forças progressistas a nível nacional. Ainda que tenhamos conquistado vitórias regionais, como a derrota do tradicionalismo e conservadorismo do PSDB em Minas Gerais com uma frente popular, que agora sob o comando de Pimentel (PT) governará esse estado; na Bahia com Rui Costa (PT) caminham também as forças populares para a superação do Carlismo; e a grande vitória dos comunistas no Maranhão com Flávio Dino (PCdoB), um primeiro passo importante e fundamental para enfraquecer e extinguir o domínio da oligarquia dos Sarney nesse estado.
Mídia não garantiu vantagem a Aécio
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Ibope e Datafolha fecham um resultado em comum na primeira pesquisa: 51% para Aécio, 49% para Dilma.
Estes números, que seriam os votos válidos, correspondem a 46 a 44%, com 4% de nulos e 6% de indecisos, em ambas as pesquisas.
Ibope e Datafolha fecham um resultado em comum na primeira pesquisa: 51% para Aécio, 49% para Dilma.
Estes números, que seriam os votos válidos, correspondem a 46 a 44%, com 4% de nulos e 6% de indecisos, em ambas as pesquisas.
Romper o cerco conservador
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
O PT não é um partido de santos. Há gente boa e ruim ali – como em toda parte.
Mas você já reparou que, em toda eleição, há sempre uma onda de denúncias contra o PT? E só contra o PT?
Onde estão as investigações sobre os trens de São Paulo? Sobre a privatizações tucanas? Jamais prosperaram. Agora, a 15 dias da eleição, surge a delação premiada de um réu desesperado – jogando lama sobre Dilma, Lula e o PT como um todo. Não há chance de responder. Não. O rolo compressor midiático está acionado.
O PT não é um partido de santos. Há gente boa e ruim ali – como em toda parte.
Mas você já reparou que, em toda eleição, há sempre uma onda de denúncias contra o PT? E só contra o PT?
Onde estão as investigações sobre os trens de São Paulo? Sobre a privatizações tucanas? Jamais prosperaram. Agora, a 15 dias da eleição, surge a delação premiada de um réu desesperado – jogando lama sobre Dilma, Lula e o PT como um todo. Não há chance de responder. Não. O rolo compressor midiático está acionado.
Aécio é SP contra o nordeste
O PSDB é um partido paulista: controlado por líderes paulistas, defende os interesses da elite de São Paulo e depende fortemente do voto paulista.
Foi no Estado de São Paulo que Aécio Neves colheu sua maior vitória no primeiro turno em 5 de outubro (de São Paulo saíram 10 milhões dos cerca de 30 milhões obtidos pelo PSDB).
Dilma x Aécio; Lula x FHC
Por Nicolas Chernavsky, no blog culturapolitica.info:
Finalmente chegou a hora. Depois de uma abrupta guinada para o conservadorismo em 1964, gradualmente o Brasil conseguiu sair das trevas para chegar à predominância do progressismo a partir da eleição de Lula em 2002. Nestes 12 anos, o Brasil conseguiu avanços extraordinários, como retirar 36 milhões de pessoas da miséria e ascender 40 milhões de seres humanos para a classe média. Saímos do mapa da fome no mundo. Reduzimos o desemprego à metade com aumentos consideráveis de salários. Estamos conseguindo realizar o sonho de muitas gerações de brasileiros. Estamos deixando de ser um país pobre e virando um país de classe média! Não era isso o que queríamos?
Malafaias e bolsonaros estão com Aécio
http://pataxocartoons.blogspot.com.br/ |
O amor, a amizade e o respeito não unem as pessoas tanto quanto o ódio a alguma coisa, dizia Tcheckhov.
Aécio Neves recebeu o apoio da hidrofobia ostensiva de Silas Malafaia e Jair Bolsonaro. Previsível?
Aécio Neves recebeu o apoio da hidrofobia ostensiva de Silas Malafaia e Jair Bolsonaro. Previsível?
São Paulo: A vanguarda do atraso
Por Izaías Almada, no Blog da Boitempo:
A reeleição do governador Geraldo Alckmin, a eleição do senador José Serra, a expressiva votação de Aécio Neves e Marina Silva no último domingo, o número de votos obtidos pelos deputados Russomano e Feliciano (a lista desse apagão anti-humanista é extensa e enfadonha), embora confirmem o ‘exercício da democracia’, confirmam também que o estado de São Paulo se torna de fato o representante legítimo da vanguarda do atraso brasileiro.
A reeleição do governador Geraldo Alckmin, a eleição do senador José Serra, a expressiva votação de Aécio Neves e Marina Silva no último domingo, o número de votos obtidos pelos deputados Russomano e Feliciano (a lista desse apagão anti-humanista é extensa e enfadonha), embora confirmem o ‘exercício da democracia’, confirmam também que o estado de São Paulo se torna de fato o representante legítimo da vanguarda do atraso brasileiro.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
PSOL reforça campanha contra Aécio
Por Altamiro Borges
Em reunião realizada nesta quarta-feira (8), a executiva nacional do PSOL decidiu liberar os seus filiados e não formalizar apoio no segundo turno da eleição presidencial. Ao mesmo tempo, porém, a sigla recomendou explicitamente que não se vote no cambaleante tucano e algumas de suas principais lideranças já externaram que votarão em Dilma Rousseff. Segundo o documento aprovado, “Aécio Neves, o seu PSDB e aliados são os representantes mais diretos dos interesses da classe dominante e do imperialismo na América Latina. O jeito tucano de governar, baseado na defesa das elites econômicas e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente, significa um verdadeiro retrocesso”.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (8), a executiva nacional do PSOL decidiu liberar os seus filiados e não formalizar apoio no segundo turno da eleição presidencial. Ao mesmo tempo, porém, a sigla recomendou explicitamente que não se vote no cambaleante tucano e algumas de suas principais lideranças já externaram que votarão em Dilma Rousseff. Segundo o documento aprovado, “Aécio Neves, o seu PSDB e aliados são os representantes mais diretos dos interesses da classe dominante e do imperialismo na América Latina. O jeito tucano de governar, baseado na defesa das elites econômicas e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente, significa um verdadeiro retrocesso”.
PSDB é inimigo dos trabalhadores
Por Altamiro Borges
A onda conservadora que eclodiu no primeiro turno atraiu setores que desconhecem a história do PSDB e do seu candidato, o cambaleante Aécio Neves. Inclusive em áreas operárias de São Paulo, por exemplo, muitos trabalhadores, principalmente jovens, votaram no presidenciável tucano. É preciso que estes eleitores conheçam as práticas – e não os falsos discursos – destes verdadeiros inimigos dos assalariados. Com este objetivo, apresento alguns dados concretos sobre o triste reinado de FHC. Os trabalhadores foram as maiores vítimas do veneno neoliberal do desmonte do trabalho. Quem conhece esta história não vota em Aécio Neves.
A onda conservadora que eclodiu no primeiro turno atraiu setores que desconhecem a história do PSDB e do seu candidato, o cambaleante Aécio Neves. Inclusive em áreas operárias de São Paulo, por exemplo, muitos trabalhadores, principalmente jovens, votaram no presidenciável tucano. É preciso que estes eleitores conheçam as práticas – e não os falsos discursos – destes verdadeiros inimigos dos assalariados. Com este objetivo, apresento alguns dados concretos sobre o triste reinado de FHC. Os trabalhadores foram as maiores vítimas do veneno neoliberal do desmonte do trabalho. Quem conhece esta história não vota em Aécio Neves.
Campanha do PT faz bem à democracia
Por Breno Altman
Não faltam vozes a denunciar inserções de campanha da presidente Dilma Rousseff como “baixaria” ou até “terrorismo eleitoral”. A candidata Marina Silva teria sido triturada por uma “máquina de mentiras”, a mesma variável que, supostamente inspirada pelo nazista Goebbels, estaria prestes a se abater sobre Aécio Neves.
Não faltam vozes a denunciar inserções de campanha da presidente Dilma Rousseff como “baixaria” ou até “terrorismo eleitoral”. A candidata Marina Silva teria sido triturada por uma “máquina de mentiras”, a mesma variável que, supostamente inspirada pelo nazista Goebbels, estaria prestes a se abater sobre Aécio Neves.
Como será o segundo turno?
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
O PSDB e a república dos bananas
Por Flávio Aguiar, no site Carta Maior:
O Brasil é diversificado demais para poder ser enquadrado na expressão “banana republic”. Tecnicamente, a expressão descreve "um país politicamente instável, cuja economia depende largamente de um produto de exportação de fonte limitada, com classes sociais estratificadas, incluindo uma grande classe trabalhadora empobrecida, e uma plutocracia governante de elites empresariais, políticas e militares". Estou citando a Wikipédia a respeito.
O Brasil é diversificado demais para poder ser enquadrado na expressão “banana republic”. Tecnicamente, a expressão descreve "um país politicamente instável, cuja economia depende largamente de um produto de exportação de fonte limitada, com classes sociais estratificadas, incluindo uma grande classe trabalhadora empobrecida, e uma plutocracia governante de elites empresariais, políticas e militares". Estou citando a Wikipédia a respeito.
Os perigos que nos rondam
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Latifundiários, banqueiros, racistas, homofóbicos, defensores da ditadura, sociopatas e ultrarreacionários em geral, estão se alinhando em apoio a Aécio Neves.
Ronaldo Caiado, Malafaia, Pastor Everaldo, Bolsonaro, para citar apenas alguns nomes.
Latifundiários, banqueiros, racistas, homofóbicos, defensores da ditadura, sociopatas e ultrarreacionários em geral, estão se alinhando em apoio a Aécio Neves.
Ronaldo Caiado, Malafaia, Pastor Everaldo, Bolsonaro, para citar apenas alguns nomes.
Época divulga pesquisa fajuta
Por Renato Rovai, em seu blog:
Alguém já tinha ouvido falar do Instituto Paraná Pesquisas? Pois é, hoje a revista Época divulgou aquela que seria a primeira sondagem do segundo turno dando Aécio Neves oito pontos à frente de Dilma, mas o que subiu nos trending topics do Twitter não foi o resultado, e sim de onde surgiu o instituto.
Alguém já tinha ouvido falar do Instituto Paraná Pesquisas? Pois é, hoje a revista Época divulgou aquela que seria a primeira sondagem do segundo turno dando Aécio Neves oito pontos à frente de Dilma, mas o que subiu nos trending topics do Twitter não foi o resultado, e sim de onde surgiu o instituto.
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