quinta-feira, 16 de julho de 2015

Provas da escuta ilegal na Lava Jato

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O 247 teve acesso a um conjunto de documentos que apontam fatos graves e inaceitáveis sobre as escutas telefônicas realizadas na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Chamado para prestar depoimento sobre o assunto na CPI da Petrobras, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a Polícia Federal está subordinada, ao menos formalmente, disse que é muito cedo para tomar qualquer medida contra os envolvidos. Apesar do reconhecido talento para fazer pronunciamentos, Cardozo não convenceu. A bancada do PT sorria amarelo durante suas explicações. Integrantes da base aliada bateram duro.

Outra agenda econômica é possível

Por Marcio Pochmann, na Revista do Brasil:

O diagnóstico de que a economia brasileira não cresceria mais sem antes haver a recuperação do grau de confiança dos empresários levou a equipe econômica do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff a defender um conjunto de medidas definidas como ajuste fiscal. Isso porque a queda nas expectativas dos empresários foi entendida pelo governo federal como decorrente de piora na situação das contas públicas.

Não adianta mentir: golpe é golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Setores da mídia vem flertando, há meses, com o que poderíamos chamar de "mentira suprema".

É a sua "ultimate lie": a última grande mentira.

A mentira de que o golpe não é golpe.

O julgamento de contas pelo TCU, um dos pretextos que os golpistas, na política e na mídia, querem usar para derrubar uma presidenta eleita com 54 milhões de votos, é estrondosamente patético.

Dilma queima o seu capital político

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Está lançado um grande desafio, no presente e no futuro, para historiadores, cientistas políticos, sociólogos, jornalistas e estudiosos de política : como se queimar um enorme capital político em apenas seis meses.

Os pesquisadores certamente terão de ouvir a presidenta Dilma, seu marqueteiro, ministros, parlamentares, dirigentes do PT e assessores do Planalto. Claro que terão que sair em campo também para entrevistar as representações da sociedade.

"Pedalada" de Alckmin não dá mídia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Curioso o escândalo seletivo praticado por nossa mídia.

Pouco destaque teve o fato de o governador Geraldo Alckmin ter “pedalado” a devolução de créditos do programa Nota Fiscal Paulista.

No início do mês, baixou normas para que que a devolução dos valores do programa, que serviam para pagar impostos estaduais seja adiada em seis meses, caindo apenas no exercício de 2016.

A falta de coragem do ministro Cardozo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Os jornais destacaram a parte mais irrelevante e óbvia do depoimento do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo à CPI da Petrobras: a de que doações legais a campanhas políticas podem ser criminalizadas se forem fruto de propina e o beneficiário tiver ciência disso. Cardozo limitou-se a dizer o óbvio.

No seu depoimento, o que espantou foi a total alienação do chefe da Polícia Federal, ele próprio, em relação às atividades da sua tropa.

Aécio Neves: A Imagem não é tudo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Aécio Neves é um personagem ambivalente. Sua indignação não convence nunca e soa como inveja; sua juventude estendida além do limite natural gerou uma máscara que, quando quer ser irônica, acaba figurando sarcástica – parece que vai envelhecer sem passar pela fase de maturidade. Sua dedicação às questões públicas destoa de sua trajetória personalista e é sempre uma derivação de seu desejo incontido de poder.

Eduardo Cunha na TV: Vai ter panelaço?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Os endinheirados que toda vez que a presidente Dilma Rousseff se pronuncia na TV correm para suas “varandas gourmet” para fazer soarem suas panelas douradas justificam a palhaçada com o “argumento” de que agem assim em “combate à corrupção”.

Apesar de a presidente da República, aos 67 anos, não carregar uma única mancha em sua vida e de não existir sequer uma mísera acusação concreta contra ela, gente cujo dinheiro substituiu a civilidade a associa a pessoas que estão sendo acusadas de crimes graças à sua postura republicana de nomear procurador-geral da República e delegado-geral da Polícia Federal absolutamente isentos.

A guerra das drogas e o Estado-prisão

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Relatório divulgado há alguns dias pelo Ministério da Justiça mostra que a população prisional brasileira no primeiro semestre de 2015 chegou a 607.731 indivíduos, o que representa um aumento de 575% com relação a 1990, ou seja, 6,7 vezes maior, o que transforma o Brasil no quarto país do mundo em número de prisioneiros, depois dos EUA, da China e da Rússia.

Ódio ao PT: O curto e o longo prazo

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Quando se usa o termo opinião pública, é preciso entender que ele possui duas dimensões. E que entre eles pode coexistir uma contradição. A primeira dimensão diz respeito às atitudes e comportamentos conjunturais. São emoções e opiniões, modos de pensar e agir em relação ao presente. É volátil e desestruturada, e não estabelece compromissos com o conteúdo. Em um dia, pode-se estar furioso com alguma coisa. No outro, contente.

Não há consenso para o impeachment

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A permanência de Dilma na presidência da República hoje depende menos da capacidade de reação do governo e do lulismo, e muito mais das contradições existentes no campo da oposição.

Claro, os atos públicos que o PT e outras forças começam a organizar são um sinal de que um eventual impeachment deixará marcas, provocará caos, não será obtido sem resistência – nas ruas e nas instituições.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

"Mais Médicos" fura o cerco da mídia

Por Leandro Fortes, no blog Diário do Centro de Mundo:

À frente, há três anos, da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, o dentista cubano Joaquin Molina não se surpreendeu quando, há dois anos, o Conselho Federal de Medicina encabeçou uma violenta reação ao programa Mais Médicos, do governo Federal. “É um tipo de reação corporativista comum em todo o mundo”, explica, diplomático. “Não houve surpresa, é como uma demarcação de território, por causa da chegada de estrangeiros”.

Lava Jato complica planos golpistas

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A Operação Politeia, desdobramento da Lava Jato através de 53 ações de buscas e apreensões realizadas hoje pela Polícia Federal, atingiu residências e locais de trabalho de três senadores, merecendo todos os adjetivos com que foram definidas por um deles, Fernando Collor de Mello (PTB): invasivas, autoritárias, desnecessárias e aparatosas. Todos estão à disposição da Justiça e nada indica que poderiam fugir do país. Os outros dois foram Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Ciro Nogueira (PP). 

As três crises do governo Dilma

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

Há enorme perplexidade entre os progressistas e a esquerda quanto à “crise política” que o país está vivenciando desde o início deste ano.

Há sensação generalizada de que não se sabe o que está acontecendo. Afinal, a presidente Dilma foi reeleita, contrariamente à vontade e ao esforço de poderosos interesses, caso do capital financeiro internacional, amplamente articulado ao rentismo interno; de frações poderosas do capital produtivo; da grande mídia privada; e de vastos segmentos das classes médias.

Porque a foice e o martelo incomodam

Por Mariana Serafini, no site da UJS:

Dificilmente alguém chega à presidência de um país sendo um idiota ou afrontando desnecessariamente quem não compartilha das mesmas crenças e opiniões. Dito isso, fica bastante óbvio que Evo Morales não presenteou o Papa com um crucifixo em formato de foice e martelo por afronta ou ingenuidade.

É comum a sociedade usar uma crença para justificar preconceitos, ódio de classe ou opinião extremista. Não faz muito, vimos evangélicos jurando gays de morte porque uma transsexual fez uma performance de A Paixão de Cristo. Como se a cruz fosse sagrada, e não o objeto fim, que condena à morte. Agora a nova efervescência religiosa é por conta do Cristo crucificado em uma foice e um martelo.

Dilma e seus últimos dias…

 Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Renato Rovai, em seu blog:

O momento político é um dos mais estranhos desde a redemocratização do país. E por mais que se tente jogar isso no colo da crise econômica, não cola.

A crise é real, mas ao mesmo tempo não é assim uma Brastemp. O desemprego cresceu, mas ainda é administrável. A inflação está alta, mas já dá sinais de que vai arrefecer no ano que vem. O comércio está em crise, mas a indústria nacional ampliou a exportação. O ajuste radical é uma sandice, mas ele não vai passar do jeito que o deus mercado e o deus Levy desejavam. Enfim, o momento é ruim, mas tende a ficar regular em curto prazo. O que pode mudar essa perspectiva é uma crise internacional sem precedentes, que poderia vir com uma freada brusca da China e uma retração grande da Europa por conta do aprofundamento da crise na Grécia.

"Fora Papa e leva a Dilma junto"

Internet, mídia e a arquitetura do golpe

pataxocartoons.blogspot.com.br
Por Francisco Fernandes Ladeira, no Observatório da Imprensa:

Um espectro ronda o Brasil: trata-se do golpe de Estado, a tentativa desesperada de derrubar o governo federal que foi democraticamente eleito. Nessa empreitada golpista, sob a eufêmica bandeira do impeachment, setores conservadores da sociedade brasileira têm se mobilizado nos diversos meios de comunicação. Nas redes sociais, pseudo-analistas, de praticamente todas as faixas etárias, estão se transformando em ícones do pensamento conservador. Nesse sentido, podemos citar Kim Kataguiri, o jovem mais retrógrado do Brasil, o “pelego racial” Fernando Holiday e o astrólogo autointitulado filósofo Olavo de Carvalho, guru da direita brasileira.

Alckmin e o pedágio mais caro do Brasil

Por Antônio de Souza, no blog Viomundo:

Na campanha eleitoral de 2010, Geraldo Alckmin, então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, prometeu que iria revisar o preço dos pedágios paulistas, que são os mais caros do Brasil.

Alckmin esqueceu a sua promessa e resolveu congelar os preços por um ano, mas manteve as tarifas muito altas e as tem reajustado mesmo que as concessionárias devam R$ 2 bilhões para o governo paulista.


A construção política do Brasil

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

Disputamos também no Brasil, frente aos conflitos da luta de classes e das enormes desigualdades, a regulação da nossa economia de mercado capitalista com vistas a um determinado tipo de desenvolvimento. Isso é feito no espaço de uma das maiores economias do planeta, com uma inigualável riqueza natural e com um ativo humano que pode oferecer ao mundo a capacidade de superação de nossas mazelas com luta e encanto. Temos nossos problemas, mas temos muitas virtudes!