quarta-feira, 22 de julho de 2015

A ideologia na obra de Gramsci

Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

O que é ideologia para Gramsci? Ele a concebe enquanto "uma concepção de mundo que se manifesta implicitamente na arte, no direito, nas atividades econômicas e em todas as manifestações da vida intelectual e coletiva" (1). No entanto, somente as "ideologias orgânicas" vinculadas a uma das classes fundamentais da sociedade capitalista – a burguesia ou o proletariado – jogariam um papel determinante.

Editora Atitude e o veneno do 'Estadão'

Da Rede Brasil Atual:

A reportagem publicada hoje (22) no portal do jornal O Estado de S. Paulo – “Gráfica ligada ao PT girou R$ 67 mi em cinco anos, aponta PF” – não é a primeira em que, de maneira enviesada e manipuladora, o jornal tenta desqualificar uma empresa de comunicação de esquerda e, ao mesmo tempo, produzir informação sensacionalista baseada em interesses políticos alinhados com o jornal, e não nos fatos.

Ecos do passado na porta do Planalto

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Desde ontem à noite o alarido é grande em frente ao Palácio do Planalto. Ontem lá estavam os servidores do Judiciário esperneando contra o veto de Dilma ao reajuste que pode chegar a 78,5% de aumento. Hoje são os do Executivo, pedindo aumento e ameaçando com uma greve. Enquanto isso, logo mais às 17 horas a equipe econômica anuncia a redução da meta do superávit fiscal e um novo corte orçamentário, que pode chegar a R$ 10 bilhões, para cumprir a nova e bem menor meta. O mercado aguarda de orelha em pé.

A Polícia Federal e o "estado policial

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

O PT ganhou o governo federal, mas não tomou o poder.

Nessa quarta-feira, 21, isso se explicitou mais uma vez.

A Polícia Federal (PF) escondeu o nome do senador José Serra (PSDB-SP), que constava no relatório da perícia do celular do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato. Em compensação, age abertamente contra figuras de governos petistas. Na eleição de 2014, integrantes do órgão criaram no Facebook uma página, onde fizeram campanha veemente contra a presidenta Dilma Rousseff, inclusive com manifestações de ódio ao PT.

A pedalada fiscal que não sai no jornal

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Enquanto a oposição golpista se utiliza dos questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a suposta pedalada fiscal do governo para reforçar a tese da necessidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a coordenadora da Auditoria Cidadã, Maria Lúcia Fattorelli, afirma que a maior maquiagem contábil já feita nas contas da União ocorre sistematicamente todo ano, desde o lançamento do Plano Real, no governo Itamar Franco (1994), e serve a um único propósito: garantir ao sistema financeiro o pagamento dos juros da dívida pública brasileira, avaliada hoje em R$ 3,3 trilhões.

terça-feira, 21 de julho de 2015

As contas de Dilma e as pedaladas do TCU

Por Altamiro Borges

Os golpistas estão novamente excitados. Termina nesta quarta-feira (22) o prazo fixado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o governo Dilma prestar esclarecimentos sobre os seus gastos em 2014. Num fato inédito, o TCU pediu diretamente à presidenta as explicações sobre 13 pontos – até no número das exigências o órgão deixou explícita a sua provocação. Os dois principais questionamentos se referem ao aumento dos gastos federais durante ano eleitoral e às chamadas “pedaladas fiscais” – os atrasos nos pagamentos feitos para equilibrar o caixa da União. Os golpistas aguardam ansiosamente que o TCU rejeite as contas do governo, o que caracterizaria desrespeito à Lei da Responsabilidade Fiscal e resultaria na abertura do processo de impeachment da presidenta.

Lava-Jato e empreiteiros. É para valer?

Por Altamiro Borges

Os jornalões desta terça-feira (21) dão grande destaque para a decisão inédita da Justiça Federal, que pela primeira vez condenou poderosos empreiteiros. A antiga cúpula da construtora Camargo Corrêa, acusada de pagar R$ 50 milhões em propina por contratos na Petrobras, foi considerada culpada na primeira instância pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A decisão penaliza Dalton Avancini, ex-presidente da empresa, Eduardo Leite, ex-vice-presidente, e João Auler, ex-presidente do conselho. Eles são acusados de irregularidades em obras da Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná, e da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Dos três executivos condenados, dois fizeram acordo de delação premiada (Avancini e Leite) e tiveram abatimento de pena. Por decisão do juiz Sergio Moro, eles deverão ficar em prisão domiciliar até março de 2016 e, depois, terão mais dois anos no regime semiaberto.

Para entender o atual jogo político

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Poucas vezes a política mostrou-se tão adequada à definição do sábio Magalhães Pinto, que a comparava às nuvens do céu: agora estão de um jeito, daqui a pouco de outro.

Há dois tempos em jogo: o atual e o das eleições de 2018. Para 2018 habilitam-se os que têm votos; para 2015, os que têm poder. É a partir dessa dicotomia que se torna mais fácil entender os últimos lances políticos.

A mídia e a cultura do silêncio


Por Emiliano José

Venício Lima é desses intelectuais raros. Não só pela erudição, como e principalmente, pelo seu compromisso com as classes trabalhadoras, com a democracia, com a liberdade. Com propriedade, pode ser qualificado, à Gramsci, de intelectual orgânico. Seu mais recente livro – Cultura do silêncio e democracia no Brasil: ensaios em defesa da liberdade de expressão [1980-2015] – é uma expressão disso. Ao selecionar textos básicos de sua produção entre 1980 e 2015, evidencia o quanto seu pensamento contribuiu para a luta democrática no Brasil e o quanto suas formulações têm lado.

Euro, austeridade e decadência europeia

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

O momento de virada da Europa para sua rota de decadência pode ser localizada na impotência em impedir o surgimento do nazismo e do fascismo no seu seio e na incapacidade para derrotá-los. Teve de contar com a intervenção dos Estados Unidos e da União Soviética, o que consolidou seu processo de decadência, iniciada realmente com o fim da longa hegemonia britânica e na superação da Alemanha pelos Estados Unidos na disputa do lugar deixado vazio pela Grã-Bretanha.

O Globo e a arte da calúnia

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

A mídia hegemônica brasileira, sistema Globo à frente, prossegue a sua cantilena udenista, cujo enredo simplista engana muita gente.

Este enredo tem como base a seguinte fábula: acabou a impunidade no Brasil e em pouco tempo o PT e o Lula, que inventaram a corrupção, serão criminalizados. Segue trecho de um colunista amestrado do segundo escalão do jornal O Globo, na edição desta segunda-feira (20): “Os donos do poder não estão mais acima das leis. A transparência de uma sociedade aberta assusta mentes retrógradas que se habituaram à subserviência e à impunidade (...) Barbosa e Moro decretam o fim da impunidade para os donos do poder”.

Desespero de Cunha só apressa seu destino

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O poder de um presidente da Câmara é grande, mas depende, essencialmente, de ter comando sobre a maioria da Casa.

Se ele define o que se vota, isso vale pouco se o voto dos parlamentares não acompanhar os seus desejos.

E, tirando os que vivem dos frutos eleitorais de um radicalismo provocador – os Felicianos, os Bolsonaros e congêneres – , não parece bom negócio ficar perto de Eduardo Cunha.

O mato sem cachorro no Congresso

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Diante das perspectivas no Congresso Nacional, só nos resta ecoar as palavras que Dante pendurou na porta do Inferno:

"Ó vós que entrais, deixai qualquer esperança!"

Minha oposição ao Cunha não é por delação em Lava Jato, a qual precisa ser provada, pois apesar de Cunha ser o que é, não podemos deixar que a política brasileira fique em mãos da ditadura midiático-judicial.

Cinco mentiras de 'O Globo' sobre Lula

Da revista Fórum:

Ao longo deste ano, quase que mensalmente, o Instituto Lula foi a público para explicar ou desmentir reportagens do jornal O Globo sobre o ex-presidente. Em sete meses, foram ao menos cinco matérias que falavam sobre fatos inexistentes, situações ou declarações não confirmadas.

O Instituto, então, listou as cinco vezes em que, somente neste ano, a publicação trouxe alguma informação falsa sobre Lula. Entre as matérias estão desde o ‘mico’ que o jornal pagou quando informou que o ex-presidente teria “confessado” a Mujica que sabia do “mensalão” ou ainda a reportagem sobre a “reunião secreta” em Portugal.

Apuros de Cunha reabrem jogo para Dilma

Por Breno Altman, em seu blog:

As severas denúncias contra o presidente da Câmara dos Deputados talvez sejam a única boa notícia para o petismo nos últimos seis meses.

Encurralado pela ofensiva conservadora, assistindo impavidamente a dissolução de sua base social, o Palácio do Planalto vinha sendo feito de gato e sapato por Eduardo Cunha.

Forjou-se, ao redor do parlamentar fluminense, uma nova coalizão, de centro-direita, que dirigiu a vida política no primeiro semestre e fragilizou as condições de governabilidade da presidente Dilma Rousseff, estabelecendo uma espécie de aleijão parlamentarista.

Refugiados, desconhecido drama global

Por Raissa Leite Zoccal, no site Outras Palavras:

O fenômeno das migrações forçadas sempre esteve presente na história mundial, quer oriundo de desequilíbrios sociais e econômicos, como fome e calamidade natural, quer ocasionado por guerras e opressões. Na maioria das vezes, indivíduos nessas circunstâncias são obrigados a deixar o próprio país para buscar proteção em território estrangeiro, e frequentemente, para salvar a própria vida. O direito internacional contempla uma categoria específica de migrante forçado, o refugiado, que deve conter elementos conceituais bem determinados.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Zuzu Angel: Quem é essa mulher?

http://www.zuzuangel.com.br/
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu filho
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra o sino?
Queria cantar para o meu menino
Que ele não pode mais cantar

(Angélica, letra e música de Chico Buarque de Holanda em homenagem a Zuzu Angel)


Assisti, mais uma vez, na noite de sábado, pela TV a cabo, ao filme sobre a  saga da estilista Zuzu Angel em busca da localização do corpo do seu filho, Stuart Edgar Angel Jones, assassinado pela ditadura militar. Por isso, resolvi começar esta semana ensolarada homenageando uma mulher da têmpera, da fibra e da coragem de Zuzu, que pagou com a própria vida por ter acuado a ditadura, na luta comovente de uma mãe para dar um sepultamento digno ao filho.

FNDC condena golpismo midiático

Do site do FNDC:

O Conselho Deliberativo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) aprovou, neste sábado (18/7), moção "Em Defesa da Democracia e do Estado de Direito". O texto critica a forma como setores conservadores da sociedade, como a mídia privada, parcelas do Judiciário e partidos de oposição, têm tentado criar um clima artificialmente favorável a uma interrupção do mandato da presidenta Dilma Rousseff.

Eduardo Cunha e o silêncio do PSDB

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O PSDB tem um velho problema crônico de não se posicionar diante de certos casos de repercussão nacional - uma atitude que, paradoxalmente, escancara suas intenções.

O silêncio do maior partido de oposição em torno de Eduardo Cunha está longe de ser um episódio isolado.

Apenas para citar alguns eventos recentes em se verificou essa mudez: a execução do brasileiro Marco Archer na Indonésia, o espancamento dos professores pelo governador do Paraná Beto Richa e a cafajestada de Bolsonaro com a colega Maria do Rosário.

Pan-2015: Para que serve a "Veja"?

Por Celso Fonseca, no site R7:

As irmãs Luana Vicente e Lohaynny Vicente, de 21 e 19 anos, tiveram uma infância pobre nas vielas da comunidade do morro da Chacrinha, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ainda bem crianças viram o pai, chefe do tráfico do morro, ser morto num confronto com a polícia. O que vem a seguir é daquelas improváveis histórias brasileiras, que parecem escritas como fábulas de superação.