terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

"Fora, Temer" vira adereço de Carnaval

Do site Vermelho:

Mais que um grito, o "Fora, Temer", que simboliza toda a insatisfação com o atual governo, virou adereço de Carnaval Brasil adentro. Está estampado em brincos, camisetas, tiaras, adesivos, tatuagens provisórias. "Amar sem Temer", uma variação que também faz referência ao caráter conservador e repressivo da gestão atual, também invadiu as ruas, complementando as fantasias dos foliões.

A jornalista Byanca Vanderlei, que produz acessórios para o período momesco, contou ao jornal Tribuna do Norte que o brinco temático "Fora Temer" foi o mais pedido da estação.

Tuiuti desfila contra o retrocesso

Por Ana Luiza Basilio, na revista CartaCapital:

Quarta escola a cruzar a Sapucaí no primeiro dia de desfile do grupo especial no Rio de Janeiro, a Paraíso do Tuiuti investiu em um tom político, carregado de críticas sociais. Com o enredo, “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, dos compositores Claudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal, a escola recontou a história da escravidão no Brasil, nos 130 anos da Lei Áurea, propondo uma reflexão sobre a exploração do trabalho humano.

Oboré: imprensa sindical e luta democrática


Ilustração de Laerte: o Boré como instrumento
de comunicação sindical
Por Lucas Estanislau, no site Opera Mundi:

No final da década de 1970, o movimento operário serviu como um pólo catalisador que atraiu grupos de pessoas dispostas a lutar contra a ditadura civil-militar brasileira. Direções progressistas começavam a retomar o controle dos sindicatos e dar voz ativa aos trabalhadores. O exemplo do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e das greves de 1978-1980 traduzem o espírito de luta que rondava a época. Era preciso reunir os dispersos e empoderar os trabalhadores no enfrentamento ao regime militar. Um grupo de jornalistas e artistas, empenhados no combate à ditadura, se dispôs a cumprir o papel da comunicação sindical: assim, a Oboré nasce para nunca ter um veículo próprio, mas para editar inúmeros jornais de sindicatos e marcar sua contribuição pela redemocratização do país.

Jatinho de Huck custou 18 triplex no Guarujá

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, por causa de um triplex que a própria justiça não conseguiu provar que pertence a ele.

Um triplex no Guarujá custa, segundo pesquisas rápidas na internet, cerca de R$ 1 milhão.

A Lava Jato quer fazer o mundo acreditar que Lula foi o comandante máximo de um esquema que teria sido “a maior corrupção” da história do país para ganhar um upgrade num edifício em Guarujá – Lula já tinha um apartamento lá, a suposta propina seria trocá-lo por outro, na cobertura, devidamente “reformado”.

Tuiuti, blocos e a anestesia política

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Quem rompeu o grito que estava parado no ar foi a Paraíso do Tuiuti, ao levar para o sambódromo do Rio o presidente-vampiro, os manifestantes-fantoches a favor do golpe do impeachment, os paneleiros vestidos de verde-amarelo, a crítica aos retrocessos e aquele formidável “Fora Temer” no final, acompanhado por boa parte das arquibancadas. Mas não apenas o desfile da escola de São Cristóvam, ao longo do carnaval, trouxe a indicação de que pode estar passando a longa anestesia política que tomou conta do Brasil desde o golpe de 2016.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

TV paga perde quase um milhão de assinantes

Por Altamiro Borges

Após o golpe que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, a GloboNews, “o canal de notícias 24 horas no ar” da televisão por assinatura, insiste em divulgar dados otimistas sobre a economia. Nos governos Lula e Dilma, o noticiário era puro pessimismo – o que resultou no apelido de “urubólogos” para seus “analistas de mercado”, o nome fictício dos porta-vozes dos abutres financeiros. Agora, o Brasil parece ter ingressado no paraíso. Tudo está ruim, mas vai melhorar, juram os ex-urubólogos. Este cenário róseo, porém, não bate com a dura realidade, inclusive o da tevê por assinatura. A Anatel acaba de divulgar que entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017 houve uma perda de 938,7 assinantes das emissoras pagas de televisão.

Augusto Nunes na Cultura: fim da carreira?

Por Altamiro Borges

Saiu na coluna de Flávio Ricco, no UOL: “O Comitê Estratégico da Cultura, aquele que pensa e se destina a discutir assuntos ligados a toda produção e programação da TV, em reunião na terça-feira (6) teve como tema principal, praticamente único, a saída de Augusto Nunes do ‘Roda Viva’, a partir do vencimento do seu contrato em março. Pesa contra ele o uso de exagerada parcialidade na condução dos trabalhos. O assunto, antes limitado às reuniões do conselho da Fundação Padre Anchieta, agora chegou de forma mais intensa e incisiva dentro da própria televisão. Não há mais como não tomar uma decisão”.

ACM Neto entrega Carnaval para TV Globo

Por Altamiro Borges

O demo ACM Neto, prefeito de Salvador, tem ligações históricas e carnais com a TV Globo. A sua família possui uma emissora de televisão que é afiliada do império global na Bahia e que é usada diariamente como palanque eleitoral das forças de direita no Estado. Mas neste Carnaval, o filhote da ditadura militar – neto do coronel ACM – abusou desta relação promíscua. Ele simplesmente tentou sabotar a transmissão dos blocos carnavalescos pela TVE, a tevê educativa do governo estadual. A ação foi arbitrária e truculenta, com o uso de fiscais da prefeitura para impedir a colocação de câmeras da emissora pública.

Confira o histórico desfile da Tuiuti

Tuiuti constrange a Globo e os "midiotas"

Por Altamiro Borges

O desfile da Paraíso do Tuiuti, que agitou o Sambódromo do Rio de Janeiro neste domingo (11), segue bombando nas redes sociais. Em várias enquetes, os internautas já elegeram a escola como a melhor do Carnaval de 2018. Com muita irreverência e criatividade, ela retratou a escravidão no Brasil, exibindo as carteiras de trabalho destruídas pela “deforma” trabalhista do covil golpista. O destaque, porém, foi o carro alegórico com a gigantesca e tenebrosa figura em alusão ao usurpador Michel Temer – “O Vampiro Neoliberalista”. Abaixo da figura sinistra, diversos passistas batendo panelas, vestindo camisetas da “ética” CBF e carregando seus patinhos amarelos da “incorruptível” Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) – verdadeiros fantoches!

Huck e a piração dos liberais frívolos

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

As conspirações não são planejadas nos mínimos detalhes. Criam-se as condições, abre-se a garrafa e deixam os demônios à solta. Vão sendo criadas situações, que exigem ajustes de rota, muitas vezes fugindo dos planos originais.

Mesmo assim, as apostas do sistema Globo-mercado-Insper em Luciano Huck parecem ter sido pensadas desde o início do impeachment. Tudo foi feito, desde então, para a desmoralização completa da classe política, pouco importando se de cambulhada fossem jogados fora os aliados tucanos.

O alvo central sempre foi Lula, depois o PT. Mas não houve traumas maiores quando a fogueira consumiu José Serra, Aécio Neves e quando consumir Geraldo Alckmin.

Shell deita e rola nos eventos de Brasília

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Desde 20 de junho de 2017, quando lançou o Poder360-Ideias, dois dos sete eventos que o Poder360 realizou tiveram a presença de petroleiras.

Tais eventos são jantares promovidos para executivos, empresários, investidores e jornalistas.

Segundo o portal, “são uma extensão do jornalismo praticado pelo Poder360, com os mesmos valores, qualidade, precisão e credibilidade”

O primeiro, em 17 de julho de 2017, teve como convidado o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Alguns ecos do Carnaval de 2018

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

No baile do Copacabana Palace, com o tema “Gipsy”, o ator Diogo Vilella deu a melhor definição do Carnaval de 2018 aos historiadores do futuro:

“O espírito carioca sempre se sobrepõe à tristeza. Mas ninguém está feliz. Ninguém mais sabe o que é o Brasil”.

Ao mostrar de forma tão nua e crua a diferença entre alegria e felicidade, o ator da Globo questiona o que fizemos do nosso país.

Paraíso do Tuiuti faz desfile histórico

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

Com um desfile corajoso e rico em ironias na madrugada desta segunda-feira (12), a escola de samba Paraíso do Tuiuti (RJ) fez história ao levar para a Sapucaí um Michel Temer “vampiro” e escancarar, em pleno Carnaval, o golpe pelo qual passa o Brasil e sua “nova escravidão”.

Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, sobre os 130 anos da Lei Áurea, a agremiação fez duras críticas ao atual governo e expôs, em uma das alas, como a reforma trabalhista e da Previdência representariam essa nova escravidão no Brasil.

Bolsonaro é reincidente em pregar genocídio

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A uma plateia de cerca de mil executivos do setor financeiro, em evento promovido pelo banco BTG Pactual, o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro foi aplaudido de pé ao propor que, se se eleger presidente e os traficantes da favela da Rocinha, no Rio, não saírem da favela e se entregarem à Polícia, ele mandará metralhar a comunidade.

Quem não acredita, assista trecho de uma antiga entrevista de Bolsonaro em que ele, que hoje quer governar o Brasil, declarou-se favorável à tortura (pau-de-arara) e pregou o assassinato de TRINTA MIL cidadãos brasileiros que ele identificou que têm opiniões políticas diferentes da sua.

Corrupção: quem o Judiciário protege

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Em 22 de setembro de 2016, o ex-ministro Guido Mantega viveu um pesadelo. Às 7 da manhã, ele acompanhava sua esposa, Eliane Berger, em internamento para cirurgia contra um câncer (ela faleceu 14 meses depois). Foi surpreendido por uma ordem de prisão preventiva, decretada pelo juiz Sérgio Moro. Voltou às pressas para casa, onde a Polícia Federal o aguardava desde às seis, acompanhada de uma multidão de repórteres. “Faz as malas, reúne as coisas”, disse o delegado que chefiava a operação. Horas depois, diante da repercussão negativa provocada pela brutalidade do ato, Moro revogou a prisão. Um único fato havia servido de pretexto para decretá-la. Preso alguns dias antes, o empresário Eike Batista dissera vagamente – sem jamais oficializar a declaração ou oferecer circunstâncias – que havia pago R$ 5 milhões a Mantega, para obter vantagens do governo federal.

Jatinho de Huck e o R$ 17,7 mi do BNDES

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O empresário e apresentador de TV Luciano Huck recebeu, do BNDES, um empréstimo de R$ 17, 71 milhões para comprar o jatinho Phenom 505, prefixo PP-HUC, que usa em seus deslocamentos. O crédito, tomado pela Brisair Servicos Técnicos Aeronáuticos Ltda, empresa pertencente a ele e à mulher, Angélica, foi obtido pela linha do Finame (financiamentos a máquinas e equipamentos), a juros de 3% ao ano, 5 meses de carência e outros 114 meses para pagamento, funcionando o Itaú como operador do financiamento.


O caso Lula: o advento da pós-justiça?

Por João Arrisco Nunes, no site Carta Maior:

1. A recente condenação de Lula, em recurso, por alegado crime de corrupção, tem alimentado dentro e fora do Brasil confrontos que têm implicações mais amplas do que a atuação do judiciário brasileiro neste caso ou as implicações políticas da condenação ou absolvição de Lula para o futuro próximo do Brasil. Sendo Lula o candidato às próximas eleições presidenciais que lidera as intenções de voto em todos os cenários nas sondagens, apesar das condenações e das continuadas campanhas mediáticas e ataques nas redes sociais, compreende-se a tentativa, por parte do bloco no poder no Brasil, de impedir a sua candidatura. Mas a passagem dessa tentativa pela ação do poder judiciário suscita preocupações que vão além da situação do Brasil, sobre a tolerância ou mesmo a defesa, nos regimes democráticos, de violações de direitos e da ordem constitucional, em nome da luta contra a corrupção, o terrorismo ou a imigração ilegal e como arma política.

Folha deixa Facebook por assédio de mercado

A sombra e a peçonha

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O último resultado do Datafolha, em que Lula continua liderando, olimpicamente, todos os cenários, desmoraliza a indecente Lawfare - verdadeira guerra judicial - movida por setores carimbados da “justissa” brasileira contra o ex-presidente da República.

Caso continuem cercando-o de acusações - como o implacável lupino ao ovino de La Fontaine - e o mantenham impedido de disputar a presidência, os inquisidores lavajatistas da República de Curitiba, secundados pelo TRF-4 e eventualmente por certos ministros da Suprema Corte, intervirão, pornograficamente, diante dos vigilantes olhos da História, com a vontade da maioria da população brasileira e com o rumo das eleições de 2018, entregando de mão beijada o poder a Bolsonaro no final do ano, a não ser que ele também seja eventualmente “cassado”, pela descarada campanha antecipada - com direito a mais de 100 páginas no Facebook, “adesivaços“ públicos, outdoors, etc - que tem feito há anos.