quarta-feira, 14 de março de 2018
Huck e a rotina de sempre 'se dar bem'
Dias atrás, circularam notícias sobre a venda, em 2013, de uma mansão do apresentador Luciano Huck para Joesley e Wesley Batista, na Ilha das Palmeiras, em Angra dos Reis, pelo dobro do valor de mercado. Não chega a ser surpresa que o nome de Huck apareça em transações comerciais extremamente vantajosas. Foi em 2003 que apareceram as primeiras notícias de uma venda superfaturada envolvendo suas posses. Na época, o apresentador era dono da rádio Paradiso FM, do Rio, e da Dial Brasil, holding que, além da Paradiso FM, controlava a filial carioca da rádio Jovem Pan. Neste empreendimento seus sócios eram Alexandre Accioly, amigo e compadre do senador Aécio Neves (PSDB), João Paulo Diniz (ex-piloto da Fórmula 1 e filho do mega empresário Abilio Diniz) e Luís Calainho, que também era dono do portal Vírgula, na internet.
Elite rentista ataca interesses nacionais
Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:
“Estão permitindo a captura do patrimônio público através da venda de tudo o que o Brasil tiver, na área do petróleo, da energia elétrica. Agora querem vender a Eletrobrás, uma coisa impensável. É uma violência. Tudo que é contra o interesse nacional é uma violência”, diz o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira em entrevista ao Tutaméia.
Referindo-se ao grupo que hoje comanda o Planalto, diz: “É uma coisa patética. É um povo sem rumo, governado por gente que não tem absolutamente nenhum interesse nesse povo”.
Exilados cubanos nos EUA retornam à ilha
Do blog Socialista Morena:
O jornal norte-americano Miami Herald publicou uma reportagem no domingo contando as histórias de alguns dos milhares de cubanos que estão fazendo o caminho de volta e indo morar de novo em sua terra natal. Uma das razões para isso, diz o jornal, é a assistência médica. Em Cuba, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, todos os cidadãos têm acesso gratuito à saúde.
Armando, de 40 anos, contou à repórter Sarah Moreno que, ao ficar desempregado nos EUA, perdeu o seguro de saúde, e justamente quando se tratava de um câncer no estômago. Em Cuba, sua mãe pediu um visto humanitário e o levou à ilha, onde primeiro, considerado “estrangeiro”, foi atendido numa clínica que lhe cobrava em dólares. Após a repatriação, Armando se tratou gratuitamente no Hospital Oncológico em Havana e está curado.
Armando, de 40 anos, contou à repórter Sarah Moreno que, ao ficar desempregado nos EUA, perdeu o seguro de saúde, e justamente quando se tratava de um câncer no estômago. Em Cuba, sua mãe pediu um visto humanitário e o levou à ilha, onde primeiro, considerado “estrangeiro”, foi atendido numa clínica que lhe cobrava em dólares. Após a repatriação, Armando se tratou gratuitamente no Hospital Oncológico em Havana e está curado.
Contra a privatização do setor elétrico
Do site da Intersindical:
A Intersindical - Central da Classe Trabalhadora tem como fundamento político a defesa do patrimônio nacional e o fortalecimento da soberania brasileira sobre os recursos estratégicos, suporte para o desenvolvimento do país e bem-estar para todo o povo.
Desde o golpe de 2016, o controle estatal sobre estes instrumentos de desenvolvimento está fortemente ameaçado.
A Agenda de Temer aponta para transferência para iniciativa privada – em especial, o capital internacional – de empresas públicas e reservas enérgicas estratégicas.
A Intersindical - Central da Classe Trabalhadora tem como fundamento político a defesa do patrimônio nacional e o fortalecimento da soberania brasileira sobre os recursos estratégicos, suporte para o desenvolvimento do país e bem-estar para todo o povo.
Desde o golpe de 2016, o controle estatal sobre estes instrumentos de desenvolvimento está fortemente ameaçado.
A Agenda de Temer aponta para transferência para iniciativa privada – em especial, o capital internacional – de empresas públicas e reservas enérgicas estratégicas.
Dallagnol e a vigarice do coaching milagroso
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Primeiro, o projeto “Life Coaching” (treinamento de vida) que contratou o procurador Deltan Dallangol.
Segundo matéria da Folha, Dallagnol será um dos professores do curso “Conquer Leadership Experience” (experiência de conquista de liderança). O curso promete muito.
Funda-se em dez mandamentos, do gênero, “Eu trabalharei duro e sem mimimi”, “Eu vou falhar e falhar de novo até chegar lá”, “Eu conquistarei os meus objetivos de forma ética e honesta” e “Eu serei protagonista da minha vida”.
Diz a matéria:
Primeiro, o projeto “Life Coaching” (treinamento de vida) que contratou o procurador Deltan Dallangol.
Segundo matéria da Folha, Dallagnol será um dos professores do curso “Conquer Leadership Experience” (experiência de conquista de liderança). O curso promete muito.
Funda-se em dez mandamentos, do gênero, “Eu trabalharei duro e sem mimimi”, “Eu vou falhar e falhar de novo até chegar lá”, “Eu conquistarei os meus objetivos de forma ética e honesta” e “Eu serei protagonista da minha vida”.
Diz a matéria:
Cármen Lúcia e o sapo da Fiesp
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Há uma dissonância cognitiva na bravata de Cármen Lúcia proferida em evento da Folha nesta terça, dia 13.
“Eu não lido, eu simplesmente não me submeto a pressão”, declarou a presidente do STF num encontro sobre mulheres no poder.
Uau! Que coragem!
Cármen fora questionada sobre o “lobby” em torno de Lula e da discussão sobre prisão após condenação em segunda instância.
“Eu não lido, eu simplesmente não me submeto a pressão”, declarou a presidente do STF num encontro sobre mulheres no poder.
Uau! Que coragem!
Cármen fora questionada sobre o “lobby” em torno de Lula e da discussão sobre prisão após condenação em segunda instância.
Os negócios enrolados de Alckmin e Aécio
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
O cidadão declara à Receita que tem R$ 700 mil em cotas de uma rádio da família. Um ano depois, vende estas mesmas cotas por R$ 6 milhões a uma irmã.
Um bom negócio? Sem dúvida, mas se este cidadão é o senador Aécio Neves, ex-presidenciável tucano, que viu seu patrimônio triplicar depois da eleição de 2014, passando de R$ 2,5 milhões em 2015 para R$ 8 milhões no ano seguinte, tem alguma coisa estranha sob este angu mineiro.
O repentino enriquecimento de Aécio foi revelado após a quebra do seu sigilo fiscal no inquérito da Lava Jato que investiga o senador no caso daqueles R$ 2 milhões que pediu a Joesley Batista para pagar advogados, com áudio gravado e o vídeo da entrega do dinheiro a um parente.
Quem pressiona Cármen Lúcia?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Desconhecia-se, até agora, a natureza imperial do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal.
Ficamos sabendo, agora, que a Ministra Cármen Lúcia é Sua Majestade e, por direito divino, coloca em votação no STF apenas aquilo que quer e não aquilo que a legislação e as regras do tribunal determinam que seja decidido pelo colegiado ou o que seus pares consideram urgente e relevante.
O habeas corpus, por definição, é o remédio mais agudo e desesperado de qualquer cidadão que esteja sofrendo ou se ache na iminência de sofrer uma violência a seu ver descabida. É a garantia do preceito constitucional da razoável duração do processo, leia-se que a demora em tomar decisões crie lesões sem reparação possível. Por isso, qualquer estudante de Direito sabe, é algo a ser decidido com a máxima urgência.
Desconhecia-se, até agora, a natureza imperial do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal.
Ficamos sabendo, agora, que a Ministra Cármen Lúcia é Sua Majestade e, por direito divino, coloca em votação no STF apenas aquilo que quer e não aquilo que a legislação e as regras do tribunal determinam que seja decidido pelo colegiado ou o que seus pares consideram urgente e relevante.
O habeas corpus, por definição, é o remédio mais agudo e desesperado de qualquer cidadão que esteja sofrendo ou se ache na iminência de sofrer uma violência a seu ver descabida. É a garantia do preceito constitucional da razoável duração do processo, leia-se que a demora em tomar decisões crie lesões sem reparação possível. Por isso, qualquer estudante de Direito sabe, é algo a ser decidido com a máxima urgência.
terça-feira, 13 de março de 2018
Lula e a sanha antidemocrática da direita
Foto: Ricardo Stuckert |
A classe dominante brasileira, com poucos e honrados setores, não é democrática. Nunca foi. E semeou a história, desde os tempos da Independência, de ataques contra a legalidade e a soberania nacional. Tem como divisa uma frase que o primeiro-ministro francês Odilon Barrot disse em 1849: a legalidade nos mata!
Esta é a divisa de sua ação contra o ex-presidente Lula, alvo da sanha antidemocrática. Lula é um líder popular, surgiu das greves e da luta social do final da ditadura militar de 1964, marca de origem que o torna objeto do ódio político da direita e dos conservadores. Quando foi eleito pela primeira vez, em 2002, o povo pobre do Brasil – que sempre esteve fora dos cálculos políticos e dos projetos conservadores – viu em sua ascensão como se fosse “um de nós” agora na Presidência da República.
O golpe, Lula e o STF
Por Jessé Souza, na revista CartaCapital:
Para uma elite como a nossa, inimiga do próprio povo, o único medo e pavor é de uma rebelião popular. Medo este ancestral em toda elite escravocrata, que é o medo da revolta dos escravos. E quando se trata da rapina rentista, os escravos são muitos, inclusive na classe média. No entanto, para que aconteça uma reação é necessário quebrar crenças afetivas profundas da população.
É isso que acontece hoje sem que o comando burro do golpe perceba. O burro imagina que basta produzir um efeito concreto na realidade externa para acreditar que obteve sucesso na sua ação. O inteligente, ao contrário, sabe que além do efeito na realidade externa no sentido desejado é necessário “legitimar” a referida intervenção.
É isso que acontece hoje sem que o comando burro do golpe perceba. O burro imagina que basta produzir um efeito concreto na realidade externa para acreditar que obteve sucesso na sua ação. O inteligente, ao contrário, sabe que além do efeito na realidade externa no sentido desejado é necessário “legitimar” a referida intervenção.
Exército no Rio lembra a tragédia mexicana
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Numa cultura habituada a comparações e metáforas, é possível que tenha chegado a hora dos brasileiros trocarem de referência.
Se as décadas de 1980 e 1990 dos planos anti-inflacionários lançados em Buenos Aires e mais tarde reproduzidos em Brasília permitiu a aplicação de um slogan de uma marca de vodka ("Eu sou você amanhã"), o momento atual é outro.
O desmonte do bem-estar social, da soberania nacional e o rebaixamento das das Forças Armadas para missões de segurança interna como combate ao tráfico de drogas aproxima brasileiros e mexicanos como poucas vezes na história.
Se as décadas de 1980 e 1990 dos planos anti-inflacionários lançados em Buenos Aires e mais tarde reproduzidos em Brasília permitiu a aplicação de um slogan de uma marca de vodka ("Eu sou você amanhã"), o momento atual é outro.
O desmonte do bem-estar social, da soberania nacional e o rebaixamento das das Forças Armadas para missões de segurança interna como combate ao tráfico de drogas aproxima brasileiros e mexicanos como poucas vezes na história.
As previsões do "dream team" da economia
Por Emilio Chernavsky, no site Brasil Debate:
Desde que assumiu, a equipe formada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles e pelo presidente do Banco Central Ilan Goldfajn e por seus auxiliares diretos tem sido largamente celebrada pela maior parte dos analistas do mercado financeiro e da mídia especializada, que a ela com frequência se referem como “dream team” da economia, o time dos sonhos.
Não obstante os aplausos, os resultados alcançados têm estado distantes daqueles que manchetes publicadas desde então tais como “A decolagem da economia” (Isto É Dinheiro, 22/07/2016) sugeriam. Com efeito, a despeito de partir de uma base deprimida por dois anos de profunda recessão e desfrutando de um cenário externo favorável e de um apoio no Congresso que o governo anterior nunca teve, o PIB em 2017, primeiro ano completo do governo Temer, registrou um crescimento pífio de 1% que, mesmo pequeno, somente foi possível graças ao avanço recorde da produção agropecuária e à tímida expansão do consumo no ano proporcionada pela liberação dos saldos das contas inativas do FGTS, eventos que não se repetirão em 2018.
Desde que assumiu, a equipe formada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles e pelo presidente do Banco Central Ilan Goldfajn e por seus auxiliares diretos tem sido largamente celebrada pela maior parte dos analistas do mercado financeiro e da mídia especializada, que a ela com frequência se referem como “dream team” da economia, o time dos sonhos.
Não obstante os aplausos, os resultados alcançados têm estado distantes daqueles que manchetes publicadas desde então tais como “A decolagem da economia” (Isto É Dinheiro, 22/07/2016) sugeriam. Com efeito, a despeito de partir de uma base deprimida por dois anos de profunda recessão e desfrutando de um cenário externo favorável e de um apoio no Congresso que o governo anterior nunca teve, o PIB em 2017, primeiro ano completo do governo Temer, registrou um crescimento pífio de 1% que, mesmo pequeno, somente foi possível graças ao avanço recorde da produção agropecuária e à tímida expansão do consumo no ano proporcionada pela liberação dos saldos das contas inativas do FGTS, eventos que não se repetirão em 2018.
A Pós-Verdade e seu tempo político
Por Christian Dunker, no site Outras Palavras:
Nos anos 1990, Woody Allen dizia que o mundo podia ser horrível, mas ainda era o único lugar onde se poderia comer um bife decente. Nos anos 2000, Cyfer, o personagem de Matrix que decide voltar para o mundo da ilusão, declara: “a ignorância é uma bênção”. Portanto, não deveríamos nos assustar quando o dicionário Oxford declara o termo “pós-verdade” a palavra do ano de 2016. Uma longa jornada filosófica e cultural foi necessária para que primeiro aposentássemos a noção de sujeito, depois nos apaixonássemos pelo Real, para finalmente chegar ao estado presente no qual a verdade é apenas mais uma participante do jogo, sem privilégios ou prerrogativas.
Para a esquerda, só há solução na democracia
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Uma das características mais distintivas da história brasileira é seu caráter recorrente, uma sequência de farsas e tragédias, um perverso processo circular que retarda o desenvolvimento em seus diversos patamares, seja econômico, seja político, seja social.
Não foi por acaso, e sem consequências para nosso futuro presente, que tenhamos conquistado a Independência sem a luta pela independência, negociando-a junto aos bancos ingleses e aos embaixadores do império britânico, do qual Portugal era um protetorado pouco levado a sério.
Uma das características mais distintivas da história brasileira é seu caráter recorrente, uma sequência de farsas e tragédias, um perverso processo circular que retarda o desenvolvimento em seus diversos patamares, seja econômico, seja político, seja social.
Não foi por acaso, e sem consequências para nosso futuro presente, que tenhamos conquistado a Independência sem a luta pela independência, negociando-a junto aos bancos ingleses e aos embaixadores do império britânico, do qual Portugal era um protetorado pouco levado a sério.
Os perigos do mundo neoliberal
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Uma das características mais marcantes da avaliação dos custos das reformas ditas “liberais” – o mais correto seria dizer neoliberais, pois o liberalismo político é democrático e depois de Weimar é também “social”- é a sua quantificação economicista. É uma quantificação estreitamente vinculada a manejos orçamentários e à manipulação de dados financeiros, que visam demonstrar que as “reformas” que encaminham estão na “direção certa”.
Uma das características mais marcantes da avaliação dos custos das reformas ditas “liberais” – o mais correto seria dizer neoliberais, pois o liberalismo político é democrático e depois de Weimar é também “social”- é a sua quantificação economicista. É uma quantificação estreitamente vinculada a manejos orçamentários e à manipulação de dados financeiros, que visam demonstrar que as “reformas” que encaminham estão na “direção certa”.
IR: um emblema da injustiça tributária
Por Paulo Gil Introíni, na revista Teoria e Debate:
"No cerne de cada transformação política importante, encontramos uma revolução fiscal.” Thomas Piketty
Apoiada na premissa de que a desigualdade é um valor positivo, a razão neoliberal tem como um de seus objetivos centrais a desoneração tributária dos mais ricos. Deslocar o fardo de sustentar a sociedade para os pobres e classe média” tem sido um dos princípios de concentração de riqueza e poder adotados pela oligarquia norte-americana e que transformaram os numa plutocracia, como afirma Noam Chomsky [1].
"No cerne de cada transformação política importante, encontramos uma revolução fiscal.” Thomas Piketty
Apoiada na premissa de que a desigualdade é um valor positivo, a razão neoliberal tem como um de seus objetivos centrais a desoneração tributária dos mais ricos. Deslocar o fardo de sustentar a sociedade para os pobres e classe média” tem sido um dos princípios de concentração de riqueza e poder adotados pela oligarquia norte-americana e que transformaram os numa plutocracia, como afirma Noam Chomsky [1].
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