Foto: Francois Mori/dpa |
O bom humor com que o periódico matutino Libération celebra o primeiro ano da presidência de Emmanuel Macron é um espelho reflete todas as pesquisas de opinião. A manchete diz: “a direita finalmente tem o seu presidente”. O homem que em algum momento disse ser “socialista” (em 2014) e que logo postulou à presidência com uma proposta “nem de esquerda nem de direita”, ou “ao mesmo tempo de esquerda e de direita”, se afiançou como um dirigente percebido como de direita. O ritmo acelerado das reformas e sua orientação liberal valeram a ele o adjetivo de “presidente dos ricos”, ao qual se agregou outra sentença, pronunciada pelo ex-presidente François Hollande, de quem Macron foi ministro de Finanças: “o presidente dos muito ricos”.