terça-feira, 15 de maio de 2018
Marqueteiro de Temer e a “gafecomunicação”
Começo a desconfiar da existência de uma estratégia ousada por trás das recorrentes gafes produzidas por Elsinho Mouco, o marqueteiro de Michel Temer, e sua equipe de comunicação. É preciso método para tantos disparates.
Eis a minha tese: diante da impossibilidade de conceber qualquer propaganda ou informação que empreste credibilidade ao governo e retire a popularidade de Temer do lamaçal (a última pesquisa CNT-MDA captou estrondosos 4% de apoio ao emedebista), Mouco recorre à chacota, ao escracho, em busca de alguma empatia com o público. Falem mal, mas falem de mim, prega o ditado.
Eis a minha tese: diante da impossibilidade de conceber qualquer propaganda ou informação que empreste credibilidade ao governo e retire a popularidade de Temer do lamaçal (a última pesquisa CNT-MDA captou estrondosos 4% de apoio ao emedebista), Mouco recorre à chacota, ao escracho, em busca de alguma empatia com o público. Falem mal, mas falem de mim, prega o ditado.
'Pacote do Veneno' pode piorar a sua vida
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:
No mundo inteiro ninguém mais quer saber de agrotóxicos. Tanto que muitos países vêm restringindo o uso, proibindo diversos produtos e dando prazo para o banimento de muitos outros. A França vai banir o glifosato, o mais vendido no planeta, porque pesquisas confiáveis mostram que a substância é causadora de vários tipos de câncer. Fora outras doenças graves. Os brasileiros também não querem mais.
De qual planeta é o economista do Alckmin?
Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
Um dos efeitos colaterais desta estranha campanha eleitoral de 2018 é que a centro-direita, na falta de candidaturas competitivas, está sendo obrigada a expor precocemente ao público suas intenções programáticas, as quais em outras ocasiões costumavam ficar em segundo plano, ofuscadas pela discurso do “medo” que esgrimavam contra a “esperança”.
Agora, por conta da confusão que arrumaram para o país, patrocinando o golpe e tornando Lula um preso político, vão se dando conta de que o “medo” já não serve como estratégia política e, de forma inédita, se veem desafiados a propor um projeto para o país que seja capaz de reanimar esse mar de gente desolada que habita o Brasil pós-golpe.
Um dos efeitos colaterais desta estranha campanha eleitoral de 2018 é que a centro-direita, na falta de candidaturas competitivas, está sendo obrigada a expor precocemente ao público suas intenções programáticas, as quais em outras ocasiões costumavam ficar em segundo plano, ofuscadas pela discurso do “medo” que esgrimavam contra a “esperança”.
Agora, por conta da confusão que arrumaram para o país, patrocinando o golpe e tornando Lula um preso político, vão se dando conta de que o “medo” já não serve como estratégia política e, de forma inédita, se veem desafiados a propor um projeto para o país que seja capaz de reanimar esse mar de gente desolada que habita o Brasil pós-golpe.
O estranho conservadorismo das multidões
Por Berenice Bento, no site Outras Palavras:
Entre os anos de 1965 e 1966, ruas de várias capitais brasileiras foram ocupadas por manifestações que estampavam em seus cartazes: “Em nome da tradição, família e propriedade” (TFP – Tradição, Família e Propriedade). Neste tripé, setores consideráveis da sociedade brasileira se organizaram e deram sustentação civil ao golpe militar. Atualmente, os discursos que defendem o direito exclusivo da família heterossexual existir e a defesa da propriedade privada como um valor superior à vida estão organizados em partidos políticos, no MBL e na Escola sem Partido.
Entre os anos de 1965 e 1966, ruas de várias capitais brasileiras foram ocupadas por manifestações que estampavam em seus cartazes: “Em nome da tradição, família e propriedade” (TFP – Tradição, Família e Propriedade). Neste tripé, setores consideráveis da sociedade brasileira se organizaram e deram sustentação civil ao golpe militar. Atualmente, os discursos que defendem o direito exclusivo da família heterossexual existir e a defesa da propriedade privada como um valor superior à vida estão organizados em partidos políticos, no MBL e na Escola sem Partido.
A arrogância dos EUA contra a Palestina
Editorial do site Vermelho:
A soberba e a arrogância do imperialismo foram vistas em dose dupla em territórios palestinos.
Em Jerusalém, entre israelenses e norte-americanos houve festivos e glamorosos estouros de champanhe na inauguração da embaixada que a prepotência dos Estados Unidos decidiu instalar na Cidade Santa, território internacionalmente reconhecido como neutro entre palestinos (para os quais o leste da cidade será sua futura capital) e o estado de Israel.
segunda-feira, 14 de maio de 2018
Pesquisa mostra condenação do Judiciário
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O resultado da pesquisa CNT/MDA (íntegra aqui) é avassalador para o Judiciário.
Só 8,8% o consideram ótimo e bom.
88,3% o consideram pouco ou nada confiável.
E um pouco mais, 90,3% dos entrevistados, acham que a Justiça não trata todos de maneira igual.
O resultado da pesquisa CNT/MDA (íntegra aqui) é avassalador para o Judiciário.
Só 8,8% o consideram ótimo e bom.
88,3% o consideram pouco ou nada confiável.
E um pouco mais, 90,3% dos entrevistados, acham que a Justiça não trata todos de maneira igual.
O relatório da CIA e as execuções sumárias
Por Haroldo Lima, no Blog do Renato:
O documento da Central de Inteligência Americana, CIA, revelado a 10 de maio passado, mostra que a matança havida no Brasil de opositores do regime militar, na época da ditadura, era autorizada e comandada.
O documento, de autoria do diretor da CIA, Willian Colby, é de 11 de abril de 1974. Foi dirigido a Henry Kissinger, secretário de Estado dos EUA. Ele conta que duas semanas após a posse do general Ernesto Geisel na Presidência da República, este se reuniu com os generais João Baptista Figueiredo, então chefe do Serviço Nacional de Informações, e que viria a ser o próximo presidente da República, com o general Milton Tavares de Souza, comandante do Centro de Informações do Exército e com o general Confúcio Avelino, do mesmo órgão.
O documento da Central de Inteligência Americana, CIA, revelado a 10 de maio passado, mostra que a matança havida no Brasil de opositores do regime militar, na época da ditadura, era autorizada e comandada.
O documento, de autoria do diretor da CIA, Willian Colby, é de 11 de abril de 1974. Foi dirigido a Henry Kissinger, secretário de Estado dos EUA. Ele conta que duas semanas após a posse do general Ernesto Geisel na Presidência da República, este se reuniu com os generais João Baptista Figueiredo, então chefe do Serviço Nacional de Informações, e que viria a ser o próximo presidente da República, com o general Milton Tavares de Souza, comandante do Centro de Informações do Exército e com o general Confúcio Avelino, do mesmo órgão.
Mais do velho mal com Meirelles e o MDB
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
Temer não vai concorrer à reeleição e o MDB vai fingir que disputa a Presidência com Henrique Meirelles. Embora uma ala do partido não queira candidato algum, para facilitar as alianças estaduais, este é o bom negócio do partido que mudou de nome mas não de tática. Como Meirelles vai financiar a própria campanha, o MDB empregará toda sua cota do fundo eleitoral, mais de R$ 200 milhões, na eleição de grandes bancadas de deputado e senador. Forte no Congresso, venderá caro seu apoio ao futuro presidente, que precisará de maioria para governar. Bom para o MDB, ruim para o Brasil.
Temer não vai concorrer à reeleição e o MDB vai fingir que disputa a Presidência com Henrique Meirelles. Embora uma ala do partido não queira candidato algum, para facilitar as alianças estaduais, este é o bom negócio do partido que mudou de nome mas não de tática. Como Meirelles vai financiar a própria campanha, o MDB empregará toda sua cota do fundo eleitoral, mais de R$ 200 milhões, na eleição de grandes bancadas de deputado e senador. Forte no Congresso, venderá caro seu apoio ao futuro presidente, que precisará de maioria para governar. Bom para o MDB, ruim para o Brasil.
Lula candidato e a pesquisa CNT-MDA
Por Renato Rovai, em seu blog:
Há muitos que apontam a estratégia do PT em manter Lula candidato como um equívoco. Os mais assanhados vão além, a tratam como suicida. Pois bem, não é isso o que se pode extrair dos resultados das pesquisas eleitorais que estão sendo feitas, tanto qualitativas quanto quantitativas.
A CNT-MDA divulgada há pouco revela que 1 em cada 3 brasileiros querem votar em Lula no primeiro turno. É um atropelo, principalmente levando-se em consideração que ele está preso.
Há muitos que apontam a estratégia do PT em manter Lula candidato como um equívoco. Os mais assanhados vão além, a tratam como suicida. Pois bem, não é isso o que se pode extrair dos resultados das pesquisas eleitorais que estão sendo feitas, tanto qualitativas quanto quantitativas.
A CNT-MDA divulgada há pouco revela que 1 em cada 3 brasileiros querem votar em Lula no primeiro turno. É um atropelo, principalmente levando-se em consideração que ele está preso.
Quem tem medo das fake news?
Por Reginaldo Moraes, no site Carta Maior:
Alguns gigantes midiáticos parecem padecer de crônica falta de memória – ou de semancol, para utilizar o jargão popular. Especializados em criar realidades paralelas, dizem-se agora preocupados com o fenômeno das fake news. Afinal, as grandes empresas de mídia esmeram-se em produzir fake news – Globo, Folha, Veja, um reino de inventores de fatos, estampados em corpo gigante na capa e desmentidos na página 22 do segundo caderno. Quando acontece. Antigamente corria a piada de que os grandes jornais mentiam até nos horários de cinema. Compulsão. O uso do cachimbo entorta a boca.
CIA mostra o que ditadura fez do Brasil
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Numa nação que em 2018 convive com o os movimentos de um personagem tenebroso como Jair Bolsonaro, o documento da CIA sobre execução de adversários do regime militar servem para confirmar que as ditaduras e os ditadores só cabem no lixo da História, cobertos por uma vergonha sem limites e uma indignação permanente.
A principal lição do documento - cujo teor integral permanece reservado, 44 anos depois - é mostrar a tragédia de um país governado por autoridades que se imaginam capazes de promover ataques criminosos e seletivos contra os inimigos políticos, sem perder autoridade nem comando sobre a situação de conjunto.
Numa nação que em 2018 convive com o os movimentos de um personagem tenebroso como Jair Bolsonaro, o documento da CIA sobre execução de adversários do regime militar servem para confirmar que as ditaduras e os ditadores só cabem no lixo da História, cobertos por uma vergonha sem limites e uma indignação permanente.
A principal lição do documento - cujo teor integral permanece reservado, 44 anos depois - é mostrar a tragédia de um país governado por autoridades que se imaginam capazes de promover ataques criminosos e seletivos contra os inimigos políticos, sem perder autoridade nem comando sobre a situação de conjunto.
CNT: Lula sobe e encurrala os golpistas
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Um dia antes da publicação da pesquisa CNT/MDA desta 2ª-feira, o Blog da Cidadania publicou matéria sob o título “E se Lula subir nas pesquisas?”. Bem, Lula subiu na pesquisa CNT de maio em comparação com a de março. Com isso, contrariou as previsões da mídia e do partido da “justiça” de que começaria a se desidratar e, assim, criou um problemão para os golpistas.
Conforme o Blog da Cidadania vinha dizendo, a expectativa dos analistas políticos mais bem informados era a de que Lula subiria ou manteria seu capital eleitoral nas pesquisas de intenção de voto de maio.
Conforme o Blog da Cidadania vinha dizendo, a expectativa dos analistas políticos mais bem informados era a de que Lula subiria ou manteria seu capital eleitoral nas pesquisas de intenção de voto de maio.
Argentina de Macri é o Brasil de FHC
Por Miguel Enriquez, no blog Diário do Centro do Mundo:
Em memorável artigo publicado na Folha de S.Paulo em novembro do ano passado, o jornalista Clóvis Rossi não escondia o seu entusiasmo com a vitória do Cambiemos, agrupamento eleitoral do presidente Mauricio Macri nas eleições legislativas.
Ancorado em sua experiência como correspondente em Buenos Aires no começo da década de 1980, Rossi, inebriado com o programa “modernizador” do mandatário, se permitiu uma previsão - na verdade, mais do que isso, um ato de fé.
“Tomara que continue valendo o efeito Orloff, aquela pressuposição dos anos 1980 de que o Brasil de amanhã seria a Argentina de hoje”, afirmou.
Em memorável artigo publicado na Folha de S.Paulo em novembro do ano passado, o jornalista Clóvis Rossi não escondia o seu entusiasmo com a vitória do Cambiemos, agrupamento eleitoral do presidente Mauricio Macri nas eleições legislativas.
Ancorado em sua experiência como correspondente em Buenos Aires no começo da década de 1980, Rossi, inebriado com o programa “modernizador” do mandatário, se permitiu uma previsão - na verdade, mais do que isso, um ato de fé.
“Tomara que continue valendo o efeito Orloff, aquela pressuposição dos anos 1980 de que o Brasil de amanhã seria a Argentina de hoje”, afirmou.
O perigo que nos ronda: Bolsonaro e 'Centrão'
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Acaba de sair a nova pesquisa CNT/MDA sobre as eleições presidenciais, depois de ter publicado esta coluna.
“Sem Lula e Barbosa, Bolsonaro lidera seguido por Marina e Ciro” é a manchete do UOL.
Aos números:
Jair Bolsonaro (PSL) – 18,3%
Marina Silva (rede) – 11,2%
Ciro Gomes (PDT) – 9%
Geraldo Alckmin (PSDB) – 5,3%
É preciso estar atento e forte
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
A legitimidade da eleição deste ano precisa ser construída com determinação. Não há nada garantido e a luta renhida para tirar Lula da disputa é um sinal claro de que tudo é possível para completar a estratégia do golpe, inclusive a instauração de outro golpe, ainda mais radicalmente antipopular. É preciso ficar de olho no gato.
Enquanto isso, a onda conservadora não dá trégua e segue no seu propósito de piorar o país até o limite da barbárie. Capitaneado pelas bancadas da bala, do boi e da Bíblia, o Congresso mantém em andamento pautas reacionárias, de defesa de interesses econômicos perniciosos e de intransigência moral. É fundamental ficar de olho no peixe.
Enquanto isso, a onda conservadora não dá trégua e segue no seu propósito de piorar o país até o limite da barbárie. Capitaneado pelas bancadas da bala, do boi e da Bíblia, o Congresso mantém em andamento pautas reacionárias, de defesa de interesses econômicos perniciosos e de intransigência moral. É fundamental ficar de olho no peixe.
Lula e o impasse do bloco golpista
Cada nova pesquisa eleitoral confirma o impasse monumental que o regime de exceção não consegue suplantar.
Em que pese o amplo repertório de medidas arbitrárias e os inúmeros atropelos à Constituição na perseguição ao Lula para retirá-lo da competição eleitoral, o ex-presidente continua liderando com enorme folga todas as pesquisas, mesmo incomunicável na prisão política em Curitiba.
A pesquisa da CNT, com campo feito entre 9 e 12 de maio, que cobre o período de mais de 1 mês de encarceramento do Lula numa solitária, mostra Lula [32,4%] bem à frente do segundo lugar, que são os votos brancos e nulos [18%].
O economista de Bolsonaro e os doleiros
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
No fim de 2017, o presidenciável da extrema-direita Jair Bolsonaro (PSL-RJ) anunciou que seu ministro da Fazenda seria o economista liberal Paulo Guedes. O escolhido até já preparou um programa econômico para o deputado. Agora o casamento corre o risco de terminar ainda nas núpcias, caso Bolsonaro queira mesmo pregar na eleição que é o concorrente mais honesto.
A recente operação contra uma enorme rede de doleiros, um desdobramento da Lava Jato, atingiu uma empresa da qual Guedes é sócio, o grupo Bozano, do mercado financeiro. Um dos alvos das mais de 40 prisões preventivas decretadas pelo juiz Marcelo Bretas em 2 de maio foi um diretor do Bozano, Oswaldo Prado Sanches, que tentou e não conseguiu um habeas corpus contra a prisão.
A recente operação contra uma enorme rede de doleiros, um desdobramento da Lava Jato, atingiu uma empresa da qual Guedes é sócio, o grupo Bozano, do mercado financeiro. Um dos alvos das mais de 40 prisões preventivas decretadas pelo juiz Marcelo Bretas em 2 de maio foi um diretor do Bozano, Oswaldo Prado Sanches, que tentou e não conseguiu um habeas corpus contra a prisão.
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