sexta-feira, 3 de agosto de 2018

PSB, Lula e Ciro: a mídia se desespera

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

A velha mídia, aliada a Alckmin e ao PSDB, passou as últimas 24 horas tentando vender a ideia de que Lula e PT são malvados e terríveis, ao isolar politicamente Ciro Gomes na sucessão presidencial. O PT obteve uma aliança “de fato” com o PSB – que era cobiçado pelo PDT para uma aliança formal com Ciro. Sim, foi uma derrota imensa para o candidato pedetista. Mas alto lá!

No capa do site UOL, mantido pela multimilionária família Frias, os petistas são acusados por um colunista de “truculência”; outro comentarista pago pelos Frias diz que Lula “esquarteja” Ciro.

Exclusão de Lula põe democracia em risco

Por Eleonora de Lucena, no site Tutaméia:

Com cabos de vassoura, paralelepípedos e barras de ferro, o grupo avançou pela rua e parou em frente a uma loja de carros importados. Entraram quebrando tudo: vitrines, para-choques, estofados.

Uma centena de metros antes, tinham atacado uma cervejaria estrangeira. A raiva explodira e deixava um rastro de destruição. Inconformados, incrédulos, desesperados percorriam a cidade. Uns berravam; outros choravam.

Era o que meu avô contava daquele agosto. Pelo rádio, a “Carta Testamento” trouxe a denúncia sobre o complô promovido por grupos internacionais e seus aliados internos. Expôs ataques à Petrobras, à Eletrobras e às leis trabalhistas.

Isso em 1954.

Bolsonaro e a janela anônima da direita

Por Hermínio Porto, no site Jornalistas Livres:

A última edição do programa Roda Viva, da TV Cultura, teve como convidado entrevistado o deputado federal e candidato à presidência da República, Jair Messias Bolsonaro (PSL). Um dos programas de entrevistas mais importantes da televisão brasileira teria uma grande responsabilidade ao receber o candidato mais bem colocado nas pesquisas (quando não aparece o nome do ex-presidente Lula).

Mensagem do Papa a Lula humilha golpistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O ex-chanceler Celso Amorim reuniu-se com o Papa Francisco. Na reunião, informou os abusos da ditadura midiático-judiciária-militar contra Lula e a farsa encenada pela mídia antipetista para esconder o apoio do Sumo Pontífice ao ex-presidente. O Papa enviou agora mensagem por escrito a Lula e, assim, desferiu um golpe mortal nos golpistas.

Aumenta a concentração de terra no Brasil

Por Alexandre Guerra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Recém-lançado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Censo Agropecuário de 2017 aponta aumento da concentração de terra no meio rural. Em 2017, o Brasil possuía 5,1 milhões de estabelecimentos agropecuários, correspondentes a uma queda de 2% em relação ao Censo realizado em 2006. A área destinada às atividades agropecuárias foi de 350,2 milhões de hectares, equivalente a um aumento de 5% no período 2006-2017.

Lula, o Papa e as agências de checagem

Do blog Socialista Morena:

No início de junho, as agências de checagem ligadas à mídia comercial brasileira acusaram sites alternativos de promoverem “fake news” por haver noticiado a entrega de um terço enviado pelo papa Francisco a Lula. A Agência Lupa e o Aos Fatos citaram textualmente o Diário do Centro do Mundo, Brasil 247 e Revista Fórum, omitindo que o portal UOL, ao qual a Lupa é ligada, foi um dos primeiros em dar a notícia. Ainda disseram ser falso que o consultor do Vaticano Juan Grabois, que visitou Lula na prisão em Curitiba e entregou o terço, era ligado ao papa. Parceiras do Facebook, as agências notificaram a rede social, que ameaçou tirar as páginas do DCM, Fórum e 247 do ar. Quem tentava compartilhar conteúdo dos três sites e dos outros acusados recebia um aviso do Facebook de que eles eram suspeitos de ser disseminadores de notícias falsas.

O desânimo com as eleições e o desemprego

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Qual é o desempregado que vai se animar a sair cedo de casa, gastando o dinheiro que não tem, para distribuir currículo, sabendo que as portas das empresas estão fechadas para ele?

Manchete da Folha desta quarta-feira informa que 66 milhões de brasileiros estão fora do mercado de trabalho, 40% do total, segundo o IBGE, e cada vez mais trabalhadores deixaram de procurar emprego.

E não é só por causa da crise econômica que se prolonga e aprofunda.

A meu ver, dois são os fatores principais que levam a esse desalento:

Os três principais desafios das eleições

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Estamos há praticamente dois meses do primeiro turno das eleições presidenciais na qual as forças econômicas e sociais que patrocinam o golpe apostam todas as suas fichas para legitimar seu programa.

Nesta disputa nos deparamos com três grandes desafios para eleger Lula, único candidato capaz de despertar a mobilização social e com possibilidade de tentar reverter as medidas já praticadas pelo golpe.

A lei de dados e a segurança nacional

Por Renata Mielli e Flávia Lefèvre, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A aprovação da Lei de Proteção de Dados Pessoais, que aguarda sanção presidencial, foi um passo fundamental para completar o nosso arcabouço jurídico no que diz respeito ao direito à privacidade e segurança dos indivíduos, definindo como podemos controlar a circulação de nossos dados numa sociedade hiperconectada e numa conjuntura em que nossas informações são um dos principais ativos de empresas que atuam em diversos segmentos de mercado.

Oferta e procura na eleição presidencial

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Como aconteceu em momento semelhante de eleições passadas, a mídia anda cheia de notícias a respeito de um assunto que pouco interessa aos cidadãos comuns. Começaram as convenções partidárias e as cúpulas entraram em campo para finalizar as articulações para a eleição.

É um período que provoca efervescência nos profissionais do ramo e tédio no eleitorado, pois as espertezas, traições e tiradas de algibeira, típicas desta fase que termina em 5 de agosto, só atraem os políticos.

A semana foi pródiga em avaliações dos primeiros lances. Na mídia, Geraldo Alckmin, a opção predileta de 9 em cada 10 conservadores “sérios”, foi apresentado como seu principal beneficiário. Mas houve comentários do tipo “quem perdeu, quem ganhou”, tratando de todos os candidatos.

Como o PCC montou um império em SP

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que o PCC ganhou no acordo com o governo paulista em 2006?

Na época, a facção realizou vários ataques, especialmente a postos da Polícia Militar, de maneira coordenada. Eles foram interrompidos após uma reunião no presídio de Presidente Bernardes, no interior do estado.

De acordo com o Estadão, a solução foi encaminhada pela advogada Iracema Vasciaveo, então presidente da ONG Nova Ordem, que defendia os direitos dos presos e representava o PCC.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Eleições: propostas para democratizar a mídia

Do site do FNDC:

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lança nesta quinta-feira (2) a "Carta-compromisso em defesa da Democracia e por uma Comunicação Democrática no Brasil", documento que reúne um conjunto de propostas de políticas públicas para assegurar um ambiente de pluralidade e diversidade no sistema de comunicação do país. A ideia é que a plataforma seja apresentada às candidaturas a presidente da República, mas também aos postulantes ao Congresso Nacional, governos e legislativos estaduais. No caso dos estados, os Comitês Regionais do FNDC também devem agregar iniciativas específicas de políticas públicas de comunicação, considerando as realidades locais.

Alckmin e o não-efeito Centrão

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Estamos desde a semana passada às voltas com a novela da falta de vices para vários candidatos mas eles, ou elas, não produzirão alterações no quadro eleitoral.

O fato realmente relevante desta reta final, capaz de alterar a correlação de forças, foi o apoio do Centrão ao pré-candidato do PSDB Geraldo Alckmin. E embora seja muito cedo para avaliar o seu impacto, a primeira pesquisa nacional posterior ao fato, do Instituto Paraná Pesquisas, manteve o tucano no mesmo lugar.

Meirelles, o candidato de hena

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Cenas tragicômicas não param de acontecer na política brasileira.

O partido do governo que ia unir o país formalizou a escolha do chefe da “equipe dos sonhos” na economia como seu candidato a Presidente.

E a reação de todos diante disso é… rir da piada.

É evidente a qualquer um que a única finalidade prática da candidatura de Henrique Meirelles seria a de fazer com que, sendo formalmente o candidato de Michel Temer, passasse a receber o desprezo que os brasileiros sentem pelo atual ocupante do palácio do Planalto.

A cruel extorsão dos juros altos

Editorial do site Vermelho:

Nesta quarta feira (1º), o Banco Central manteve a taxa básica de juros (a famosa Selic) em 6,5% ao ano – uma decisão a nível macroeconômico que, alardeada como baixa pela mídia conservadora, mantém nas alturas os juros pagos pelo governo a especuladores financeiros detentores de títulos da dívida pública. Calcula-se que em dezembro de 2017 a dívida pública superava 5 trilhões de reais. Isso significa que a variação de um ponto percentual (1%) nessa montanha de dinheiro significa R$ 50 bilhões. Isto é, pela taxa Selic, o governo paga mais de R$ 325 bilhões para estes especuladores. Recursos que escasseiam para investimentos produtivos que movimentam a economia e geram empregos: para áreas sociais como saúde, educação e assistência social; para a construção de estradas e obras de infraestrutura.

Golpe persegue professores das universidades

Do blog Nocaute:

A perseguição aos professores e o desmonte da educação impostos pelo golpe seguem firmes. Primeiro o inquérito aberto pela PF contra o reitor da UFSC, Luis Carlos Cancellier, que terminou em seu suicídio. Semana passada os professores Gilberto Maringoni, Valter Pomar e Giorgio Romano (UFABC) tiveram uma sindicância aberta pela administração da universidade por terem feito o lançamento do livro “A verdade vencerá”. Agora foi em Minas, na Unifal, onde um professor marxista foi exonerado sem motivos pela administração da Universidade.

Waldir Pires, a serviço da civilização

Da Rede Brasil Atual:

Waldir Pires, político de carreira extensa, advogado e professor, que morreu em 22 de junho, foi homenageado, na noite de terça-feira (31), com um debate promovido no Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, sobre seu legado. O jornalista Emiliano José lançou o primeiro volume da biografia do político baiano. "Um cidadão de 70 anos de vida pública e com uma história extraordinária", definiu.

A estranha Operação Margem Controlada

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Deflagrada hoje, a Operação Margem Controlada, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual do Paraná, não cheira bem.

A operação foi montada contra uma suposta organização criminosa que impedia os postos de combustível de praticarem preços livres. A tal organização seria integrada por “executivos” das três maiores distribuidoras do país, BR Distribuidora, Ipiranga e Shell.

Na inacreditável entrevista concedida às TVs de Curitiba, o delegado descreveu o crime cometido. É de um nonsense sem tamanho:

É preciso defender a paz na Nicarágua

Ilustração do site Cuba Debate
Por Socorro Gomes, no site do Cebrapaz:

A escalada da crise na Nicarágua tem atraído redobrada atenção das forças populares e da paz na América Latina e Caribe e em todo o mundo. Já se evidenciam os contornos da ingerência externa, em particular, estadunidense, na disputa política doméstica que, de reivindicações legítimas no plano econômico, escalou para a violência que hoje se verifica nas ruas, apesar dos apelos do governo do presidente Daniel Ortega pelo diálogo e dos compromissos que fez.

Trump reage à decadência relativa dos EUA

Por Bruno Elias, no blog Viomundo:

Passados dezoito meses de governo de Donald Trump, é possível divisar melhor as linhas de continuidade e de mudança da política externa dos Estados Unidos.

O 45º presidente do país atua em um contexto de continuidade da crise capitalista e de declínio relativo da hegemonia dos EUA no mundo.

De governos anteriores, herdou guerras na Síria, Afeganistão, Iraque e Líbia e encontrou disputas com outros polos de poder em ascensão.

Em outras frentes, seu governo tem rompido acordos, reorientado alianças e aberto novos conflitos políticos, econômicos e militares.