quarta-feira, 8 de agosto de 2018

O fascismo do general Mourão

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Convém prestar atenção à ideologia colonizada que estrutura o pensamento do general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro após diversas recusas.

Trata-se de um pensamento particularmente nocivo por parte de um cidadão que, em companhia do concorrente que hoje figura em segundo lugar nas pesquisas, pretende assumir o posto número 2 da República nas eleições, adquirindo uma influencia equivalente na condução dos assuntos do Estado brasileiro.

Na primeira aparição pública após ter sido anunciado como candidato a vice, Mourão tentou explicar a origem das mazelas brasileiras a partir da cultura do país.

"Triplex" de Lula desnorteia golpistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Lula foi encarcerado por NÃO ter um apartamento no qual nunca passou uma mísera noite. Um tal “tríplex” – um apartamento de três andares. Porém, uma estratégia política brilhante de Lula construiu um “tríplex” político composto por ele mesmo e dois dos melhores políticos do país. Uma estratégia que desnorteou a direita, o partido do Judiciário e a mídia golpista.

Na undécima hora da exigência do TSE de que os candidatos a presidente apresentassem seus vices, o PT indica Fernando Haddad para o posto e promove acordo político com o PCdoB no qual a candidata do partido à Presidência, Manuela D’Ávila, será a vice de Lula se ele puder se candidatar – Haddad cederá a vice a ela – ou de Haddad se ele substituir o ex-presidente na eleição.

Estudo escancara retrocessos sociais

Do site Brasil Debate:

Lançado nesse dia 7 de agosto em audiência pública no Senado, na Comissão de Direitos Humanos, o documento “Austeridade e Retrocesso – Impactos da política fiscal no Brasil”, escrito em linguagem acessível e didática, é resultado de um esforço coletivo que envolveu diversos pesquisadores e instituições [1] e a criação de um fórum permanente de discussão: o “Observatório da Austeridade Econômica no Brasil”. Uma boa parte de seu conteúdo faz uso direto do livro “Economia para poucos: Impactos sociais da Austeridade e Alternativas para o Brasil”, publicado pela editora Autonomia Literária, que traz um maior detalhamento das ideias apresentadas no documento. Você acessa a íntegra aqui: DOC austeridade_doc3-_L9 .

Greve de fome em nome da esperança

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Com 58 anos, quatro filhos e um neto, Jaime Amorim é integrante da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e representante da América do Sul na Coordenação Internacional da Via Campesina.

O início de sua militância começou em 1979, quando ingressou em uma comunidade eclesial de base e passou a integrar a Pastoral da Juventude em Guaramirim (SC). Se formou em Pedagogia e sem abandonar o trabalho na roça, passou a integrar a Comissão Pastoral da Terra. Em 1985, participou do primeiro Congresso do MST.

Uma disputa entre dois campos antagônicos

Editorial do site Vermelho:

Concluídas as convenções partidárias que definiram as candidaturas à sucessão presidencial de 2018, a fotografia mostra nitidamente dois campos em disputa. À direita, estão nada menos do que dez candidaturas, com variações de tons, mas frutos da mesma árvore: o projeto neoliberal e neocolonizador que retomou as rédeas do país desde o golpe de 2016. Conforma-se, assim, o teatro da batalha, com as peças devidamente dispostas no tabuleiro do xadrez político.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Moro criou a extrema-direita no Brasil

Bolsonaro e os apoiadores 'bolsonazistas'

Por Célio Turino, na revista Fórum:

Não costumo comentar sobre esse sujeitinho de abjeta figura, mas, devido às recentes entrevistas dele aos programas Roda Viva e GloboNews, sinto que devo responder por qual motivo considero que a candidatura do sujeito e as atitudes e comportamentos dos Bolsonazistas não podem ser toleradas. Vamos à entrevista na GloboNews.

Bolsonaro balbuciou ignorâncias e respostas prontas, ensaiadas, nada além disso, revelando total despreparo para qualquer cargo público; a resposta dele com o editorial do Marinho, foi uma boa resposta ensaiada, e só; a resposta da Globo foi deprimente, ainda mais colocada na boca da Miriam Leitão. 

Eleições-2018: Que comecem os jogos!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Foram dias difíceis, que deixaram sequelas na militância do campo popular.

Os partidos de esquerda acotovelaram-se com alguma violência em busca de um lugar ao sol.

Blefes, chantagens, ameaças, frustrações, promessas não cumpridas. A realpolitik veio pesada. Foi duro para todo mundo ver tão de perto as salsichas serem produzidas.

Por fim, superada a etapa mais sangrenta da guerra doméstica, sempre muito mais dolorosa que a batalha contra inimigos externos, é hora de recolher os mortos e feridos, contabilizar as armas que restaram e analisar a conjuntura com serenidade.

Da prisão em Curitiba, Lula lidera e coordena

O risco de simplificar o fenômeno Bolsonaro

Por Fred Melo Paiva, na revista CartaCapital:

Depois da passagem de Jair Messias Bolsonaro pelo Roda Viva, hoje também conhecido por Roda Morta, a internet tratou de fabricar a imagem que aparentemente resultava da sabatina ao presidenciável, cuja audiência bateu recorde na TV Cultura e alcançou o primeiro lugar na repercussão das redes sociais. Em tal imagem o candidato não constava no centro da roda de jornalistas – fora substituído por um burro.

A agonia em praça pública da Editora Abril

Por Miguel Enriquez, no blog Diário do Centro do Mundo:

Menos de três semanas depois de ter assumido a gestão do grupo Abril, a consultoria americana Alvarez & Marsal mostra a que veio: na manhã desta segunda, dia 6, os funcionários da família Civita estão sendo comunicados de um corte gigantesco no quadro de pessoal.

Ele é estimado entre 500 e 840 cabeças, abrangendo, além da editora, outros negócios, como a área de logística e distribuição de revistas. As demissões começarão oficialmente, na próxima quarta-feira, 8.

Unidade PT-PCdoB, uma notícia alvissareira

Foto: Ricardo Stuckert
Por José Reinaldo Carvalho, no Blog do Renato:

Sob qualquer ângulo de observação e análise, é incontornável a constatação de que as forças consequentes da esquerda brasileira alcançaram neste domingo (5) uma importante vitória.

Recompuseram a unidade, num quadro em que se prenunciava perigosa fragmentação, fatal para a batalha eleitoral. A divisão das forças consequentes da esquerda era a pavimentação do caminho para uma fragorosa derrota diante das forças reacionárias e golpistas que governam o país. Ainda faltam forças a aglutinar, é indispensável persistir no empenho por uma frente ampla das forças progressistas.

Alckmin e a "suposta delação" da Folha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha publica, sem dizer o nome do alvo que a “Bolsa cai quase 1% com rumores de delação premiada contra presidenciável” acrescentando que o dólar, que abriu a R$ 3,717 e chegou a cair para R$ 3,704, fechou em alta de 0,93%, cotado a R$ 3,767″.

Manchete onde se conta o milagre sem dizer o santo, no meu tempo, não era jornalismo mas, vá lá, mudaram os tempos e não mudei eu.

Para saber do que se trata o distinto leitor e a aguda leitora têm de ir à página do Valor – que já pertenceu à Folha – para saber que o santo, provavelmente é aquele que recebeu este codinome na suposta lista de propinas da Odebrecht, embora não se diga, expressamente.

O jogo eleitoral (quase) fechado

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Agora o jogo está realmente feito, sabemos quantos e quais serão os candidatos, com respectivos vices. Exceto no PT.

Ao escolher Fernando Haddad como vice de Lula, o PT optou por participar da disputa, com um ou outro na cabeça da chapa, sepultando a palavra de ordem “Lula ou nada”, que seria o boicote ao pleito.

Isso confere legitimidade e normalidade à disputa, mas não é certo concluir que o PT já se rendeu, que concorrerá com um poste, cujo nome é Haddad, tendo Manuela D’Ávila (PC do B) como vice.

O presente de Temer aos bancos

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) do dia 31 de julho, as autoridades econômicas do governo Temer avançaram mais alguns passos nos descaminhos do golpe. Sob o lustroso argumento de que é preciso simplificar o sistema de crédito imobiliário e conferir maior liberdade às instituições financeiras, o CMN adotou uma série de alterações nas regras do financiamento imobiliário que deverão favorecer o crédito a imóveis de alta renda e as atividades das incorporadoras que atuam nesse filão de mercado.

Os 12 anos da Lei Maria da Penha

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Isadora Mariá Pereira Lima, Nelly Venite, Daniela Marques, Gabrielly Marcossi, Evellyn Silvestre e tantas outras mulheres anônimas, mortas dentro ou fora de casa pelo próprio companheiro ou por estranhos, não passam de mais um dígito nas estatísticas sobre violência ou feminicídio. Para lembrá-las e cobrar providências das autoridades, familiares, parentes e amigos se reuniram hoje (7), em todo o país, dia em que a Lei Maria da Penha completa 12 anos.

A estratégia Lula para as eleições

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A estratégia da direita consiste em jogar vários candidatos no ventilador e apostar no que tiver a melhor largada. Confiam que a Justiça e o Ministério Público impeçam a corrida dos adversários.

Já a estratégia do PT é complicada pois tem que levar em conta diversos fatores.

Fator 1 – mídia e Judiciário

Basta se mencionar um candidato do PT, para o Ministério Público e a Polícia Federal sacarem do supermercado das delações premiadas uma delação qualquer, induzida ou espontânea, mas em geral apenas declaratória, para fuzilar o atrevimento.


Manuela quer tirar Temer do Jaburu

Foto: Ricardo Stuckert
Por Cezar Xavier, no site da Fundação Maurício Grabois:

Em sua primeira aparição pública desde que foi escolhida para ser vice na chapa do PT que disputará a Presidência, a deputada estadual Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) explicou, nesta terça-feira (7), sua decisão de desistir de sua candidatura ao Planalto afirmando que "essa é a saída que mais reúne condições de vencer a eleição".

Segundo ela, seria "um luxo" manter sua candidatura a presidente sendo que a esquerda precisaria vencer a eleição de outubro.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Como a mídia vai lidar com Bolsonaro?

O imponderável no pleito de outubro

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Termina hoje, com as últimas convenções, a chamada pré-campanha.

A escolha dos candidatos clareia o quadro mas continuamos a navegar no nevoeiro.

Observamos e analisamos a campanha com olhos do passado, segundo padrões, tendências e costumes que não terão agora o mesmo valor, em função das singularidades da disputa, da psicologia de um eleitor desiludido com a política e de mudanças culturais/comportamentais ditadas pelas tecnologias.

O tão valorizado tempo de televisão acirrou as disputas por aliados na reta final desta etapa.