terça-feira, 23 de outubro de 2018

Bolsonaro: se eleito, volta a ditadura

Editorial do site Vermelho:

Se havia ainda alguma máscara sobre o que representa o candidato presidencial Jair Bolsonaro, ela acaba de cair. Seu vídeo exibido em telões na Avenida Paulista neste domingo (21), na cidade de São Paulo, é mais uma prova contundente do quanto a democracia corre efetivo risco.

De acordo com o candidato da extrema direita, o jornal Folha de S. Paulo, que denunciou o gigantesco esquema de recursos financeiros injetados em sua campanha por empresários via “caixa 2” para disparar avalanches de notícias falsas, as chamadas fake news, vai pagar caro pelo que fez. “A Folha de S.Paulo é a maior fake news do Brasil. Vocês não terão mais verba publicitária do governo”, afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro é covarde; Globo é sua cúmplice

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ilusão é pra quem gosta de achar que as nossas “instituições funcionantes” são a garantia de impor limites ao obscurantismo de Jair Bolsonaro.

Mesmo com repetidas declarações dos médicos que o assistem de que a decisão sobre participar de debates dependia apenas dele, estando liberado clinicamente para participar, bastou um e-mail do candidato do PSL para que a Rede Globo cancelasse o debate final do 2° turno, negando, como alguns esperavam (não este blog), que Fernando Haddad pudesse ser entrevistado no horário reservado ao programa.

Fascistas pregam “fechar” o Supremo

Discurso do ódio incentiva a violência

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

Em um segundo, na hora do voto, o país pode consolidar uma situação que provocará um tropeço histórico que poderá durar anos. É o que avalia o advogado Belisario dos Santos Jr. ao falar da eleição ao Tutaméia. Junto com centenas de personalidades do mundo do direito, ele assinou um manifesto em favor de Fernando Haddad (leia o conteúdo ao final deste texto). Para ele, hoje, “não há espaço para omissão”.

Nesta entrevista (acompanhe no vídeo), ele conta que a mobilização de advogados foi motivada pela necessidade de defender a democracia, os direitos humanos, o Estado de Direito, a Constituição. “Quem representa essa alternativa é o Haddad, no qual votamos”, declara.

O capitão fascista quer o Brasil em guerra

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

Os fatos do último fim de semana são bastante esclarecedores sobre a deriva direitista que pode ocorrer no Brasil.

O fascismo assoma, os fascistas espreitam e é mais real do que nunca o perigo de repressão generalizada contra partidos políticos, movimentos sociais, instituições e personalidades democráticas e progressistas.

O Brasil está sob a ameaça de retroceder décadas não apenas quanto à liquidação da democracia e das políticas sociais. A ameaça é real também na frente externa. O Brasil poderia mesmo virar uma ameaça à paz mundial, porquanto os fascistas agora se arrogam o direito de proclamar que podem atacar vizinhos para derrubar governos. Bolsonaro quer levar o país à guerra e assim transformar o Brasil num fator negativo no concerto regional e internacional, um agente de instabilidade e tensão.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Roda Viva sem Bolsonaro, o fascista fujão

Por Altamiro Borges

O presidenciável Jair Bolsonaro adora se travestir de valentão, mas tem medo-pânico de enfrentar o debate no cara-a-cara. Como ironizou Fernando Haddad em comício em Fortaleza (CE), o fascista é “um soldadinho de araque” que só engana seus fanáticos seguidores. Na prática, ele prefere usar os pacotes de mensagens do WhatsApp – pagos com o Caixa-2 da cloaca empresarial – para espalhar milhões de “fake news”. Nesta segunda-feira (22), por exemplo, ele não participará de mais um programa de entrevistas, desta vez na TV Cultura. E olha que a emissora pública fez de tudo para garantir a sua presença, como relata Maurício Stycer:

A megafraude nas eleições de 2018

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Quem acompanha as eleições brasileiras ao longo da história ficou perplexo diante do resultado do primeiro turno. Jamais, seja nos tempos do voto em cédula de papel ou depois do advento da urna eletrônica, se vira uma reviravolta de tamanhas proporções nas últimas 72 horas.

Era forte a suspeita de que havia algo estranhíssimo por trás da avalanche conservadora, moralista e fascista que varreu principalmente os estados do Rio, São Paulo e Minas Gerais, nas horas que antecederam à votação do dia 7 de outubro.

TSE é o quartel general do bolsonarismo

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O TSE deu hoje monumental demonstração da insignificância e da absoluta intranscendência deste tribunal para a democracia e para a lisura da eleição.

O que foi anunciado como entrevista coletiva daquele que deveria ser o órgão máximo da justiça eleitoral, na realidade foi um evento social de vaidades que ocupam postos oficiais.

Na farta mesa da “entrevista coletiva”, não faltaram excelências.

A disputa permanente pelo 13º salário

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

O 13º salário foi aprovado na Câmara dos Deputados em 1962, por iniciativa do deputado federal Aarão Steinbruch, do Rio de Janeiro. Steinbruch era advogado de sindicatos e filiado ao PTB, partido que representava à época o trabalhismo.

Naquele mesmo ano, a lei do 13º também foi aprovada no Senado. Em 13 de julho de 1962, o então presidente João Goulart assinou a sua criação.

Algumas semanas antes da sua aprovação final, a manchete de capa do O Globo foi: “Considerado desastroso para o país um 13º salário”. Segundo o periódico, “a medida teria cunho meramente eleitoreiro”. A Fiesp também se posicionou contra.

O que Bolsonaro fez de útil na sua vida?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Antes de sair para votar no próximo domingo, o eleitorado brasileiro poderia se fazer esta singela pergunta aí do título.

Pensem, por exemplo, em duas ou três coisas que ele tenha produzido em seus 28 anos como deputado federal ou nos anos em que serviu o Exército.

Não se tem notícia de nada que possa ter melhorado a vida dos brasileiros.

A nossa última semana de democracia?

Por Igor Fuser

Vejo muita gente apoiando o Haddad com certo constrangimento, sem admitir que foi enganada o tempo todo pela campanha anti-petista da mídia e pela atuação desonesta, parcial e partidária da cúpula do Judiciário, em especial o Ministério Público e o bando de pit bulls chefiados pelo Sergio Moro.

A verdade é que a tal "roubalheira do PT" nunca existiu. A mídia confundiu, de propósito, doações de campanha com propinas, para criminalizar o PT e a política no seu conjunto.

Bolsonaro é bom para quem?

#Caixa2doBolsonaro e a Operação Lava-Zap

Por Jean Wyllys, no site Mídia Ninja:

Parte da imprensa está preferindo, sabe-se-lá a troco do quê, omitir o escândalo denunciado por Folha de São Paulo em sua edição de hoje. O jornal obteve acesso a materiais claríssimos sobre a atuação de grandes empresários para financiar de forma ilegal a estratégia de campanha da equipe de Jair Bolsonaro.

Folha teve acesso a dados que apontam para quem pagou, quem recebeu e de que forma foram entregues os chamados pacotes de mensagens distribuídas por whatsapp e perfis falsos no Facebook, boa parte delas notícias falsas.

Bolsonaro ameaça prender quem discorda


Jair Bolsonaro fez, na tarde deste domingo (21), um dos discursos mais violentos desde o início da campanha eleitoral. Diretamente do Rio de Janeiro, o ex-capitão entrou ao vivo pelo telão na Avenida Paulista, em São Paulo, durante manifestação que ocupou quatro quadras da avenida. Antes da fala de Jair Bolsonaro, foi feito um minuto de silêncio seguido de um mantra de meditação “Eu estou em paz, o Brasil está em paz.”

Quem pode ganhar as eleições é Steve Bannon

Eduardo Bolsonaro e Steve Bannon/El País
Por Armando Coelho Neto, no Jornal GGN:

Fraude em urnas é possível? Quem seriam os sete monges acima do bem e do mal, fiel à Democracia e acima de sentimentos mortais? Nunca imaginei que quem tomou o país no golpe fosse devolver no voto. Como a luta está ai, estamos nela. Hoje, minha desconfiança aumenta com uma nota que recebi: Quem está ganhando as eleições no Brasil é um norte-americano, da extrema direita nacionalista, chamado Steve Bannon.

Amoêdo é um Bolsonaro de banho tomado

Por Luís Felipe Miguel, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tem gente, mesmo na esquerda, que acredita que o banqueiro Amoêdo representa algo como uma direita extremada, mas democrática. Deve ser porque, ao contrário do outro, ele tem cara de quem toma banho todos os dias e sabe pronunciar palavras de quatro sílabas.

Hoje, ele assina artigo na Folha defendendo o voto no Coiso – sem ter coragem de citá-lo pelo nome, falando só em “votar contra o PT”. O grosso do texto é a repetição das simplificações típicas do Novo (sic) sobre o Estado mau e o mercado salvador. Aliás, o mercado é a fake news “signature” do Novo (sic).

domingo, 21 de outubro de 2018

A mídia internacional e o risco Bolsonaro

Charge: Marian Kamensky/Áustria
Por Altamiro Borges

É impressionante a postura acrítica, quase complacente, da mídia nativa diante do risco Bolsonaro. Para se opor às esquerdas, ao PT e às suas bandeiras – como justiça social, soberania nacional e desenvolvimento –, a chamada grande imprensa tenta naturalizar um fascistoide que lançará o país no caos econômico e na treva política. No mundo inteiro, os veículos de comunicação têm destacado o grave perigo, confirmando que o Brasil pode virar um pária internacional, com maiores dificuldades nas suas relações diplomáticas e comerciais. Nas últimas semanas, o temor foi motivo de várias reportagens e capas de jornais e revistas. Vale conferir algumas delas:


A marca do zapgate

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

“Segue o baile”, deve dizer hoje a presidente do TSE, Rosa Weber.

Apesar da repercussão e da cobrança da sociedade, não haverá anulação do primeiro turno, viciado pelo bombardeio de fakenews, como pediu o PDT, nem a candidatura de Bolsonaro será impugnada, como quer o PT.

Não se conclui um processo de impugnação em uma semana mas, considerada a gravidade dos fatos, o TSE não pode ficar na mera abertura da investigação.

O principal duto das fake news é o WhatsApp

Um fascismo do século XXI

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

Em seu ensaio “As novas faces do fascismo ( e novos fascismo sem rostos) na época “pós-fascista”, o pesquisador inglês Roger Griffin, no livro no qual dialoga com dezenas de estudiosos de vários países, usa a expressão “mentalidade Linha Maginot” para chamar a atenção sobre os pontos cegos nas teorias contemporâneas em sua incapacidade de identificar e compreender as novas ameaças do fascismo neste século XXI. A Linha Maginot, como se sabe, foi um conjunto de fortificações tidas como inexpugnáveis construídas pela França após a Primeira Guerra Mundial na fronteira com a Alemanha mas que foram rapidamente desbaratadas pela nova máquina de guerra de Hitler.