quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Luciano Huck, candidato do pesadelo de Doria

Por Hildegard Angel, em seu blog:

Cogitar o nome de Luciano Huck para candidato a Presidente da República não é novidade. Por volta de 2004, no Jornal do Brasil, esta repórter mencionava o projeto político do apresentador de se tornar presidente do Brasil. Desde então, acompanhamos o fôlego assistencialista dos seus programas de TV, com doação de casas aos pobres e restauração de seus carros velhos. O garoto da juventude dourada paulistana palmilhava com toda a paciência do mundo e muita simpatia a estrada poeirenta dos programas de auditório, das gravações nas areias de praia, das viagens ao interior do país, dos abraços e autógrafos e beijinhos sem ter fim, rumo – quem sabe? – ao destino final: Estação Planalto/Alvorada.

Equador e a nova temperatura sul-americana

Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A insurreição popular em curso no Equador nada fica a dever as grandes epopeias populares da luta anti-imperialista dos povos da América do Sul. Em 1969, o Cordobazzo apontou para o fim da ditadura Ongania, na Argentina, apressando um inevitável processo de democratização. Em 1989, o Caracazzo abriu caminho a um novo período histórico na Venezuela, que projetou a liderança de Hugo Chávez, até hoje referência no país - como confirmaram Donald Trump e Jair Bolsonaro, forçados a recuar do projeto de instalar o fantoche Juan Guaidó no lugar de Nicolás Maduro.

Salário mínimo fica sem aumento real

Da Rede Brasil Atual:

O Congresso aprovou na tarde desta quarta-feira (9) o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem. O PLN 5/2019 ratifica o fim da política de valorização do salário mínimo, que ficará sem aumento real (acima da inflação). Essa mudança também causa impacto naquelas aposentadorias vinculadas ao piso nacional, que ficam sem ganho real. Pela projeção atual para o INPC-IBGE, o mínimo ficaria em R$ 1.039 (conforme proposta do governo) ou em R$ 1.040 a partir de 1º de janeiro de 2020. O valor ainda pode mudar, dependendo da variação da inflação.

Equador: insurreição contra pacote neoliberal

Protesto contra as medidas de Lenin Moreno
Foto: Daniel Tapia/Reuters
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Os protestos da população do Equador, contra um pacote de medidas neoliberais imposto pelo governo e FMI, assumiram caráter semi-insurrecional nesta segunda-feira (7/10). Em Quito, multidões continuaram desafiando o Estado de Emergência e a prisão de mais de 500 pessoas. A greve geral nos transportes prosseguiu. Além disso, centenas de vias continuam interrompidas, há protesto permanente nas ruas e houve tentativa de tomar a sede do Legislativo. A revolta tomou as ruas das principais cidades do país desde quinta-feira (2/10), quando o Executivo anunciou um vasto leque de ações. O aumento (de 123%) preço dos combustíveis, com a retirada de subsídios, é apenas a mais vistosa delas. O pacote inclui uma contrarreforma trabalhista (bastante semelhante à vivida pelo Brasil em 2018), privatizações generalizadas e cortes dos gastos sociais.

CPI da Vaza-Jato! Chega de blindagem a Moro!

A justiça tarda, mas não falha

Janot em seu labirinto: arrogância psicopata

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Ao receber, por WhatsApp, o livro do ex-procurador-geral da República, quase cedi à tentação de encimar a coluna com o título “As Confissões de Janot”.

Meu inconsciente se insurgiu na madrugada. A rebelião do eu profundo disparou petardos contra a ignomínia de usar a palavra confissões para designar um livro contaminado por desatinos institucionais e atentados aos princípios da ordem jurídica liberal.

Alta madruga, o rebelado sussurrava: “As camadas superficiais de sua personalidade estão prestes a conspurcar Santo Agostinho e Rousseau”.

A reforma tributária da oposição

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Uma das principais causas da manutenção da desigualdade social no Brasil é a tributação injusta, que pesa sobre os mais pobres e privilegia os mais ricos. Uma inversão perversa de critérios, que não só prejudica os trabalhadores como limita a arrecadação e, por consequência, a capacidade de ação do estado em beneficio do povo. Assim, os pobres perdem duplamente: pagam mais impostos, proporcionalmente aos ricos, e têm reduzido o seu direito de acesso a serviços públicos. Este é raciocínio básico que justifica o projeto de “Reforma Tributária Justa, Solidária e Sustentável”, lançado ontem no Congresso pelos seis maiores partidos de oposição – PT, PCdoB, PDT, PSB, PSOL e Rede. A proposta é um contraponto à reforma apresentada pelo governo, que simplifica a tributação, mas mantém a injustiça.

Até o FMI questiona programa de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

Um marciano que visitasse o Brasil para estudar o programa econômico do governo Bolsonaro certamente anotaria que o Estado é entendido como uma das coisas ruins que se inventaram por aqui. Ele certamente sairia do país sem compreender por que há no governo uma receita que prescreve exatamente o que o mundo tem mostrado que não funciona. Caberia explicar-lhe que esse capitalismo do ministro Paulo Guedes é a negação do capitalismo de Adam Smith e de outros economistas da Escola Clássica.

O desespero dos carrascos da Lava-Jato

Líder do PSL: “Quintal de Bolsonaro está sujo”

Por Altamiro Borges

Temendo que as investigações sobre o laranjal do PSL cheguem ao seu clã, Jair Bolsonaro decidiu detonar o partido que lhe garantiu legenda para disputar a presidência da República. Em mais um “piriri verborrágico” em frente do Palácio do Planalto, o ingrato pediu a um seguidor babaca para apagar um vídeo em que pedia apoio à sua filiação no PSL. “Ó, cara, não divulga isso. O Bivar [Luciano Bivar, presidente nacional da sigla] está queimado para caramba. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido”.

Bolsonaro teme o brilho de Chico Buarque

Por Altamiro Borges

Já tratado mundialmente como um sujeitinho tosco, agressivo e arrogante – que “não está à altura do cargo” que ocupa no Brasil, como desabafou o presidente francês Emmanuel Macron –, Jair Bolsonaro está prestes a cometer mais um vexame planetário. Nesta terça-feira (8), na entrada do Palácio da Alvorada, ele sinalizou à imprensa que não assinará o diploma concedido ao compositor, cantor e escritor Chico Buarque pelo Prêmio Camões, o principal troféu literário da língua portuguesa.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Os prejuízos que a Lava-Jato impôs ao país

Bolsonaro detona os laranjas do PSL

Quem são os dez mais ricos do Brasil?

Sergio Moro não é um ponto fora da curva

WhatsApp admite uso de mensagens ilegais

Quem é João Doria?

Antes 'herói nacional', Janot amarga solidão

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Sergio Moro, Deltan Dallagnol e, agora, Rodrigo Janot: um a um vão caindo os “heróis nacionais” fabricados pela Operação Lava Jato.

Sentado ao centro de uma imensa mesa nos fundos da Livraria da Vila, nos Jardins, em São Paulo, com a caneta na mão para dar autógrafos, o ex-procurador geral da República Rodrigo Janot olha fixamente para ninguém à sua frente.

A seu lado, nenhum parente, amigo, colega de trabalho ou fã - é comovente a solidão do autor do livro “Nada Menos que Tudo”.

TCU manda suspender propaganda de Moro

Por Fernando Brito, em seu blog:

Em despacho publicado hoje, o ministro Vital do Rego, do Tribunal de Contas da União, resolveu suspender liminarmente a veiculação dos comerciais do governo federal em favor do chamado “pacote anticrime” de Sérgio Moro.

Ele atendeu pedido do Ministério Público e dos deputados Orlando Silva, Paulo Teixeira e Marcelo Freixo, que protestavam pelo fato de ser propaganda que não se configurava como de “utilidade pública” mas de conquista de apoiamento a um projeto de lei a ser votado pelo Congresso.