sábado, 7 de março de 2020

Eduardo Bolsonaro leva três surras na Câmara

Por Altamiro Borges

O filhote zero-três do “capetão”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), segue levando várias surras na seara política. Temendo ser derrotado no Congresso Nacional, no ano passado o paizão já havia desistido de presenteá-lo com o cargo de “embaixador do hambúrguer” nos EUA. Já nos últimos dias, com o retorno dos trabalhos legislativos, o pimpolho mimado, petulante e hidrófobo voltou a levar umas palmadas.

Petardo: Ronaldinho e outros bolsonaristas

Por Altamiro Borges

Da revista Época: "Admar Gonzaga, advogado de Jair Bolsonaro e ex-ministro do TSE, tornou-se réu por perturbação da tranquilidade da ex-mulher Élida Souza. Desde o ano passado, ele também é réu por supostamente bater na ex-mulher... A denúncia foi aceita pelo Tribunal de Justiça do DF".

***

Ainda segundo a notinha da Época, "Admar Gonzaga é acusado de perseguir a ex-mulher durante duas semanas de julho de 2017, após suposta agressão na então companheira. Ele é suspeito ainda de ter contratado um detetive particular". Só dá "gente do bem" no laranjal de Bolsonaro!

***

Outro bolsonarista que se enrolou nessa semana foi o ex-craque Ronaldinho Gaúcho, recém-nomeado embaixador do turismo pelo "capetão". Ele e seu irmão, o empresário Roberto Assis, foram detidos no Paraguai sob a acusação de uso de passaportes falsos para ingressar no país.

Bolsonaro envenena o povo brasileiro

Com o golpe, EUA castraram o Brasil

Regina Duarte, Bolsonaro e a cultura do pum!

Bolsonaro vai aos EUA negociar cassinos

Moro usa a mesma tática da ditadura

Pibinho de Bolsonaro frustra o mercado

400 mil suicídios de agricultores na Índia

O pibinho no Brasil de Guedes e Bolsonaro

E se o presidente fecha o Congresso e o STF?

O pibinho de Guedes e a destruição do país

sexta-feira, 6 de março de 2020

'Religião, mídia e poder' em debate no Barão

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No dia 17 de março, a partir das 19 horas, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove debate sobre religião, mídia e poder. A atividade contará com a presença do jornalista Gilberto Nascimento, do ativista ecumênico Anivaldo Padilha e de Andréa Dip, repórter da Agência Pública com sete prêmios jornalísticos na área de direitos humanos. A entrada é livre e haverá transmissão ao vivo pelo canal do Barão de Itararé no YouTube.

O Brasil em quarentena econômica

Por Fernando Brito, em seu blog:

O capital estrangeiro, como diria Dadá Maravilha, “fez que vinha, não veio, acabou indo”.

Já estava picando a mula antes do coronavírus, que está provocando, no mundo inteiro, uma corrida pela compra de títulos que – mesmo com juros baixíssimos e até negativos, são um porto seguro para o dinheiro.

Aqui, estamos num sinuca.

Baixar mais as taxas de juros implica em subir mais a taxa de câmbio, já ruinosa.

Elevá-las dificilmente trará dinheiro e não deterá os aumentos de preço, inevitáveis, do dólar alto.

O governo esmera-se em autopiedades, como esta invenção – jabuticaba das boas – de que “o PIB privado cresceu”, lançando uma categoria econômica inédita no mundo.

Bolsonaro aprofunda o atoleiro na economia

Editorial do site Vermelho:

Não são poucas as consequências do pífio crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,1% em 2019. Depois do mergulho na recessão iniciada em 2014, que se estendeu até 2016, o que se viu foi a economia patinando, quase sem sair do lugar. As causas dessa tragédia social são múltiplas, mas o determinante é o programa de governo adotado desde o início do processo do golpe do impeachment, em 2016.

PIB 2019: para além das manchetes

Por César Locatelli, no site Carta Maior:

A manchete que diz: “PIB cresce 1,1% em 2019 e fecha o ano em R$ 7,3 trilhões”, esconde que para voltar ao PIB de 2014 precisaríamos ter produzido cerca de R$ 230 bilhões a mais, que o PIB per capita foi 7,5% abaixo daquele de 2014 e que temos 26,4 milhões de trabalhadores subutilizados.

“Cambaleante”, talvez seja o adjetivo mais adequado para definir o comportamento da economia brasileira nos últimos anos. E o principal dano causado ao povo brasileiro é evidenciado pelo número de trabalhadores que a economia não consegue absorver.

Podemos dizer que, praticamente, um em cada quatro trabalhadores brasileiros ou está desempregado (11 milhões e 913 mil) ou deixou de procurar emprego por desalento (4 milhões e 698 mil) ou trabalha menos horas do que poderia e gostaria (6 milhões e 599 mil) ou pode e quer trabalhar mas não poderia começar na semana pesquisada (3 milhões e 180 mil).

A desmoralização das instituições

Por Bruno Luis Talpai, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A insensatez, o discurso de ódio e a violência institucional mostram-se os baluartes e os principais fatores da derrocada do Estado brasileiro sem a expressa perda de vigência da Constituição de 1988. A crise política, somado às inúmeras reinterpretações de direitos e garantias fundamentais de governos legitimados sob uma cortina de fumaça democrática, simplesmente sobre o aspecto formal, mostram-se veementemente autoritários e representam risco iminente à ordem constitucional, pairando o estado de exceção a poucos passos.

O acordo militar suspeito com os EUA

Por Marcelo Zero

I. Foi anunciado, com pompa e circunstância, que o Brasil celebrará um “acordo inédito” na área militar com os EUA, um triunfo da diplomacia subalterna do governo Bolsonaro.

II. Tal acordo, denominado Acordo para a Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação de Projetos em Matéria de Defesa (RDT&E, no acrônimo inglês) seria firmado na próxima viagem de Bolsonaro aos EUA (Miami), que se inicia em 7 de março, e possibilitaria o acesso do Brasil ao bilionário fundo norte-americano para o desenvolvimento tecnológico da defesa (cerca de US$ 100 bilhões anuais) e o desenvolvimento de “produtos binacionais” em armamentos. Nessa viagem, frise-se, Bolsonaro visitará instalações militares do Comando Sul.

III. Ora, em primeiro lugar, tal acordo não tem nada de “inédito”. Segundo as informações do Office of the Under Secretary of Defense for Acquisition and Sustainment, os EUA mantêm parcerias tecnológicas-militares semelhantes com os seguintes países: Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Dinamarca, Países Baixos, Noruega, Suécia, Finlândia, África do Sul, Israel, Coreia do Sul, Taiwan, Japão, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Índia e Chile.

Sobre vírus, parasitas e vampiros

Por Sônia Fleury, no site Outras Palavras:

O Vírus

A emergência e disseminação global do coronavírus Covid-19 tem trazido à tona medos e inseguranças em todas as sociedades e enormes especulações nas áreas financeira e econômica. Com a maior economia do mundo afetada em sua capacidade produtiva, tanto a demanda de commodities quanto a exportação de insumos para indústrias eletroeletrônicas e farmacêuticas já estão sendo comprometidas. Inúmeros outros impactos na indústria do turismo e na produção de feiras e eventos internacionais, no comércio exterior, já começam a ser sentidos. Além disso, o capital financeiro especulativo busca reduzir riscos, transladando-se para portos vistos como mais seguros. Ou seja, a circulação de pessoas, de mercadorias e de capitais está sendo afetada por uma epidemia que, em uma economia globalizada, pode se transformar rapidamente em uma pandemia.

PIB de 2020 pode ser pior que o 1,1% de 2019

Da Rede Brasil Atual:

Para o economista Marcio Pochmann, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o resultado do PIB de 2019, com crescimento “pífio” de 1,1%, revela que as “reformas” neoliberais – trabalhista e da Previdência – não alcançaram os resultados defendidos pela dupla Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, com o apoio da mídia tradicional, além de escancarar o “descompasso” entre as projeções do governo e do mercado e a realidade. “Se não houver uma mudança de rumos, a tendência é que o crescimento em 2020 seja ainda pior, em função dos impactos globais da epidemia de coronavírus”, afirma.