domingo, 6 de dezembro de 2020
Auxílio emergencial e crueldade bolsonarista
Editorial do site Vermelho:
Os milhões de brasileiros e brasileiras entre os mais pobres da população brasileira, que hoje dependem do auxílio emergencial para se alimentar, morar e vestir, serão abandonados à própria sorte, por decisão do governo Bolsonaro, a partir de janeiro. Usando argumento falso de que a economia estaria se recuperando em V – queda seguida de retomada –, com aumento de oferta de empregos, da poupança interna, decreta friamente que não seria “mais necessário auxílio governamentais”.
Os milhões de brasileiros e brasileiras entre os mais pobres da população brasileira, que hoje dependem do auxílio emergencial para se alimentar, morar e vestir, serão abandonados à própria sorte, por decisão do governo Bolsonaro, a partir de janeiro. Usando argumento falso de que a economia estaria se recuperando em V – queda seguida de retomada –, com aumento de oferta de empregos, da poupança interna, decreta friamente que não seria “mais necessário auxílio governamentais”.
O novo ciclo de devastação da Amazônia
Por Luís Fernando Novoa Garzón, no site Outras Palavras:
A incorporação da Amazônia, tal como vem sendo processada nas últimas décadas, implica na cristalização da condição de suplementaridade econômica do país como um fim em si mesmo. O desfazimento programado da Amazônia só pode acontecer em um país feito acessório e posto premeditadamente à deriva. Essa seletividade reversa, em favor da primarização e enxugamento das cadeias produtivas aqui instaladas, representa uma poda preventiva de cadeias de valor potenciais ou incompletas. Representa uma abdicação de trilhar habilitações pós-industriais e uma autocondenação a demandas exógenas de curto prazo. Ganhar pela escala e pelo volume significa perder o halo essencial que garante autonomia e trajetória consciente de uma coletividade. Eis o que significa o limiar da Amazônia, a sua negação como campo infindo de alternativas, ou seja, de repertórios de autonomia social, cultural e econômica.
A incorporação da Amazônia, tal como vem sendo processada nas últimas décadas, implica na cristalização da condição de suplementaridade econômica do país como um fim em si mesmo. O desfazimento programado da Amazônia só pode acontecer em um país feito acessório e posto premeditadamente à deriva. Essa seletividade reversa, em favor da primarização e enxugamento das cadeias produtivas aqui instaladas, representa uma poda preventiva de cadeias de valor potenciais ou incompletas. Representa uma abdicação de trilhar habilitações pós-industriais e uma autocondenação a demandas exógenas de curto prazo. Ganhar pela escala e pelo volume significa perder o halo essencial que garante autonomia e trajetória consciente de uma coletividade. Eis o que significa o limiar da Amazônia, a sua negação como campo infindo de alternativas, ou seja, de repertórios de autonomia social, cultural e econômica.
Sanitaristas brasileiros, uni-vos
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
O que parecia ser a maior crise sanitária dos últimos 100 anos pode ficar ainda pior. Os primeiros movimentos do governo Bolsonaro no planejamento da vacinação mostra que todo o acervo de estupidez, ignorância e negacionismo está sendo convocado.
Comandado por um mau militar (criticado por colegas de farda que se envergonham de sua submissão), secundado por outros maus militares no segundo e terceiros escalões, o Ministério da Saúde tem deixado claro que não tem capacidade de coordenar o complexo processo de imunização contra a covid-19.
Comandado por um mau militar (criticado por colegas de farda que se envergonham de sua submissão), secundado por outros maus militares no segundo e terceiros escalões, o Ministério da Saúde tem deixado claro que não tem capacidade de coordenar o complexo processo de imunização contra a covid-19.
Bolsonaro estimula o "novo cangaço"
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
No purgatório em que vivemos no Brasil, afligidos por tantos males, vamos deixando alguns acontecimentos em segundo plano, deixando de conectá-los com suas causas políticas, vale dizer, com a responsabilidade que por eles têm o desgoverno de Jair Bolsonaro.
Esta semana, por exemplo, bandos armados e violentos aterrorizaram os moradores de Criciúma (SC) e Cametá (PA).
Para estourar caixas eletrônicos do Banco do Brasil, eles chegaram em carros blindados, portando armas pesadas, como fuzis exclusivos das Forças Armadas ou importados, gastando munição a rodo para assustar a população.
No purgatório em que vivemos no Brasil, afligidos por tantos males, vamos deixando alguns acontecimentos em segundo plano, deixando de conectá-los com suas causas políticas, vale dizer, com a responsabilidade que por eles têm o desgoverno de Jair Bolsonaro.
Esta semana, por exemplo, bandos armados e violentos aterrorizaram os moradores de Criciúma (SC) e Cametá (PA).
Para estourar caixas eletrônicos do Banco do Brasil, eles chegaram em carros blindados, portando armas pesadas, como fuzis exclusivos das Forças Armadas ou importados, gastando munição a rodo para assustar a população.
“Bolsarney” e a velha “nova política”
Por Fernando Brito, em seu blog:
Nos jornais de hoje [4], explode a fossa que se tornou a eleição para o comando do Legislativo até 2022 (e é por 2022 que ele se tornou uma fossa).
Os votos de Gilmar Mendes e Dias Tóffoli para permitir a reeleição da presidência da Câmara e do Senado na mesma legislatura, permitindo a continuidade de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, em matéria de “jeitinho” anticonstitucional conseguiram ser superados pelo “jeitão” encontrado por Nunes Marques – o novo ministro, indicado por Bolsonaro – que diz que vale a reeleição para Alcolumbre, mas não para Maia (inimigo figadal do “Mito”), sob o argumento de que Maia já está “reeleito”, mesmo que no parlamento se considerem cada mandato e legislatura estanque em relação ao próximo.
Os votos de Gilmar Mendes e Dias Tóffoli para permitir a reeleição da presidência da Câmara e do Senado na mesma legislatura, permitindo a continuidade de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, em matéria de “jeitinho” anticonstitucional conseguiram ser superados pelo “jeitão” encontrado por Nunes Marques – o novo ministro, indicado por Bolsonaro – que diz que vale a reeleição para Alcolumbre, mas não para Maia (inimigo figadal do “Mito”), sob o argumento de que Maia já está “reeleito”, mesmo que no parlamento se considerem cada mandato e legislatura estanque em relação ao próximo.
Contratação de Moro é grave no plano ético
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
A contratação de Sergio Moro – ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro – pela empresa norte-americana de consultoria Alvarez & Marsal (A&M) “é algo grave no plano ético”, na opinião do jurista Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
“Ele não poderia trabalhar numa empresa que presta esse tipo de serviço a empresas que julgou em casos tão relevantes.”
Ex-condutor da operação Lava Jato em Curitiba, Sergio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão em 2017.
“Ele não poderia trabalhar numa empresa que presta esse tipo de serviço a empresas que julgou em casos tão relevantes.”
Ex-condutor da operação Lava Jato em Curitiba, Sergio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão em 2017.
Reitores impedidos de tomar posse protestam
Por Victor Ohana, na revista CartaCapital:
Reitores eleitos e impedidos de tomar posse em universidades e institutos federais publicaram uma carta de protesto nesta sexta-feira, 4, em que acusam o governo do presidente Jair Bolsonaro de promover “procedimentos danosos de intervenção” no ensino público superior.
São signatários do texto 14 reitores eleitos nas seguintes universidades federais: da Fronteira Sul (UFFS), do Piauí (UFPI), da Grande Dourados (UFGD), do Espírito Santo (UFES), do Triângulo Mineiro (UFTM), do Recôncavo da Bahia (UFRB), dos Vales do Jequitinhonha e Muriqui (UFVJM), do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Rural do Semi-Árido (UNIFERSA), do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Vale do São Francisco (UNIVASF), da Paraíba (UFPB) e do Ceará (UFC).
São signatários do texto 14 reitores eleitos nas seguintes universidades federais: da Fronteira Sul (UFFS), do Piauí (UFPI), da Grande Dourados (UFGD), do Espírito Santo (UFES), do Triângulo Mineiro (UFTM), do Recôncavo da Bahia (UFRB), dos Vales do Jequitinhonha e Muriqui (UFVJM), do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Rural do Semi-Árido (UNIFERSA), do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Vale do São Francisco (UNIVASF), da Paraíba (UFPB) e do Ceará (UFC).
sábado, 5 de dezembro de 2020
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
Uma frente ampla pela vida
Por Alexandre Padilha, no site Carta Maior:
Vitória e a derrota eleitoral não podem ser vistas apenas por uma perspectiva, em qualquer uma das duas possibilidades existem fatores positivos e negativos que devem ser observados, analisados e enfrentados seja por vencedores ou perdedores.
Os resultados eleitorais que findaram no domingo (29), trouxeram um sabor amargo para todos aqueles que esperavam renovação, garra e conquistas do projeto político popular. Contudo, este mesmo resultado trouxe esperança de que a esquerda tenha a cada dia um projeto menos analógico e mais digital e novas lideranças emergem com o respaldo popular, como Guilherme Boulos, Marília Arraes e Manuela D’ávila (está já uma grande liderança política nacional).
Vitória e a derrota eleitoral não podem ser vistas apenas por uma perspectiva, em qualquer uma das duas possibilidades existem fatores positivos e negativos que devem ser observados, analisados e enfrentados seja por vencedores ou perdedores.
Os resultados eleitorais que findaram no domingo (29), trouxeram um sabor amargo para todos aqueles que esperavam renovação, garra e conquistas do projeto político popular. Contudo, este mesmo resultado trouxe esperança de que a esquerda tenha a cada dia um projeto menos analógico e mais digital e novas lideranças emergem com o respaldo popular, como Guilherme Boulos, Marília Arraes e Manuela D’ávila (está já uma grande liderança política nacional).
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