terça-feira, 6 de abril de 2021

Operação midiática para salvar os militares

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


Os mesmos jornais que buscam, desesperados, construir uma “terceira via” entre Bolsonaro e Lula são hoje o centro de uma operação discursiva para salvar a elite fardada do desastre.

A operação ganhou força após a crise militar que levou à troca de comandantes nas três forças.

Pipocam colunas e entrevistas que vendem essa ilusão: os generais no fim “salvaram" o Brasil dos arroubos do capitão golpista, dizem analistas.

As Forças Armadas, chegou a afirmar um professor da Fundação Getúlio Vargas em entrevista ao jornal “Valor”, fazem agora parte do campo da centro direita (o tal centro democrático, que até ontem era bolsonarista até a medula) porque não aceitaram os “excessos” do capitão.

A tática parece evidente: puxar os militares pro lado da "direita liberal", derrubar Bolsonaro, colocando nele e apenas nele a responsabilidade pela tragédia, e levar Mourão ao poder com um governo de transição "técnico-mercadista” – viabilizando assim o passo seguinte do golpe.

Dia do Jornalista: Troféu Audálio Dantas

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Na data em que se comemoram o Dia do Jornalista e o Dia Mundial da Saúde, três grandes nomes do jornalismo brasileiro serão agraciados com o ‘Troféu Audálio Dantas – Indignação, Coragem, Esperança’. São eles Mara Régia di Perna, Luis Nassif e Jamil Chade. A cerimônia será às 7 da noite, em ambiente remoto, e poderá ser acompanhada pelo canal do YouTube da OBORÉ.

Bolsonaro e a questão militar

Por Jorge Gregory, no site Vermelho:


O mês de março encerrou com o Brasil assumindo definitivamente o papel de epicentro da pandemia. Com a disseminação do vírus absolutamente fora de controle, o país se transformou em celeiro de novas variantes e as restrições impostas aos brasileiros, em vários países, se tornam cada vez mais rígidas. Nações vizinhas começam a fechar fronteiras, colocando-nos em situação de total isolamento. O cientista Miguel Nicolelis avalia que estamos à beira de uma situação irreversível, onde a combinação de um colapso do sistema de saúde com um colapso funerário formará uma tempestade perfeita de cujos efeitos levaremos anos para nos recuperar.

Governo Bolsonaro está nas cordas

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Que mês, leitor, acabamos de vivenciar! Março de 2021 entrou para a história brasileira. Não me recordo de termos passado por um mês tão agitado em termos sociais, econômicos e políticos. O mais impressionante, claro, foi o agravamento alarmante, para não dizer aterrorizador, da crise de saúde pública associada à Covid-19. Não preciso descrever o quadro, que é de conhecimento geral.

A propagação descontrolada do vírus, com aumento exponencial do número de casos e mortes, acabou de enterrar as chances de uma recuperação significativa da economia brasileira. Uma economia que já não vinha bem sofreu mais um baque. É verdade que as projeções ainda estão indicando crescimento econômico em 2021. A pesquisa semanal feita pelo Banco Central junto a bancos, empresas não-financeiras e consultorias registra expectativa mediana de um aumento da ordem de 3% para o PIB. Esse dado é enganoso, porém. A taxa interanual (ano calendário sobre ano calendário) carrega um carry-over (herança estatística) de cerca de 3,5% em 2021. Isso significa que uma taxa de crescimento de 3% corresponderia a uma queda da atividade ao longo do ano. Ou seja, comparando-se o quarto trimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado haveria pequena redução do PIB.

A troca no comando do Itamaraty

Por Beatriz Bandeira de Mello e João Feres Jr., no site Manchetômetro:

Na última segunda-feira (29/3), Ernesto Araújo foi substituído por Carlos Alberto Franco França no comando do Ministério de Relações Exteriores. Araújo, uma figura próxima da família Bolsonaro e inexperiente na carreira diplomática, deixou o Itamaraty após trajetória vergonhosa à frente do Ministério. Ao longo de dois anos, o ex-ministro colecionou polêmicas, erros e declarações vexatórias que provocaram atritos com alguns dos principais parceiros comerciais e diplomáticos do Brasil, dentre eles a China, conforme já mostrou artigo do Manchetômetro. O aspecto de maior destaque da gestão Araújo, porém, foi a subordinação do Brasil aos Estados Unidos e, principalmente, à figura de Donald Trump, considerado pelo bolsonarismo como grande guia moral e modelo.

Quando a intenção é dizimar fiéis

Por Simão Zygband, no site Construir Resistência:


Uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para compor o Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou através de decisão liminar concedida no sábado, a realização de cultos e missas presenciais. A liminar contraria decisão anterior do STF, que por unanimidade conferiu a estados e municípios autonomia para adotar medidas restritivas.

A determinação do ministro Kassio Nunes, de liberar a abertura de templos, ocorre durante o período mais crítico da evolução da pandemia por coronavírus no país, onde mais de 331 mil pessoas já morreram, entre os mais de 13 milhões de infectados.

O vergonhoso Ministro Kassio Nunes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em uma casa que, nas últimas décadas, foi chacoalhada por manobras oportunistas de toda espécie, por assomos de vaidade, por fraquezas inconcebíveis a Ministros da Suprema Corte, nada se compara ao gesto do Ministro bolsonarista Kassio Nunes. É o fundo do poço.

Que ele queira representar o pensamento bolsonarista na Corte, entende-se.

Afinal, ele foi indicado por Bolsonaro. Mas a manobra realizada é desabonadora para sua biografia e o transforma na pior figura da Suprema Corte, pelo menos desde a redemocratização.

STF quer uma anticandidatura em 2022?

Por Antonio Barbosa Filho

Caso o Supremo Tribunal Federal insista em bloquear, artificial e ilegalmente, os direitos políticos do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, estará abrindo caminho a ações não-ortodoxas da oposição e das esquerdas em particular. A resposta a tal casualismo jurídico não poderá ficar nas "Notas Oficiais", lives indignadas e manifestos de intelectuais diante de mais um golpe consumado.

Uma das opções que entram no jogo poderia ser uma anticandidatura, mais ou menos nos moldes da que Ulysses Guimarães encabeçou em 1974, quando era impossível derrotar o general indicado pelos militares num Colégio Eleitoral manipulado. Era uma farsa, da qual a oposição estava destinada a participar para coonestar o jogo da ditadura, dando alguma legitimidade ao general "eleito".

O trauma na pandemia do coronavírus

Orçamento e as necessidades da maioria

Pandemia, racismo e a guerra às drogas

Os golpes contra a democracia brasileira

segunda-feira, 5 de abril de 2021

O “kit Satanás” de Roberto Jefferson

Por Altamiro Borges

O bolsonarista Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, está precisando urgentemente de uma camisa-de-força. Ele surtou de vez! No final de março, ele propôs a criação de milícias para "dar um pau" na guarda municipal de Juiz de Fora, o que revoltou os agentes da segurança pública da cidade mineira. Agora, o maluco defende um tal "kit anti-satanás".

Em vídeo postado na sexta-feira passada (2), o ex-deputado convidou os seus fanáticos a se armarem contra "quem quer fechar igrejas" – criticando os que defendem medidas de isolamento social contra a Covid-19. Empunhando uma arma, o fascistoide exibiu o que chamou de "Kit anti-satanás" e pregou abertamente o uso da violência:

Ministro do STF libera cultos, missas e dízimos

Por Altamiro Borges

Acatando pedido da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure), que deve estar muito preocupada com a queda dos dízimos, o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou a realização de cultos religiosos com a presença do público no momento mais dramático e mortal da pandemia da Covid-19 no Brasil. A decisão foi publicada em pleno sábado (3) e derruba decretos municipais e estaduais que impunham restrições a cultos e missas.

Vingativo, Bolsonaro veta editais nos jornalões

Por Altamiro Borges

O fascista Jair Bolsonaro – que foi chocado pela mídia, mas não tolera suas críticas – acaba de vetar trechos da nova Lei de Licitações que obrigavam a publicação de editais em jornais de grande circulação. Com isso, os jornalões – que já enfrentam uma grave crise do seu modelo de negócios – terão ainda maiores dificuldades para sobreviver.

Segundo matéria postada nesta segunda-feira (5) no site Poder-360, o presidente sancionou o novo marco legal de licitações com 26 vetos à lei aprovada pelo Congresso Nacional. "Entre as mudanças, vetou trechos que obrigavam a publicação de editais de licitações no Diário Oficial e em jornais impressos".

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