terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

O papel do Estado e o neoliberalismo em xeque

Capitão Arrego e São Olavo de Carvalho

A indústria das armas e o golpe de Bolsonaro

Moro e o sinistro caso Alvarez & Marçal

Tucanos históricos fritam João Doria

Charge: Milton César
Por Altamiro Borges

Não é só o ex-juizeco Sergio Moro que empacou nas pesquisas e sofre boicote até em seu próprio partido – o Podemos. A Folha de S.Paulo noticiou recentemente que o governador paulista João Doria está sendo fritado no PSDB. Há várias ações em curso para sabotar sua candidatura presidencial e, de quebra, derrotar seu serviçal na disputa pelo governo estadual.

Segundo a reportagem, assinada por Carolina Linhares, a campanha do ricaço ambicioso, que venceu as prévias da sigla em novembro do ano passado, enfrenta “uma série de dificuldades, como a divisão no partido, alta taxa de rejeição, falta de alianças e até uma dissidência tucana a favor da candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS)”.

Deputados bolsonaristas rejeitam Carluxo

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges

Carluxo Bolsonaro (Republicanos-RJ) ainda vai dar muita dor de cabeça ao paizão em sua campanha pela reeleição. O site Metrópoles informa que o vereador psicopata "não tem bom relacionamento nem mesmo com aliados no Rio de Janeiro. Deputados bolsonaristas do estado não têm proximidade com o segundo filho mais velho de Jair Bolsonaro e o consideram 'uma pessoa difícil de lidar'".

Ainda segundo a venenosa notinha postada no sábado (29), "grande parte dos deputados que se consideram 'soldados do presidente', tanto os federais quanto os estaduais, tem bom relacionamento com Flávio e Eduardo, irmãos do vereador – principalmente com o primeiro. A avaliação é que Carluxo é uma figura instável".

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Militares prestarão continência a Lula?

Por que eleitor de Bolsonaro votará em Lula?

Charge: Brum
Por Esther Solano, na revista CartaCapital:


Durante estes últimos dias, ando a conversar com eleitores de Norte a Sul do País dos mais diversos perfis, mas todos com um denominador comum, votaram em Bolsonaro em 2018 e votarão em Lula em 2022.

Vamos entender os argumentos dos Bolsolulas, pois entendê-los é entender o Brasil. Entendê-los é entender as eleições deste ano:

1. Todos confessaram nas entrevistas ter votado em Bolsonaro por desejo de mudança, por um sentimento de frustração total com o sistema político. A tirania do novo. A desolação com um sistema representativo que abandona mais do que representa e deixa aberta a porta para os monstros.

2. Todos disseram também que a Operação Lava Jato foi um elemento decisivo do seu voto. Acreditaram nela, acreditaram em Sergio Moro, acreditaram na culpa do PT, acreditaram na culpa de Lula.

O que fazer no quartel?

Charge: Duke
Por Manuel Domingos Neto

Democratas sinceros dizem: os militares devem voltar ao quartel. Se mal pergunto: fazer o quê?

Formar novos Bolsonaros, Helenos, Villas Boas, Pazuellos, Etchegoyens ou coisa pior?

Desenvolver “sinergias” com o Judiciário e outros braços do Estado, como aponta Piero Leirner? Cooptar aliados civis distribuindo medalhas a mão cheia, como alerta Ana Penido? Melar a disputa eleitoral com tuitadas, versões contemporâneas de sempiternas ameaças à ordem democrática, como frisa Eliézer Rizzo? Pintar meio fio, como sugeriu, num desabafo, Cristina Serra? Atuar como empreiteira obras de engenharia, como mencionou Lula? Manter operante a “família militar”, a maior e mais tresloucada organização política reacionária do país?

Não basta a eleição de Lula

Charge: Jota Camelo
Por Fernando Morais

O estimulante anúncio de Lula de que, eleito presidente, anulará a reforma trabalhista, a exemplo do que ocorreu na Espanha, soou para a maioria dos trabalhadores brasileiros como uma luz no fim do túnel cavado pelos golpistas que derrubaram Dilma e elegeram Bolsonaro presidente.

A perspectiva de recuperar direitos trabalhistas tungados pela reforma e remontar a máquina social e econômica desmantelada pela dupla Temer-Bolsonaro desperta nos brasileiros a consistente esperança de que é possível, sim, reconstruir o país.

Mas sabe Lula e sabemos todos nós que isso não se dará num passe de mágica, um dia após a mudança de governo. Lembro-me de um episódio de iniciativa do então senador paranaense Roberto Requião (MDB-PR).

O perigo de ser injusto com Moro

Charge: Pxeira
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Há todo um reboliço porque o ex-juiz parcial e manipulador Sérgio Moro admitiu que ganhou de uma empresa estrangeira 656 mil dólares.

Considerando que isso seja verdade, ou seja, que tenha sido essa a quantia real, devo admitir que já ganhei bem mais. Muito mais. Com pequenas diferenças, é claro.

O que eu ganhei de empresas nacionais e estrangeiras foi ao longo de mais de meio século de trabalho, e ele teria ganho isso, se é que foi só isso, em menos de um ano sem que ninguém saiba ao certo o que fez.

Tudo bem: tenho amigos especialmente bem sucedidos capazes, como eu, de superar a quantia declarada pelo ex-juiz manipulador e desonesto.

Mas até mesmo o mais bem sucedidos deles dificilmente alcançaria esse patamar em menos de um ano de trabalho, considerando que, no caso de Moro, tenha existido algum trabalho.

A "lista suja" do trabalho escravo

Militares neutralizarão golpe de Bolsonaro?

Big Brother é lavagem cerebral?

As mentiras antivacina no Spotify

Desdobramentos políticos do Orçamento-2022

domingo, 30 de janeiro de 2022

General detona Bolsonaro: traidor, covarde!

Por Altamiro Borges


Em entrevista à edição desta semana da revista IstoÉ, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, detonou o presidente, chamando-o de "traidor", "canalha", “criminoso” e "covarde". Agora como cabo-eleitoral do ex-juizeco Sergio Moro, o milico sonha em disputar uma vaga ao Senado pelo Podemos.

Entre outras críticas, o direitista Santos Cruz disparou: “Muita gente que votou em Bolsonaro acreditava no discurso dele. Mas ele é um traidor de carteirinha. O seu governo destruiu a direita e o conservadorismo". Será que os torpedos do ex-ministro refletem alguma crise na área militar, uma sinalização de que a milicada pode abandonar o “capetão”?

Lava-Jato rende ganhos 10 vezes maiores a Moro

Charge: Vasqs
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Depois de muita pressão, o juiz-ladrão declarado suspeito pela Suprema Corte do país, Sérgio Moro, finalmente revelou que recebeu cerca de R$ 3,6 milhões da empresa de consultoria dos EUA Alvarez & Marsal por um ano de trabalho.

Formalmente, sem se considerar os privilégios, os artifícios, as bandalheiras, as regalias nababescas e outros dispositivos escandalosamente antirrepublicanos, o salário anual de um juiz federal fica ao redor de R$ 360 mil.

Este valor altíssimo até mesmo para os padrões internacionais, equivale a “apenas” 1/10 [uma décima] parte da retribuição recebida por Moro pela Alvarez & Marsal em apenas um ano.

Isso significa, portanto, que no contrato que firmou com a empresa dos EUA depois de sair do ministério bolsonarista da Justiça, Sérgio Moro ganhou num único ano o valor que precisaria trabalhar durante 10 – dez – anos para ganhar como juiz federal. Um upgrade e tanto.

O bolsonarismo e o "fetiche de Jacarta"

Caricatura: Marcos Guilherme‎
Por Luciano Martins Costa, no site Prensa:

A leitura das principais publicações do País, a audiência de podcasts jornalísticos e dos programas de análise política do rádio e da TV deixam a impressão de que o presidente da República não se incomoda nem um pouco com as críticas, mesmo aquelas feitas em tom de deboche e de alta agressividade. É como se ele não apenas tolerasse, mas parece receber tais agressões com enorme prazer, como parte do preço a pagar por um projeto inconfessável.

Lula e Alckmin: boa notícia para a democracia

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fábio Kerche, no site Latinoamérica21:

A provável chapa Lula-Alckmin para a eleição presidencial de 2022 causou grande reboliço no debate público. Disputas acaloradas foram travadas entre aqueles que sentiram o potencial da dobradinha, os contrários a Lula, e por aqueles que ficaram decepcionados com uma aliança da esquerda com um representante da centro-direita.

Entre os simpatizantes de Lula, a crítica veio em dois sentidos. Alguns escreveram que Alckmin não traria votos para Lula. Pelo contrário, o ex-presidente poderia até perder apoio.

Outros centravam suas observações em aspectos ideológicos, reclamando que o ex-governador tucano impediria Lula de fazer um governo mais à esquerda, tendo que ceder para uma política mais conservadora.