Por Cristina Serra, em seu blog:
Amanhã (02/10), temos a chance de fechar o ciclo maldito iniciado em 1964 e que se renovou em 2016. No golpe contra Dilma, na Câmara, o voto-vômito de Bolsonaro, na fúria daquele abril, assinalou o triunfo do padrão golpista, que nos rebaixa como país desde a fundação da república.
No Brasil do século 21, não dá mais para tolerar militares que se acham tutores do poder civil, que se sentem à vontade para ameaçar eleições, para elogiar um regime que matou, torturou e roubou utopias e a brisa das liberdades por 21 anos.
A derrota de Bolsonaro, de sua indigência moral e mental e de seu gangsterismo fascistóide, tem que ser, também, a volta definitiva dos fardados aos quartéis. Para que nunca mais seja profanado o plenário onde Ulysses Guimarães, em 1988, mirou o futuro: “Traidor da Constituição é traidor da pátria. (…) Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo.”
domingo, 2 de outubro de 2022
Vitória do Lula e o começo do fim do pesadelo
Foto: Ricardo Stuckert |
Lula é o vencedor da eleição presidencial de 2022.
Esta eleição será vencida por Lula – se não for hoje, já no primeiro turno, será no último domingo deste mês, 30 de outubro.
A lógica e a racionalidade política confirmam que é remota a hipótese de Lula ver seu retorno à presidência do Brasil mais uma vez adiado, como aconteceu em 2018.
Assim como hoje, na eleição passada Lula também era um candidato imbatível. Ele certamente voltaria à Presidência da República, e com uma votação estrondosa.
Por isso as oligarquias colocaram a gangue da Lava Jato em operação para trapacear o sistema de justiça e a democracia e prender Lula numa masmorra, longe das urnas, para ele não poder votar e, principalmente, para ele não poder ser votado e, assim, ser eleito.
O eleitor na hora do pênalti
Por Juca Kfouri
Atenção, esta coluna abre com "spoiler" de resenha de filme e livro indevidamente copiada do Google: "‘O Medo do Goleiro diante do Pênalti’, de 1972, é o primeiro longa-metragem do alemão Wim Wenders.
Baseado no romance homônimo de Peter Handke, conta a história do goleiro Joseph Bloch, que, depois de perder um pênalti durante um jogo em Viena, é substituído.
Sem cortes, seguem os desdobramentos: vemos o goleiro se afastar do campo, sair vagando pela cidade, entrar num cinema, não conseguir completar uma chamada telefônica e voltar só para um hotel barato onde está hospedado.
No dia seguinte, novas perambulações, marca um encontro com a moça da bilheteria do cinema e, sem motivo aparente, mata-a durante a noite. Segue sua vida, como se nada fosse, à espera de que a polícia se aproxime".
Atenção, esta coluna abre com "spoiler" de resenha de filme e livro indevidamente copiada do Google: "‘O Medo do Goleiro diante do Pênalti’, de 1972, é o primeiro longa-metragem do alemão Wim Wenders.
Baseado no romance homônimo de Peter Handke, conta a história do goleiro Joseph Bloch, que, depois de perder um pênalti durante um jogo em Viena, é substituído.
Sem cortes, seguem os desdobramentos: vemos o goleiro se afastar do campo, sair vagando pela cidade, entrar num cinema, não conseguir completar uma chamada telefônica e voltar só para um hotel barato onde está hospedado.
No dia seguinte, novas perambulações, marca um encontro com a moça da bilheteria do cinema e, sem motivo aparente, mata-a durante a noite. Segue sua vida, como se nada fosse, à espera de que a polícia se aproxime".
sábado, 1 de outubro de 2022
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
A hora decisiva
Fortaleza, 30/9/22. Foto: Ricardo Stuckert |
Ao que tudo indica, a ansiada eleição de Lula é já um fato inafastável. A dúvida é se ela se dará no segundo turno, ou já no primeiro. Enquanto o ex-presidente cresce na aceitação eleitoral, segundo a unanimidade das pesquisas, seu adversário dá sinais de estagnação, e mesmo de pequeno recuo. Os que observam o processo político-eleitoral concluem que o capitão terá alcançado seu teto; e, nele estacionado, irremediavelmente perderá na eventualidade de um segundo turno, por larga diferença. E tende a perder no primeiro, o que é a melhor alternativa para o país, ainda que se dê por margem estreita. É nesta alternativa que devemos apostar todas as fichas. No que valem as análises e as previsões dos especialistas, a distância entre haver ou não segundo turno está na chamada margem de erro dos tantos institutos de pesquisa, ou seja, algo próximo de 2%, indicando que Lula pode vencer com 51/52% do total dos votos; diferença que se consolida na medida em que cresce o apoio que vem conquistando junto ao eleitorado de centro e centro-direita (rótulo que abriga os ditos liberais e a moribunda socialdemocracia paulista, além de setores empresariais assustados), antes infenso à sua candidatura.
Bom domingo!
Charge: Aroeira |
Esta semana o texto é curto porque as expectativas são enormes.
Para o ativista convencido da necessidade de vitória de Lula no primeiro turno e empenhado em conseguir mais eleitores para esse voto útil e, mesmo para o eleitor que apenas prepara seu voto, recomendo a atenção à chapa completa a ser digitada no dia 2, valorizando também os candidatos aos Legislativos e para os governos estaduais.
Como não haverá a possibilidade de levar o celular para a cabine de votação será preciso memorizar os números da chapa escolhida ou se garantir com a tradicional “colinha”.
Para o ativista convencido da necessidade de vitória de Lula no primeiro turno e empenhado em conseguir mais eleitores para esse voto útil e, mesmo para o eleitor que apenas prepara seu voto, recomendo a atenção à chapa completa a ser digitada no dia 2, valorizando também os candidatos aos Legislativos e para os governos estaduais.
Como não haverá a possibilidade de levar o celular para a cabine de votação será preciso memorizar os números da chapa escolhida ou se garantir com a tradicional “colinha”.
Agora precisam de Lula para tirar o monstro
Salvador, 30/9/22. Foto: Ricardo Stuckert |
Os três primeiros lustros do século XXI foram tenebrosos para nossas classes dominantes. É bem verdade que nossos latifundiários, nossos banqueiros, nossos grandes industriais e nossa alta classe média nunca tinham ganhado tanto dinheiro como nesse período. Mas, havia algo terrível que eles não podiam tolerar.
Pela primeira vez em nossa história, o país estava sendo governado por alguém que se empenhava para que pelo menos uma parcela da riqueza gerada pela nação fosse destinada a atender as necessidades das maiorias trabalhadoras. E foi esta a motivação principal para gerar um pandemônio e instigar o ódio de muita gente na busca para pôr fim àquele estado de coisas.
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