terça-feira, 22 de novembro de 2022
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
Lula prepara ofensiva contra o golpismo
Foto: Ricardo Stuckert |
Interceptado por uma pequena cirurgia nas cordas vocais, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deverá vir a Brasília, amanhã, para consolidar a formação dos grupos de Inteligência e da Defesa, últimos tijolos do edifício da transição sobre os quais se pretendem erguer uma nova organização capaz de expulsar dois anátemas do serviço público nacional: o militar golpista e o espião de anedota.
O primeiro grupo vai se aprofundar no mundo de sombras e pântanos que se transformou, no governo Bolsonaro, o setor de inteligência do Estado, uma anarquia de bolsões de arapongas que deixaram de se comunicar pelas vias institucionais para atender às demandas pessoais do presidente e de seus filhos delinquentes.
A direita vai aprender a lição?
Charge: Cau Gomez |
Manifestações, silêncios e cochichos golpistas – como as mensagens vazadas do ministro Augusto Nardes, do TCU, dizendo que “”está acontecendo um movimento muito forte nas casernas” contra o resultado das eleições – representam um alerta não apenas de que não se pode relaxar na defesa da democracia e do combate a quem a tenta derrubar, mas para a direita “civilizada” e à centro-direita.
Avisam a quem quiser ver que o bolsonarismo está vivo e forte e, portanto, não vai dar a ela mais – e provavelmente, bem menos – que as oportunidades que teve nas últimas eleições, quando tentou, por longos meses, formara tal “terceira via” que a deixou sem perspectivas eleitorais, inclusive no 2° turno.
Bloqueios golpistas são desarticulados
Charge: Adnael |
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou neste sábado (19) que quase todos os bloqueios bolsonaristas registrados nas estradas brasileiras ao longo do dia foram desfeitos.
Pela manhã a PRF havia registrado 18 localidades com fluxo totalmente interditado.
Horas depois, no meio da tarde, eram 10 regiões nessa situação. O boletim informativo divulgado no fim do dia contabilizava 5 bloqueios.
Os problemas se concentraram em alguns municípios de Rondônia, Pará, Mato Grosso e Paraná.
Porto Velho (RO) foi a única capital que registrou interrupções.
Teto de gastos é uma jabuticaba que azedou
Charge: Amarildo/A Gazeta |
O modelo de teto de gastos brasileiro é uma jabuticaba azeda.
Jabuticaba porque só tem no Brasil. Azeda porque fracassou totalmente.
E o fracasso reside justamente no fato de que nosso modelo é um ponto fora da curva na experiência internacional de tetos de gastos e de regras fiscais.
Em primeiro lugar, a experiência brasileira tem um escopo bem mais ambicioso que as das experiências internacionais.
Nos países da União Europeia, por exemplo, o principal objetivo do teto era e é, basicamente, estabilizar o montante de gasto em relação ao PIB e garantir a sustentabilidade da dívida.
No Brasil, o objetivo maior é reduzir a participação do Estado na economia. Sua finalidade é estrangular o crescimento das despesas obrigatórias criadas pela Carta Magna e fulminar o incipiente Estado do Bem Estar que ela gerou. Assim, visa-se conter, sobretudo, o crescimento das despesas sociais.
domingo, 20 de novembro de 2022
Golpistas da mídia tentam cercar Lula
Charge: Mau |
Nem se pode falar em lua de mel. Afinal, o casamento - que seria a posse no Planalto - ainda não se realizou.
Mesmo assim, os mesmos jornais que se dedicaram a sabotar o governo Lula desde o primeiro mandato, no escândalo forjado do mensalão, no já distante 5 de junho de 2005 - 17 anos atrás! - já voltaram a carga.
A pressão covarde sobre Guido Mantega o levou a deixar o grupo de transição numa batalha que já se mostra dura e tensa pelo controle da equipe econômica de um país que já teve nos anos Lula-Dilma foi o sexto PIB do planeta.
Mais uma vez, debate-se os rumos de nossa riqueza, a quem ela deve beneficiar, quem será prejudicado - e quem vai dirigir o processo.
Esclarecendo um ponto.
Lula, a fome e o mercado
Charge: Bruno Struzani |
O mercado toma café, almoça e janta, mas ficou todo arrepiado e histérico quando Lula repetiu o que vem falando há décadas: que o combate à fome é sua prioridade. E que é preciso discutir, sim, o que é gasto, o que é investimento, regra de ouro e outros parâmetros que acabam deixando pouco espaço para incluir o pobre no orçamento público.
Lula tem legitimidade para pautar esse debate. Não é um doidivanas. Tem histórico de responsabilidade fiscal em seus dois mandatos anteriores. A equipe de transição (com Alckmin no comando e a presença de Pérsio Arida e Lara Resende entre seus economistas) também aponta para o equilíbrio entre o controle das contas e as urgências sociais neste terceiro mandato, como os 33 milhões de brasileiros de barriga vazia.
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