segunda-feira, 8 de maio de 2023
domingo, 7 de maio de 2023
Mídia periférica não é só notícia triste
Foto: Elineudo Meira (Choquito) |
Do que a mídia periférica fala? De tudo! O recado é da Laís Diogo, que atua há seis anos no Periferia em Movimento, produtora de “jornalismo de quebrada”. “Falamos desde o Grajaú [zona sul de São Paulo], mas falamos do mundo inteiro a partir do Grajaú”, afirma a estudante de Serviço Social.
A ideia é endossada por Gisele Alexandre, jornalista, fundadora do podcast Manda Notícias e editora-chefe do jornal independente Espaço do Povo, localizado na favela do Paraisópolis, também na capital paulista.
Há conciliação com a Faria Lima?
Charge: Aziz |
Estou entre os críticos mais insistentes, mais renitentes da política de juros do Banco Central. Fora o presidente Lula, claro, que é hors concours. Ele tem feito críticas sempre pertinentes, quase sempre certeiras. Volto à carga hoje, acompanhando modestamente os esforços críticos do nosso Presidente.
O tema é vasto, mereceria um ensaio de 50 páginas, no mínimo. Vou tentar ser sintético. Começo com os apelos do ministro Haddad, que há algum tempo vem pedindo harmonia entre as políticas monetária e fiscal. Faz todo sentido. O termo mais usado na literatura é coordenação fiscal-monetária. Em todos os países razoavelmente organizados, mesmo um BC autônomo se vê obrigado a coordenar as suas ações com as do Tesouro. Isso significa não só a troca regular de informações entre as duas instâncias, mas o cuidado de levar em conta as ações da outra parte na definição e implementação das suas. Se há alguma prevalência, esta é das autoridades fiscais, que representam o governo eleito. Em alguns países, o Tesouro tem até mesmo representação formal nos comitês que definem a política monetária.
sexta-feira, 5 de maio de 2023
Os obstáculos às mudanças na América Latina
Mural de Jorge González Camarena, Presença latino-americana, 1964-65/Universidade de Concepción, Chile |
A América Latina parece atravessar sua segunda onda progressista deste século, com governantes comprometidos com os interesses dos povos e orientados por projetos de transformação do panorama social e político, desenvolvimento soberano das nações, integração solidária dos países latino-americanos e caribenhos, combate às desigualdades e promoção do bem estar social.
É preciso recordar que a primeira “onda vermelha”, como foi caraterizada por alguns observadores, ocorreu na primeira década do século 21, após a eleição de Hugo Chávez na Venezuela (1988), que foi seguida pela vitória de Lula no Brasil, Nestor Kirchner na Argentina, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, Manoel Zelaya em Honduras e Fernando Lugo no Paraguai.
É preciso recordar que a primeira “onda vermelha”, como foi caraterizada por alguns observadores, ocorreu na primeira década do século 21, após a eleição de Hugo Chávez na Venezuela (1988), que foi seguida pela vitória de Lula no Brasil, Nestor Kirchner na Argentina, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, Manoel Zelaya em Honduras e Fernando Lugo no Paraguai.
Nunca mais vote nelas!
Dez deputadas de direita, alinhadas com o bolsonarismo, votaram contra o Projeto de Lei do governo Lula que prevê que as empresas sejam obrigadas a pagar salário idêntico a homens e mulheres desempenhando a mesma função, sob pena de multa. O projeto foi aprovado nesta quinta-feira na Câmara e vai ao Senado, com o voto contrário de 36 deputados da direita ou extrema direita. Votaram a favor 325 parlamentares.
As deputadas mulheres que votaram contra foram: Adriana Ventura (Novo-SP), Any Ortiz (Cidadania-RS), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Caroline de Toni (PL-SC), Chris Tonietto (PL-RJ), Dani Cunha (União-RJ), Julia Zanatta (PL-SC), Rosângela Moro (União-SP) e Silvia Waiãpi (PL-AP). Guardem estes nomes para rechaçar na próxima eleição.
As deputadas mulheres que votaram contra foram: Adriana Ventura (Novo-SP), Any Ortiz (Cidadania-RS), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Caroline de Toni (PL-SC), Chris Tonietto (PL-RJ), Dani Cunha (União-RJ), Julia Zanatta (PL-SC), Rosângela Moro (União-SP) e Silvia Waiãpi (PL-AP). Guardem estes nomes para rechaçar na próxima eleição.
Única saída é guerra total aos juros do BC
Charge: Gilmar |
1) Já está claro como água que são inúteis as negociações tentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na base do apelo ao bom senso e aos interesses do país.
2) O problema é que o bolsonarista que preside o BC está convencido de que a história lhe deu de presente a oportunidade de ouro de sabotar o governo do líder popular que se elegeu defendendo desenvolvimento econômico e a consequente geração de emprego e renda.
3) Tampouco adianta chamar à razão os terraplanistas econômicos do Conselho de Política Monetária (como os define o jornalista Luis Nassif), pois argumentos racionais não comovem o Copom. Eles não querem nem saber, por exemplo, que não existe inflação de demanda no Brasil.
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