quarta-feira, 27 de março de 2024
terça-feira, 26 de março de 2024
General Braga Netto será preso em breve?
Charge: Adnael |
A agência britânica de notícias Reuters publicou nesta segunda-feira (25) uma longa matéria que complica ainda mais a vida do general Walter Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa do fascista Jair Bolsonaro e seu candidato à vice-presidência da República. Ela confirma que o milico foi um dos principais mentores da tentativa golpista de impedir a posse de Lula. Diante da nova denúncia, cresce a pressão pela sua imediata prisão e já há boatos de que ele será rifado inclusive pelo alto-comando do Exército, que tenta limpar a desgastada imagem das Forças Armadas.
A mídia burguesa e o golpe militar de 1964
Tomada do forte de Copacabana durante golpe militar em 1964. Foto: Evandro Teixeira |
Segunda-feira, 1º de abril, marca os 60 anos do trágico golpe civil-militar de 1964. Na época, o imperialismo estadunidense, os latifundiários e parte da burguesia nativa derrubaram o governo democraticamente eleito de João Goulart. A chamada grande imprensa teve papel destacado nos preparativos do golpe. Na sequência, muitos jornais seguiram apoiando a ditadura, as suas torturas e assassinatos. Outros engoliram o seu próprio veneno, sofrendo censura e perseguições.
Neste triste momento da história brasileira, vale à pena registrar os editoriais dos jornais burgueses – que clamaram pelo golpe, aplaudiram a instalação da ditadura militar e elogiaram a sua violência contra os democratas. Ontem como hoje, a mídia privada continua orquestrando golpes contra a democracia. Daí a importância de relembrar sempre os seus editoriais da época:
Por que não uma revolução na saúde?
Foto: Ricardo Stuckert |
Decididamente não vivemos uma conjuntura para amadores. Governar em um quadro desafiador como o atual é o x do problema para o PT, partidos aliados tradicionais, setores progressistas da sociedade e demais segmentos que fazem parte da frente ampla que apoia Lula.
Pelo menos dois terços do Congresso Nacional oscilam entre o centro conservador, a direita e a extrema-direita. Repetindo a linha adotada em governos petistas anteriores, a imprensa comercial, por sua vez, faz questão de não reconhecer nenhum mérito nas inúmeras realizações do governo Lula 3 e vive de inventar crises, amplificar problemas, distorcer declarações de Lula e apostar no jornalismo rebaixado da fofoca.
Somado a isso tudo, temos um neofascismo com forte presença nas redes sociais, com poder de mobilização e base social, política e eleitoral.
Marielle: prisão é vitória do governo Lula
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
O desvendamento do assassinato de Marielle Franco e a prisão dos mandantes, no domingo, é uma vitória inconteste do governo Lula.
Nos primeiros dias de gestão, o presidente e o então ministro da Justiça, Flávio Dino, tomaram a decisão política de esclarecer o crime cuja impunidade, há cinco anos, depunha contra a efetividade da democracia brasileira.
A decisão tomada naquele janeiro conturbado pela tentativa de golpe, de federalizar parcialmente as investigações, permitiu que em pouco mais de um ano de trabalho sério, a Polícia Federal, ombreada com o Ministério Público estadual, conseguisse desmontar a trama do crime e de sua frustrada impunidade.
O esclarecimento é resultado do trabalho conjunto e independente das instituições de polícia e justiça contra o crime organizado mas não teria acontecido sem a decisão política do governo federal, em tudo oposta à do governo Bolsonaro, que nunca se empenhou no esclarecimento do crime. Muito pelo contrário.
O desvendamento do assassinato de Marielle Franco e a prisão dos mandantes, no domingo, é uma vitória inconteste do governo Lula.
Nos primeiros dias de gestão, o presidente e o então ministro da Justiça, Flávio Dino, tomaram a decisão política de esclarecer o crime cuja impunidade, há cinco anos, depunha contra a efetividade da democracia brasileira.
A decisão tomada naquele janeiro conturbado pela tentativa de golpe, de federalizar parcialmente as investigações, permitiu que em pouco mais de um ano de trabalho sério, a Polícia Federal, ombreada com o Ministério Público estadual, conseguisse desmontar a trama do crime e de sua frustrada impunidade.
O esclarecimento é resultado do trabalho conjunto e independente das instituições de polícia e justiça contra o crime organizado mas não teria acontecido sem a decisão política do governo federal, em tudo oposta à do governo Bolsonaro, que nunca se empenhou no esclarecimento do crime. Muito pelo contrário.
Duas tarefas na Semana Santa
Charge: Bruno Galvão |
Há duas tarefas a serem cumpridas pelo movimento sindical mesmo nestes dias feriados.
A primeira delas, incumbência de todo o movimento em suas bases de trabalhadores e trabalhadoras, é a de participar juntamente com toda a população e com o SUS da luta para enfrentar o grave surto da dengue.
Os sindicatos podem, em cada cidade e com conhecimento de causa, ajudar nas ações de limpeza e prevenção dos criadouros do mosquito, nas medidas visando a vacinação e até mesmo oferecendo suas instalações e sedes como locais de exames, de testes e de tratamento dos sintomas da doença.
"Farsang" na Embaixada da Hungria
Charge: Schröder |
Bolsonaro passou parte do Carnaval na embaixada da Hungria. Duas noites, mais precisamente.
Normal, não é?
Muita gente faz isso. Em vez de ir para o Nordeste ou para o Rio, o sujeito se refugia em alguma embaixada, com medo do barulho e da confusão.
Além disso, em Budapeste, a bela capital da Hungria, há também carnaval. Chama-se “farsang”, e é mais tranquilo que o brasileiro.
Foi isso. Bolsonaro trocou o carnaval pela “farsang”. Quem há de culpá-lo?
Há outras hipóteses.
Mistérios que cercam atuação de Braga Netto
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
No artigo “Aparece a penúltima peça do caso Marielle, falta a última“, apresentei a seguinte tese:
1- Marielle foi executada como maneira de desmoralizar a operação de Garantia de Lei e Ordem no Rio de Janeiro.
2- O receio dos executores é que a GLO fosse uma parceria entre o general Villas Boas, Michel Temer e o Supremo Tribunal Federal para uma eleição com Temer e sem Lula.
3- Posteriormente, Villas Boas promove a aproximação entre Braga Neto e Bolsonaro. Quando Bolsonaro assume, entrega a Braga Neto seu mais forte Ministério – o da Casa Civil.
4- Em troca, depois de ter anunciado ter chegado aos mandantes do crime, pouco mais de dois meses depois do assassinato, Braga Netto se cala.
segunda-feira, 25 de março de 2024
Monark deve R$ 4 mi por apologia ao nazismo
Charge: J.Bosco |
Na última quinta-feira (21), o Ministério Público de São Paulo apresentou à Justiça uma ação civil em que pede que o influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, vulgo Monark, pague R$ 4 milhões em indenização por defender a criação de um partido nazista no Brasil. O promotor Reynaldo Mapelli Júnior foi incisivo no seu parecer, afirmando que está comprovada, “com sólida fundamentação técnica, a postura racista, o antissemitismo e o nazismo no comportamento do réu, bem como a necessidade de reprimenda”.
O promotor ainda avaliou que “a defesa da criação de um partido cuja ideologia é a própria antítese da construção histórica recente dos direitos humanos é incompatível com o texto constitucional do Brasil”. A ação pede que a indenização seja direcionada ao Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos, ligado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.
domingo, 24 de março de 2024
União arrecada R$ 8,1 bi com fundos de ricaços
Foto: Ricardo Stuckert |
Duas medidas recentes bombardeadas pela mídia rentista ajudam a entender o aumento recorde da arrecadação do governo federal, o que permite maiores investimentos em políticas sociais e em obras de infraestrutura. A taxação dos chamados fundos exclusivos, dos super-ricos, gerou cerca de R$ 8,1 bilhões para a União. Já a tributação de jatinhos e iates deve render R$ 10,4 bilhões aos cofres públicos. Estas duas iniciativas do governo Lula representam um importante avanço civilizatório de justiça tributária no país.
PSDB abandona Nunes em São Paulo
Apesar de dispor de muita grana dos cofres públicos e contar com o apoio dos partidos de extrema direita e fisiológicos e com a simpatia da mídia monopolista, a situação do prefeito Ricardo Nunes, de São Paulo, não é tranquila. Conforme mais se alinha ao bolsonarismo, o oportunista do MDB sofre novas perdas. Na sexta-feira passada (22), a comissão executiva municipal do PSDB decidiu abandoná-lo em seu projeto de reeleição. Os tucanos aprovaram o lançamento de candidatura própria na disputa da capital paulista.
Crise global e desafios do sindicalismo
Foto: CTB |
* Durante a reunião da Direção Nacional da CTB, realizada na quinta (20) e sexta-feira (21), em Salvador, o jornalista Umberto Martins, assessor da central, fez uma análise da conjuntura da qual reproduzimos os trechos abaixo:
***
Vivemos no contexto do que podemos chamar de crise global do capitalismo e, em particular, da ordem imperialista hegemonizada pelos EUA.
É uma crise ao mesmo tempo econômica e geopolítica.
Em sua dimensão econômica, a crise tem por características ciclos de baixo e decrescente crescimento dos PIBs, com uma tendência à estagnação das economias, intermediados por depressões de alcance global como as de 2008, iniciada nos EUA, e de 2020-21, alavancada pela pandemia da Covid-19.
O Brasil não cabe no jardim da Europa
Foto: Divulgação |
(Para Helena, neta primogênita, que deu origem ao título deste artigo)
O leitor ou leitora que me acompanhe um pouco não estranhará o título deste artigo, uma variante do título do meu livro mais recente, “O Brasil não cabe no quintal de ninguém”. Se não cabe no quintal de ninguém, como caberia no jardim da Europa? Quando a primeira edição do livro foi lançada, em 2019, Helena, a minha neta mais velha, na época com oito anos, disse que o livro se chamava “O Brasil não cabe no jardim de ninguém”. Helena atirou no que viu e acertou no que não viu. Hoje, o importante é lembrar que o Brasil não cabe, especificamente, no jardim da Europa.
Lula não pode temer o militar
Charge: Vitor Vanes |
(Para Oswald Barroso)
A ministra Luciana Santos e o ministro Camilo Santana suspenderão o financiamento de pesquisadores que estudem o golpe de 1964 e a ditadura que se seguiu?
A UNB será impedida de promover homenagem póstuma a Honestino Guimarães, assassinado pela ditadura?
O Ministério da Educação sustará reverências a Anísio Teixeira e Paulo Freire? Deixará de implementar políticas contrárias ao ensino cívico-militar propugnado pelos fascistas? Punirá professores que aludam ao golpe militar em sala de aula?
A ministra Marina Silva cancelará estudos ambientais que se refiram à devastação da Amazônia promovida pela Ditadura?
O ministro Sílvio Almeida coordenará o “esquecimento” do terrorismo de Estado praticado por mais de duas décadas?
Exército blindou esposa do general Villas Bôas
Charge: Miguel Paiva/247 |
O general Júlio César Arruda assumiu o comando do Exército em 30 de dezembro de 2022 no lugar do general Freire Gomes, que junto com os insubordinados comandantes bolsonaristas da Aeronáutica e da Marinha abandonou o comando. Tudo porque eles não reconheciam o resultado da eleição e não aceitavam ter de bater continência ao presidente eleito pela soberania popular para ser o comandante supremo das Forças Armadas.
O general Arruda comandou o Exército brasileiro apenas durante os 21 dias iniciais do governo Lula; foi o mais breve no cargo na história da República.
Ele acabou demitido em 21 de janeiro de 2023 por descumprir ordem do presidente Lula de anular a nomeação do Mauro Cid para o comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos do Exército, sediado em Goiânia.
O general Arruda comandou o Exército brasileiro apenas durante os 21 dias iniciais do governo Lula; foi o mais breve no cargo na história da República.
Ele acabou demitido em 21 de janeiro de 2023 por descumprir ordem do presidente Lula de anular a nomeação do Mauro Cid para o comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos do Exército, sediado em Goiânia.
Experiência genocida do sionismo israelense
Ilustração: Palestine Art & Architecture |
É comum que nos deparemos com certas pessoas que, embora continuem simpáticas ao sionismo e ao Estado de Israel, não conseguem evitar uma sensação de vergonha e peso na consciência ao tomar conhecimento do monstruoso genocídio que os sionistas israelenses estão cometendo contra o povo palestino neste exato momento.
O pior de tudo para essas pessoas é que, diferentemente das situações imperantes em outros genocídios conhecidos da história, o genocídio atual chega a nossos olhos em tempo quase real, com abundância de imagens em fotos e vídeos que não deixam margem para dúvidas quanto ao horror que significam. Portanto, torna-se quase impossível não reconhecer a crueldade, a perversidade e a covardia dos agentes ativos do genocídio de agora. E estes, para desespero de alguns, não são outros que os responsáveis pela política do Estado de Israel.
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