domingo, 7 de abril de 2024

Estado Islâmico x Estado de Israel

Por Jair de Souza

Queria dar início a este singelo texto trazendo de volta à memória excertos dos pensamentos de dois grandes filósofos contemporâneos que, pelo prestimoso papel que prestaram a certos setores sociais são por estes muito reverenciados. Em razão da grandiosidade de suas figuras e por serem muito conhecidos e amados nos círculos já referidos, não será preciso explicitar seus nomes, os quais, de todos modos, serão imediatamente reconhecidos.

O primeiro desses pensadores, por ter se consagrado como um ilibado e justo perseguidor da verdade e da justiça, ao justificar suas ações visando aplicar merecida condenação a um certo vilão, exibiu um PowerPoint e proferiu uma sentença que dizia mais ou menos o seguinte: “Não disponho de provas para corroborar a justeza da condenação dessa pessoa, mas tenho convicção mais do que suficiente para garantir sua validade”. E, como deveria ter sido, suas convicções foram plenamente aceitas, pelo menos no seio da grande mídia corporativa de nosso país.

O outro grandioso filósofo a quem vamos recorrer era um sábio, grande conhecedor das leis e, mais ainda, um certeiro aplicador da justiça. E, certa vez, ao saber que o nome de um conhecido figurão tinha sido detectado em coisas não muito lícitas, não vacilou em fazer uso de toda sua sapiência jurídica e externar o seguinte pensamento: “Em razão de que a tal pessoa flagrada em atividades condenáveis é, na verdade, um potencial aliado para nossas causas, não convém que melindremos com a mesma”.

sábado, 6 de abril de 2024

Globo é condenada por impor padrão de beleza

Ilustração: Patricio Betteo
Por Altamiro Borges


O jornalista Daniel Castro destaca no site de entretenimento Notícias da TV que a “Globo é condenada por misoginia ao impor ‘padrão de beleza’ e discriminar repórter”. A decisão da Justiça é inédita e a empresa terá que indenizar a repórter Veruska Donato “por impor uma ‘ditadura da magreza’ que a deixou doente. É a primeira vez que a emissora é punida por estabelecer um ‘padrão Globo de beleza’, interpretado pela Justiça como prática misógina”, descreve a reportagem.

O império global também foi condenado a reconhecer uma série de direitos trabalhistas e poderá ter que desembolsar ao menos R$ 3,5 milhões. “Veruska Donato deixou a Globo em novembro de 2021, após ficar 77 dias afastada com síndrome de burnout (estresse e esgotamento físico devido a trabalho desgastante). Em janeiro do ano passado, ela entrou com uma ação trabalhista acusando a emissora de misoginia (ódio às mulheres) e etarismo (preconceito por idade”.

Mídia deve autocrítica sobre a Lava-Jato

Eleição na Venezuela e posição do Itamaraty

Braga Netto inventa desculpa esfarrapada

Crise na Petrobras? Prates deixará o cargo?

Marielle e o Rio paralelo do clã Brazão

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Indignação vazia sobre o genocídio em Gaza

Charge: Peter Schrank/Political Cartoon
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


O governo de extrema-direita de Netanyahu ultrapassou todos os limites. Limites morais, legais e políticos.

Não respeita nada e ninguém.

Tratados e convenções internacionais simplesmente não existem para ele. Resoluções da ONU, inclusive a última que obriga o cessar-fogo em Gaza, são solenemente ignoradas. Ignoradas há décadas, frise-se.

Atacar hospitais, campos de refugiados, escolas etc. tornou-se a norma macabra do governo Netanyahu. Matar mulheres e crianças também. Cerca de 70% das vítimas fatais em Gaza fazem parte desse grupo de inocentes. Já morreram, até agora, mais de 32 mil pessoas em Gaza e há cerca de 15 mil desaparecidos, provavelmente gente morta embaixo das imensas ruínas.

Fome, sede, falta de energia, de comunicação, de assistência médica, de saneamento básico etc. é a situação dantesca imposta pelo governo Netanyahu aos palestinos de Gaza.

A presidência do Brasil no G20 e a mídia

O duplo discurso dos EUA em relação ao TikTok

Da Agência de Notícias Xinhua:

A recente aprovação pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de um projeto de lei que visa forçar o TikTok a se separar de sua empresa controladora chinesa, a ByteDance, ou enfrentar uma proibição em todo o país, gerou uma forte controvérsia internacional. Analistas de vários países sul-americanos coincidiram em que a medida reflete uma postura intervencionista e iliberal do Congresso dos Estados Unidos, contrária às suas próprias narrativas de livre mercado e democracia.

As críticas se concentram na contradição entre as políticas econômicas promovidas pelos Estados Unidos para outros países e sua intervenção direta em questões tecnológicas e de segurança nacional, e questionam especialmente a ameaça que essa medida representa para a liberdade de expressão e o livre fluxo de informações na esfera digital, não apenas para a sociedade americana, mas para o mundo.

Lula e seus adversários

Foto: Ricardo Stuckert (PR)
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

A situação do governo Lula, difícil desde o primeiro dia, parece ter sofrido alguma deterioração nos meses recentes. Não chega a ser surpreendente. Sempre há uma lua de mel e ela sempre acaba. Mais importante, a herança recebida dos governos anteriores é pesada, são muitas as dificuldades de recuperar a máquina pública e – ponto de quero tratar hoje – são poderosos os adversários políticos do governo.

Cheguei a pensar em intitular o artigo “Governo sitiado”, mas me pareceu pesado e sombrio demais. Aí pensei em amenizar colocando um ponto de interrogação, mas isso também não resolveu. Não cabe espalhar pessimismo e desânimo. Os adversários são poderosos, mas o governo Lula tem seus recursos e pode prevalecer.

Jornalista: panorama da profissão no Brasil

Otan: A máquina de guerra do imperialismo

quinta-feira, 4 de abril de 2024

STF rejeita poder moderador dos militares

Militar implora para Xandão. Nova delação?

Governo endurece contra devedor contumaz

Sergio Moro busca boia de salvação

Boicote à bestialidade israelense

Montagem: Al Jazeera
Por Jeferson Miola, em seu blog:

No dicionário Houaiss da língua portuguesa, bestial é descrito como o que é “relativo a besta (no sentido de ‘animal’)”; “que se distingue pela ferocidade, selvageria; desumano, sanguinolento, cruel”; “da natureza do bruto; grosseiro, boçal”; “em que falta espiritualidade”; “que é sórdido; imoral, baixo, devasso”; “que causa repulsa; horrível, repugnante”.

Está definitivamente demonstrado que as bestialidades de Israel não têm fim, não têm limites e que, apesar de todo o cenário dantesco que acompanhamos ao vivo pela TV e internet, o regime nazi-sionista continua contando até hoje com a cumplicidade criminosa dos EUA.

O ataque que matou sete trabalhadores humanitários da instituição de caridade World Central Kitchen em Gaza é mais um desses atos bestiais de Israel, que assassina uma criança palestina a cada 12 minutos, deixa outra aleijada a cada 2h e 30 minutos e condena à orfandade outras dezenas delas todo dia – muitas sem sequer um único familiar sobrevivente para cuidá-las.

A ação sindical e a "normalizAção"

Foto: Sapão/CUT
Por João Guilherme Vargas Netto


Almejar a normalização da vida nacional (que é o contrário de uma polarização continuada e renitente) não deve significar a aceitação de uma mesmice preguiçosa e indulgente.

Para a ação sindical a vida nacional normalizada não resolve, por si só, os problemas, mas facilita seu enfrentamento e sua solução.

Basta citar as negociações salariais em curso nas diferentes categorias e datas-bases que se beneficiam de uma conjuntura favorável e, dependendo da mobilização dos trabalhadores, conseguem resultados que interessam a todos ou à maioria.

A ação sindical prossegue, em suas várias formas (como resenha a cada semana a Rádio Peão Brasil), atacando os problemas correntes da vida dos trabalhadores e das trabalhadoras e apresentando a todos a orientação unitária das direções sindicais sem ser desorientada pelos aspectos mais perversos do negacionismo, da intransigência e da falsificação.