domingo, 11 de agosto de 2024

Extrema direita vence em conselho de médicos

Charge: Pyotr Sarukhanov
Por Altamiro Borges


O “capetão” Jair Bolsonaro perdeu a disputa presidencial em 2022, mas o bolsonarismo – como expressão do neofascismo – segue com muita força na sociedade. Prova disso é o trágico resultado das eleições para o Conselho Federal de Medicina (CFM) na semana passada. A extrema direita foi vencedora em 18 dos 27 estados brasileiros. Entre os conselheiros eleitos, vários defensores da ineficiente cloroquina no combate à Covid-19, militantes contrários ao aborto legal e apoiadores dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023.

Juros: nunca antes neste país!

Charge: Miguel Paiva
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


A divulgação da edição mais recente do Relatório de Política Fiscal do Banco Central (BC) no final de julho confirmou, mais uma vez, a tendência altista no volume de juros pagos regularmente pelo Estado brasileiro aos detentores de títulos de dívida pública de nosso País. Uma parcela significativa dos gastos realizados pelo governo federal sempre foi direcionada para tal compromisso, mas esses valores nunca estiverem na linha de mira dos agentes a serviço do financismo, todos eles sempre muito alertas para denunciar a suposta gastança da administração pública.

Candidatos da direita se afastam de Bolsonaro

Charge: Thiago
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Um resumo rápido dos primeiros debates com os pré-candidatos a prefeito nas grandes capitais, promovidos pela Band, é terrível para Bolsonaro. Ninguém, com exceção de Alexandre Ramagem no Rio, quer expor vínculos com o sujeito.

Não chegam a esconder, como Ricardo Nunes não escondeu, mas o bom mesmo, se possível, é evitar seu nome. Como evitaram citar Bolsonaro os bolsonaristas Sebastião Melo (Porto Alegre), Bruno Engler (Belo Horizonte), Pablo Marçal (São Paulo), Bruno Reis (Salvador).

Em Curitiba, os jornais informam que três candidatos da direita, Eduardo Pimentel, Maria Victoria e Ney Leprevost, lembraram suas proximidades com o governador Ratinho Júnior e mantiveram distância de Bolsonaro.

O presente e o conhecimento do passado

Ataque de Israel a escola al-Tabin em Gaza.
Foto: Mahmoud Issa/Reuters
Por Roberto Amaral, em seu blog:


A história - consabidamente algo muito distinto das coleções de datas e biografias - se não define o futuro, nem o antecipa, ajuda-nos a compreender o presente, ensejando as condições necessárias para a intervenção na realidade. É quando assumimos o papel de sujeito-histórico. Como considerar a chamada primeira guerra mundial sem ter presente o conflito de hegemonia que opunha o expansionismo da Alemanha industrializada ao Ocidente europeu, ainda dependente de suas fontes coloniais? A segunda guerra mundial é curialmente citada como herança mal resolvida do conflito 1914-1919, por seu turno um desdobramento de seguidos confrontos, comerciais, políticos e bélicos, entre as potências europeias, senhoras de baraço e cutelo do mundo de então. Travava-se, naquele teatro, como se travaria em 1939, como se trava nos dias presentes, uma disputa de vida ou morte em torno da hegemonia mundial. E a história não conhece uma só hipótese de resolução desse impasse sem o apelo ao embate armado. A guerra, nunca será demais repetir, é a continuação, por outros meios, da política (Clausewitz), e quase sempre se segue ao fracasso das negociações. Exemplo é oferecido pela paz de Versalles: fruto da guerra, imporia uma outra, ainda mais violenta, para consertá-la.

Na Europa, uma vez mais, culpa é das vítimas

Thao, Immigration, 2010
Por Jair de Souza

Regressei há poucos dias de outra viagem à Europa. Confesso que cheguei de volta profundamente consternado com as cenas de tristeza que pude presenciar nas ruas de várias das cidades por onde passei.

Em especial, creio que jamais me esquecerei das duras palavras e da expressão facial de uma senhora portuguesa de meia idade dirigidas a uma pedinte que estava sentada numa das calçadas de Lisboa junto a seu cachorro. Ouvir a tal senhora dizer à moradora de rua que ela só se compadecia do animal, pois ele não tinha culpa de nada, mas não da mulher, que não tinha nada que estar por ali perturbando a tranquilidade dos portugueses. Por isso, ela deveria ir embora de Portugal imediatamente e voltar para o lugar de onde tinha vindo.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

A Venezuela contra o Império

 Caracas, 03/8/24 - Manifestação em apoio a Nicolás Maduro.
Foto: 
Matias Delacroix/AP
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Uma coisa me parece certa, leitor ou leitora: é fundamental entender que a Venezuela sofre a cobiça dos Estados Unidos e outras nações imperiais. Para elas, o que interessa é o acesso o mais livre possível aos imensos recursos naturais venezuelanos, petróleo e gás destacadamente. E para esse fim nada melhor, nada mais eficaz do que ter em Caracas fantoches e títeres, como os da oposição a Nicolás Maduro.

Estou sendo repetitivo? Talvez. Mas, como dizia Nelson Rodrigues, o que não é repetido com insistência permanece rigorosamente inédito (frase que já repeti, aliás, centenas de vezes).

Sikêra Júnior vira réu por injúria e difamação

Mídia brasileira e eleições na Venezuela

Bandidagem na mídia ameaça a democracia

Maduro diz que golpe será derrotado

Capitão prega “tutela militar". Silêncio!

Silvinei, o fascistinha da PRF, deixa a cadeia

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges


O afável ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (8) a soltura de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal. O fascistinha da PRF, como ficou conhecido, deixa o presídio da Papuda, em Brasília, mas terá de seguir algumas medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica, apresentação periódica à Justiça, cancelamento do passaporte e proibição de deixar o país, suspensão do porte de arma de fogo e a proibição de utilização das redes sociais.

A tramoia dos bolsonaristas no TCU

Reprodução da foto do site De olho nos ruralistas
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O processo de milicianização das instituições da República representa uma ameaça contínua à democracia brasileira.

Ocupantes regulares de funções públicas no aparelho de Estado ou agentes eleitos para a representação política agem como milícias ideológicas que subvertem seus cargos para materializar objetivos do extremismo e do fascismo.

Escancarada na atuação mafiosa da extrema-direita lavajatista, a milicianização das instituições se aprofundou com a extrema-direita bolsonarista. E continuará avançando perigosamente, caso não encontre resistências e respostas contundentes do campo democrático.

Numa articulação das suas bancadas no Congresso e no Tribunal de Contas da União/TCU, bolsonaristas promoveram nova ofensiva, desta vez para livrar a responsabilidade criminal de Bolsonaro pelo roubo de jóias e objetos valiosos pertencentes ao patrimônio da União.

Ponto de vista sindical

Do site: Sintect-SP
Por João Guilherme Vargas Netto


O ponto de vista de uma pessoa sobre qualquer assunto é o resumo instantâneo de sua ideologia dominante.

Para meu ponto de vista nada é mais esclarecedor do que um acompanhamento do que anda acontecendo no mundo sindical (ainda que predominantemente em São Paulo), demonstração de sua vitalidade.

As metalúrgicas da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) realizaram seu segundo congresso reunindo mais de 300 ativistas, em um esforço para aumentar a participação feminina nas lutas sindicais considerada essencial para o avanço da igualdade entre homens e mulheres.