Por Altamiro Borges
O deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ), que deu um tiro no pé ao explicitar seu ódio aos negros e aos gays durante uma entrevista ao programa CQC, não deverá caminhar sozinho ao cadafalso caso seja aberto o processo de cassação de seu mandato por crime de racismo – previsto em lei. A cada dia aparecem mais defensores do fascistinha!
Alguns são explícitos. Eles adoram as bravatas inflamadas e patéticas de Bolsonaro em defesa da ditadura militar, das torturas, da pena de morte, dos preconceitos homofóbicos, etc. Outros são mais “enrustidos” e somente saíram agora do “armário” para gritar contra a proposta “antidemocrática” da cassação do seu mandato parlamentar.
Noblat em busca de holofotes
O primeiro a berrar, talvez em busca de holofotes na rabeira de Bolsonaro, foi Ricardo Noblat, colunista do jornal O Globo. Arrogante, ele se apresenta como paladino da “democracia” e da “tolerância”; já os que pedem a punição do deputado racista fariam parte do “fascismo do bem”. “Nossa capacidade de tolerar os intolerantes é que dá a medida do nosso comprometimento para valer com a liberdade e a democracia”, teoriza o funcionário da famiglia Marinho.
De forma rasteira, Noblat ainda tenta comparar Bolsonaro com Lula. Lembra de uma piada infeliz do ex-presidente sobre os homossexuais, pronunciada durante comício em Pelotas (RS). Ele só não diz que o governo Lula foi o que mais avançou no respeito à livre orientação sexual, fato reconhecido pelas entidades do movimento GLBTS. Já o ex-militar sempre foi um homofóbico doentio, que usa seu mandato para estimular o ódio e a violência preconceituosa.
Sofisma e presunção
Mesmo aparentando discordar de Bolsonaro, “uma síntese do mal e do feio”, o colunista da Globo insiste em praticar o seu esporte preferido dos últimos tempos – o de desqualificar as esquerdas. “A patrulha estridente do politicamente correto é opressiva, autoritária, antidemocrática. Em nome da liberdade, igualdade e tolerância, recorta a liberdade, afirma a desigualdade e incita a intolerância”. Seguindo nesta toada, Noblat logo será diretor do Instituto Millenium.
O motivo da “defesa” do deputado racista beira certo egocentrismo. O jornalista, que se acha, teme um dia também ser perseguido. “Se o direito de ser contra for negado a Bolsonaro hoje, o direito de ser a favor pode ser negado a mim amanhã de acordo com a ideologia dos que estiverem no poder”. Uma mistura de sofisma com presunção!
A única causa pétrea da mídia
Na mesma linha da defesa da “liberdade de expressão”, hoje foi a Folha que publicou um editorial contrapondo-se a qualquer punição do parlamentar. “O caso Bolsonaro não justifica abrir precedente contra a livre expressão do pensamento ou contra o caráter inviolável do mandato parlamentar”, afirma logo na abertura.
A mesma Folha, que aplaudiu o fechamento do Congresso Nacional pela ditadura militar, novamente tenta posar de democrata. Mesmo criticando a “incontinência verbal” do deputado, ela garante que a sua manifestação racista “se encontra coberta pelo espectro amplo da liberdade de opinião” e que a Constituição “abriga a liberdade de expressão como causa pétrea”. É o mesmo argumento esgrimido contra qualquer tipo de regulação da mídia.
“Indivíduos hostis costumam ser enrustidos”
De todos os “advogados de defesa” de Jair Bolsonaro, o mais exótico foi o colunista Fernando de Barros e Silva, colunista da Folha. Primeiro, ele apresenta uma biografia corrosiva do parlamentar:
“O deputado Jair Bolsonaro é um tipo fascistão. Truculento, homofóbico, lida mal com as diferenças e os valores democráticos. Os gays, em particular, parecem deixá-lo ‘maluca’ de raiva. Sabe-se que indivíduos muito hostis e agressivos, que se sentem ameaçados pela existência de homossexuais, costumam ser enrustidos... Mas quem seria eu para suspeitar que existe uma ‘Jairzona’ enjaulada na alma do capitão”?
Mas, depois, prega o perdão ao fascista. Para o colunista, o que Bolsonaro fez “foi apenas manifestar a sua opinião. Grosseira, retrógrada, mas que representa uma parcela da sociedade. A liberdade de expressão nos garante a possibilidade de falar o que quisermos (nos limites da lei), mas também nos obriga a ouvir o que nos desagrada... Devemos ser bastante restritivos em relação a atos racistas. Mas seria bom que fôssemos também mais elásticos e liberais em relação às palavras”. Estes “liberais” brasileiros são bastante seletivos nas suas escolhas!
O deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ), que deu um tiro no pé ao explicitar seu ódio aos negros e aos gays durante uma entrevista ao programa CQC, não deverá caminhar sozinho ao cadafalso caso seja aberto o processo de cassação de seu mandato por crime de racismo – previsto em lei. A cada dia aparecem mais defensores do fascistinha!
Alguns são explícitos. Eles adoram as bravatas inflamadas e patéticas de Bolsonaro em defesa da ditadura militar, das torturas, da pena de morte, dos preconceitos homofóbicos, etc. Outros são mais “enrustidos” e somente saíram agora do “armário” para gritar contra a proposta “antidemocrática” da cassação do seu mandato parlamentar.
Noblat em busca de holofotes
O primeiro a berrar, talvez em busca de holofotes na rabeira de Bolsonaro, foi Ricardo Noblat, colunista do jornal O Globo. Arrogante, ele se apresenta como paladino da “democracia” e da “tolerância”; já os que pedem a punição do deputado racista fariam parte do “fascismo do bem”. “Nossa capacidade de tolerar os intolerantes é que dá a medida do nosso comprometimento para valer com a liberdade e a democracia”, teoriza o funcionário da famiglia Marinho.
De forma rasteira, Noblat ainda tenta comparar Bolsonaro com Lula. Lembra de uma piada infeliz do ex-presidente sobre os homossexuais, pronunciada durante comício em Pelotas (RS). Ele só não diz que o governo Lula foi o que mais avançou no respeito à livre orientação sexual, fato reconhecido pelas entidades do movimento GLBTS. Já o ex-militar sempre foi um homofóbico doentio, que usa seu mandato para estimular o ódio e a violência preconceituosa.
Sofisma e presunção
Mesmo aparentando discordar de Bolsonaro, “uma síntese do mal e do feio”, o colunista da Globo insiste em praticar o seu esporte preferido dos últimos tempos – o de desqualificar as esquerdas. “A patrulha estridente do politicamente correto é opressiva, autoritária, antidemocrática. Em nome da liberdade, igualdade e tolerância, recorta a liberdade, afirma a desigualdade e incita a intolerância”. Seguindo nesta toada, Noblat logo será diretor do Instituto Millenium.
O motivo da “defesa” do deputado racista beira certo egocentrismo. O jornalista, que se acha, teme um dia também ser perseguido. “Se o direito de ser contra for negado a Bolsonaro hoje, o direito de ser a favor pode ser negado a mim amanhã de acordo com a ideologia dos que estiverem no poder”. Uma mistura de sofisma com presunção!
A única causa pétrea da mídia
Na mesma linha da defesa da “liberdade de expressão”, hoje foi a Folha que publicou um editorial contrapondo-se a qualquer punição do parlamentar. “O caso Bolsonaro não justifica abrir precedente contra a livre expressão do pensamento ou contra o caráter inviolável do mandato parlamentar”, afirma logo na abertura.
A mesma Folha, que aplaudiu o fechamento do Congresso Nacional pela ditadura militar, novamente tenta posar de democrata. Mesmo criticando a “incontinência verbal” do deputado, ela garante que a sua manifestação racista “se encontra coberta pelo espectro amplo da liberdade de opinião” e que a Constituição “abriga a liberdade de expressão como causa pétrea”. É o mesmo argumento esgrimido contra qualquer tipo de regulação da mídia.
“Indivíduos hostis costumam ser enrustidos”
De todos os “advogados de defesa” de Jair Bolsonaro, o mais exótico foi o colunista Fernando de Barros e Silva, colunista da Folha. Primeiro, ele apresenta uma biografia corrosiva do parlamentar:
“O deputado Jair Bolsonaro é um tipo fascistão. Truculento, homofóbico, lida mal com as diferenças e os valores democráticos. Os gays, em particular, parecem deixá-lo ‘maluca’ de raiva. Sabe-se que indivíduos muito hostis e agressivos, que se sentem ameaçados pela existência de homossexuais, costumam ser enrustidos... Mas quem seria eu para suspeitar que existe uma ‘Jairzona’ enjaulada na alma do capitão”?
Mas, depois, prega o perdão ao fascista. Para o colunista, o que Bolsonaro fez “foi apenas manifestar a sua opinião. Grosseira, retrógrada, mas que representa uma parcela da sociedade. A liberdade de expressão nos garante a possibilidade de falar o que quisermos (nos limites da lei), mas também nos obriga a ouvir o que nos desagrada... Devemos ser bastante restritivos em relação a atos racistas. Mas seria bom que fôssemos também mais elásticos e liberais em relação às palavras”. Estes “liberais” brasileiros são bastante seletivos nas suas escolhas!
4 comentários:
Esse PIG!!!!!!!!!Quem se lembra da campanha feita contra a deputada do PT que se remexeu na Câmara dos Deputados?Durante dias a televisão mostrava a deputda dançando de alegria porque a oposição havia perdido.O que mais se ouviu foi o decoro parlamenar pra lá, decoro palarmentar pra cá, ninguém poupou a coitada, resultado ela não se reelegeu.AGORA, o deputado homofóbico-racista, querem poupar, nos acham com cara de idiota para aceitar certas desculpas.Por mim ele nem seria deputado.Viche, viche!!!!!!!!
Muito bom, Miro! Precisamos levar sua mensagem às ruas, sair do virtual.
Detalhe: não foi num comício que Lula brincou com a fama de Pelotas. Foi antes de ele começar a gravar uma propaganda pra a candidatura municipal. Ele e o Marroni (cand a pref) estavam se preparando e o Lula faz a piada. A camera deveria estar desligada. Conta-se em Pelotas que a fita foi vendida para a candidatura oposta (PP) por 40 mil reais, q "fez a festa" e distribuiu para candidatos de outras cidades... Mesmo assim, o PT venceu aquela eleição.
Detalhe: não foi num comício que Lula brincou com a fama de Pelotas. Foi antes de ele começar a gravar uma propaganda pra a candidatura municipal. Ele e o Marroni (cand a pref) estavam se preparando e o Lula faz a piada. A camera deveria estar desligada. Conta-se em Pelotas que a fita foi vendida para a candidatura oposta (PP) por 40 mil reais, q "fez a festa" e distribuiu para candidatos de outras cidades... Mesmo assim, o PT venceu aquela eleição.
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