quinta-feira, 9 de junho de 2011

Trabalhadores fazem nova greve na Grécia

Do sítio Opera Mundi:

Os funcionários das empresas estatais, dos portos e dos bancos na Grécia iniciaram nesta quinta-feira (09/06) uma greve de 24 horas, enquanto os trabalhadores dos hospitais públicos trabalharão apenas quatro horas em Atenas e Salônica, em protesto contra o novo programa de cortes de gastos do governo.



Sob o lema "Rebelar-se contra a chantagem da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional)", a Confederação de Trabalhadores da Grécia (GSEE), que possui 1,5 milhão de filiados, convocou à greve os trabalhadores das empresas que estão na lista de privatizações até 2015.

O serviço ferroviário não funcionará durante o dia todo, da mesma forma que o trem regional que conecta a capital grega ao aeroporto internacional Eleftherios Venizelos. Os hospitais públicos funcionaram normalmente até 10h locais (4h de Brasília), e agora só atendem casos de emergência. Os funcionários de bancos também foram convocados à greve.

A União de Funcionários Públicos (Adedy), que representa 800 mil trabalhadores, convocou uma manifestação de protesto nas cidades de Atenas e Salônica, a partir das 11h locais (5h de Brasília), sob o lema "Não vendemos nada".

Segundo os sindicatos, o transporte público da capital ficou paralisado nas primeiras horas do dia e o serviço funcionará apenas para facilitar o acesso dos manifestantes ao protesto. Já os trabalhadores de carga e descarga em todos os portos do país decretaram greve de 24 horas contra o programa de privatização do Governo.

Os sindicatos majoritários fazem os preparativos para a próxima greve geral de 24 horas, no dia 15, a terceira do ano e a 15ª desde que a Grécia incorporou, em 2010, um plano de austeridade para equilibrar o orçamento deficitário, que obrigou o país a recorrer a um grande pacote de resgate financeiro concedido pela UE e pelo FMI.

No entanto, após um ano de dolorosos esforços, a Grécia se vê obrigada a implementar novas medidas de cortes de gastos, aumentos de impostos, fechamento de organismos públicos, privatizações e aluguel dos bens imobiliários do Estado para alcançar a meta de reduzir seu déficit para menos de 3% do PIB até 2014.

1 comentários:

Francisco de la Cruz disse...

Impressionante como a elite econômica europeia - especialmente, mas não somente alemã e francesa -, de alguma forma associada à elite econômica grega se esforçam para desgraçar a vida de milhões de gregos, retirando seus meios de subsistência e seus serviços essenciais para transferi-los às referidas elites.

O sistema neoliberal continua existindo nos mais diversos países e regiões do planeta, extraindo cada vez mais a mais-valia de milhões e bilhões de vidas humanas, financeirizando terras, alimentos, imóveis e tudo o que possa se transformar em investimento e dar muito lucro a poucos, até que tais ativos se transformem em "bolhas", e muitos dos que necessitam do trabalho ou da assistência do Estado para sobreviver tenham suas condições mais sub-humanizadas do que já estão.

Até quando?