domingo, 10 de março de 2013

Mortes no campo crescem 10,3%

Por Altamiro Borges

Estudo divulgado na semana passada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta que o número de mortos em conflitos agrários no Brasil cresceu 10,3% em 2012, na comparação com o ano anterior – pulou de 29 para 32 o total de líderes dos sem-terra e indígenas assassinatos pelo latifúndio. O relatório confirma a gravidade da situação no campo, em que os ruralistas abusam da violência, com seus jagunços armados; o governo empaca na reforma agrária; e o judiciário garante a impunidade dos criminosos.

Segundo a CPT, a violência cresceu principalmente no Pará e Rondônia, onde as disputas decorrentes da exploração ilegal de madeira recrudesceram nos últimos anos. Mas também houve aumento da violência no Rio de Janeiro, onde a média de mortes era de uma por ano e pulou para quatro em 2012. O relatório não contabiliza a morte do líder do MST em Campos dos Goytacazes, Cícero Guedes, assassinado em janeiro com dez tiros, e da lavradora Regina Pinha, morta em fevereiro na mesma cidade.

“A violência aumenta não tanto pela ação estatal, como se via no passado, mas pela iniciativa dos pistoleiros e até de empresas contratadas para este tipo de ação”, denuncia Isolete Wichinieski, da coordenação da CPT. Atualmente, 391 pessoas estão incluídas no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos. A pesquisa mostra que o número de “marcados para morrer” no campo diminuiu em 2012, mas permanece elevado. O total de pessoas ameaçadas de morte passou de 347, em 2011, para 280, em 2012.

1 comentários:

Anônimo disse...

uai..mas no outro post aí embaixo nao diz que nao se pode falar de violencia, de mortes, de atrocidades que isso isso é sensacionalismo do PIG??? que vivemos no melhor dos mundos do professor Pangloss que que tudo que acontece é necessariamente para o bem de todos??? naõ entendo mais nada...