Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Muito interessante a matéria do Estadão sobre o pedido de suspensão do Rock in Rio feito pelo Ministério Público estadual.
Faltam médicos, faltam macas, falta espaço para os pacientes, em geral vítimas de excesso de álcool.
Curioso é que a promiscuidade da mídia com os promotores do evento é tanta que a matéria descreve assim a cena:
Na noite de sábado, a reportagem do Estado esteve em um dos postos de saúde para obter informações sobre ocorrências médicas. Ao ver o crachá do repórter, a responsável por um dos postos entendeu que ele pertencia à produção do festival e passou a fazer uma série de reivindicações. “Temos que ter mais espaço para este pessoal”, dizia, apontando para pacientes que estavam deitados nas camas tomando soro por problemas alcoólicos. “Temos que liberar esta área para outros atendimentos e deixá-los no soro em outra sala, resolvam isso pra gente.”
Vejam a hipocrisia com que as coisas são tratadas aqui.
Se só com uns “baratos” de bebida (y otras cositas más) aquilo já era caótico, imagine com um tumulto ou acidente?
Mas ali não tem problema.
O time juvenil dos doutores coxinhas do CRM está lá, mas não para fiscalizar e exigir. Fica na platéia, gritando de prazer ao ver aquele bobagem subir ao palco de máscara de “Anonymous”…
Claro que o problema vai ser resolvido e o show vai continuar. Vão arranjar médicos, macas, espaço às pressas e terminar com o problema.
Afinal, há muito dinheiro envolvido ali e dinheiro é sagrado.
O que pode esperar é o pessoal lá de São José do Fim do Mundo, que não tem um médico sequer.
Esse povo, que não ganha em um mês o suficiente para um ingresso no Rock in Rio, não precisa de máscara.
Já é “Anonymous” e nem precisa de máscara.
Ninguém quer olhar o rosto dele.
Faltam médicos, faltam macas, falta espaço para os pacientes, em geral vítimas de excesso de álcool.
Curioso é que a promiscuidade da mídia com os promotores do evento é tanta que a matéria descreve assim a cena:
Na noite de sábado, a reportagem do Estado esteve em um dos postos de saúde para obter informações sobre ocorrências médicas. Ao ver o crachá do repórter, a responsável por um dos postos entendeu que ele pertencia à produção do festival e passou a fazer uma série de reivindicações. “Temos que ter mais espaço para este pessoal”, dizia, apontando para pacientes que estavam deitados nas camas tomando soro por problemas alcoólicos. “Temos que liberar esta área para outros atendimentos e deixá-los no soro em outra sala, resolvam isso pra gente.”
Vejam a hipocrisia com que as coisas são tratadas aqui.
Se só com uns “baratos” de bebida (y otras cositas más) aquilo já era caótico, imagine com um tumulto ou acidente?
Mas ali não tem problema.
O time juvenil dos doutores coxinhas do CRM está lá, mas não para fiscalizar e exigir. Fica na platéia, gritando de prazer ao ver aquele bobagem subir ao palco de máscara de “Anonymous”…
Claro que o problema vai ser resolvido e o show vai continuar. Vão arranjar médicos, macas, espaço às pressas e terminar com o problema.
Afinal, há muito dinheiro envolvido ali e dinheiro é sagrado.
O que pode esperar é o pessoal lá de São José do Fim do Mundo, que não tem um médico sequer.
Esse povo, que não ganha em um mês o suficiente para um ingresso no Rock in Rio, não precisa de máscara.
Já é “Anonymous” e nem precisa de máscara.
Ninguém quer olhar o rosto dele.
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