Por Altamiro Borges
Já está definido o tempo que os candidatos ao governo de São Paulo terão no horário eleitoral “gratuito” de tevê, que começa em 19 de agosto. O empresário Paulo Skaf, do PMDB, garfou a maior fatia – 5 minutos e 58 segundos. Ele terá um minuto a mais de exposição do que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que ficou com 4 minutos e 51 segundos. Já o ex-ministro Alexandre Padilha (PT) terá quase o mesmo tempo do tucano – 4 minutos e 22 segundos. Se os dois oposicionistas utilizarem bem o seu tempo de televisão, a vida do tucano não será nada fácil. Até agora, ele lidera com folga nas pesquisas – algumas delas que mais se parecem como peças de campanha eleitoral –, mas o seu telhado de vidro é frágil!
Os programas dos adversários poderão explorar, com fartura de imagens e depoimentos, a grave crise de água que atinge o Estado mais rico da federação. Estudos técnicos ajudarão a comprovar que o colapso do abastecimento não é culpa de São Pedro, mas sim da falta de planejamento e de investimento no setor. Também poderão exibir as cenas dantescas da superlotação do Metrô, com suas panes quase diárias em decorrência da ridícula ampliação do sistema e da ausência de manutenção. Outro tema muito sensível é o da segurança pública, que atormenta milhões de paulistas – inclusive a própria família de Geraldo Alckmin, que recentemente foi vítima de uma tentativa de sequestro. A mídia amiga simplesmente abafou o caso!
Mas um assunto que assusta até o glacial “picolé de chuchu” – segundo a corrosiva definição de José Simão – é o da corrupção nestas quase duas décadas de reinado tucano em São Paulo. O caso mais recente – o do “trensalão tucano”, o bilionário esquema de propina entre multinacionais e secretários de vários governos do PSDB – pode abalar as pretensões de Geraldo Alckmin. Basta expor com frequência a imagem de Robson Marinho, o principal pivô do escândalo e atual integrante do Tribunal de Contas do Estado – uma raposa tomando conta do galinheiro. Os documentos sobre desvio de grana e montagem de Caixa-2 são explosivos. Suas mansões no litoral paulista também são fotogênicas.
A própria Folha tucana, numa notinha publicada em 20 de março, revelou que este é o maior temor do atual governador, que tenta a reeleição. “Estrategistas tucanos avaliam que as acusações contra Robson Marinho, conselheiro do TCE e ex-chefe da Casa Civil de Mario Covas, envolvido no caso Alstom, são as que têm maior potencial de dano eleitoral. ‘A foto dele todo dia com a medalha no peito tornou-se insuportável. O partido deveria colocá-lo em uma mala e mandá-lo para a Groenlândia’, diz um conselheiro do governador”. Ou seja: há muito material inflamável para expor na televisão. O que não foi dito pela mídia tucana agora poderá ser desnudado – desde que não predominem as furadas teses “propositivas” dos marqueteiros!
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Leia também:
- Robson Marinho, o intocável conselheiro
- Quem abafou o "trensalão tucano"?
- O "trensalão" e o apartamento de FHC
- Alckmin e o impacto do propinoduto
- Demissão na Siemens apavora os tucanos
- A propina de R$ 52 milhões em SP
- "Não é cartel. É corrupção do PSDB"
- Robson Marinho, o tucano intocável
Já está definido o tempo que os candidatos ao governo de São Paulo terão no horário eleitoral “gratuito” de tevê, que começa em 19 de agosto. O empresário Paulo Skaf, do PMDB, garfou a maior fatia – 5 minutos e 58 segundos. Ele terá um minuto a mais de exposição do que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que ficou com 4 minutos e 51 segundos. Já o ex-ministro Alexandre Padilha (PT) terá quase o mesmo tempo do tucano – 4 minutos e 22 segundos. Se os dois oposicionistas utilizarem bem o seu tempo de televisão, a vida do tucano não será nada fácil. Até agora, ele lidera com folga nas pesquisas – algumas delas que mais se parecem como peças de campanha eleitoral –, mas o seu telhado de vidro é frágil!
Os programas dos adversários poderão explorar, com fartura de imagens e depoimentos, a grave crise de água que atinge o Estado mais rico da federação. Estudos técnicos ajudarão a comprovar que o colapso do abastecimento não é culpa de São Pedro, mas sim da falta de planejamento e de investimento no setor. Também poderão exibir as cenas dantescas da superlotação do Metrô, com suas panes quase diárias em decorrência da ridícula ampliação do sistema e da ausência de manutenção. Outro tema muito sensível é o da segurança pública, que atormenta milhões de paulistas – inclusive a própria família de Geraldo Alckmin, que recentemente foi vítima de uma tentativa de sequestro. A mídia amiga simplesmente abafou o caso!
Mas um assunto que assusta até o glacial “picolé de chuchu” – segundo a corrosiva definição de José Simão – é o da corrupção nestas quase duas décadas de reinado tucano em São Paulo. O caso mais recente – o do “trensalão tucano”, o bilionário esquema de propina entre multinacionais e secretários de vários governos do PSDB – pode abalar as pretensões de Geraldo Alckmin. Basta expor com frequência a imagem de Robson Marinho, o principal pivô do escândalo e atual integrante do Tribunal de Contas do Estado – uma raposa tomando conta do galinheiro. Os documentos sobre desvio de grana e montagem de Caixa-2 são explosivos. Suas mansões no litoral paulista também são fotogênicas.
A própria Folha tucana, numa notinha publicada em 20 de março, revelou que este é o maior temor do atual governador, que tenta a reeleição. “Estrategistas tucanos avaliam que as acusações contra Robson Marinho, conselheiro do TCE e ex-chefe da Casa Civil de Mario Covas, envolvido no caso Alstom, são as que têm maior potencial de dano eleitoral. ‘A foto dele todo dia com a medalha no peito tornou-se insuportável. O partido deveria colocá-lo em uma mala e mandá-lo para a Groenlândia’, diz um conselheiro do governador”. Ou seja: há muito material inflamável para expor na televisão. O que não foi dito pela mídia tucana agora poderá ser desnudado – desde que não predominem as furadas teses “propositivas” dos marqueteiros!
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2 comentários:
Talvez amordaçar a "ditadura midiática" seja mais fácil que resistir a ela... afinal liberdade de imprensa é uma invenção da "maldita" classe média. Vcs, petistas, são até engraçados, sinceramente! (modere direitinho...)
Pode acontecer o mesmo que na eleição para prefeito quando Celso Russomano liderava as pesquisas com folga e não foi nem para o segundo turno. Tomara!
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