Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
A Bolsa sobe e o dólar cai, na crença de que a prisão de Joesley Batista vai dar fôlego a Temer e favorecer a aprovação da reforma previdenciária. Os economistas do mercado tentam turbinar as expectativas positivas, melhorando as estimativas do PIB para este ano e o próximo. Dois enganos. Primeiro, porque a segunda denúncia de Rodrigo Janot, a ser apresentada esta semana, terá mais lastro na delação de Lúcio Funaro que na da JBS, e a delação de Funaro é demolidora, especialmente quanto a obstrução da justiça. Temer só sai ganhando se o plenário do STF decidir que Janot não pode oferecer nova denúncia enquanto não houver decisão sobre a validade da delação da JBS, e isso também não for decidido esta semana.
Depois, as previsões de crescimento não batem com a realidade fiscal, que continua tenebrosa. Segundo o Globo, o aumento do déficit deste ano em R$ 20 bilhões já foi devorado e o governo enfrenta novo risco de um “shutdown”, a paralisia dos serviços públicos por falta de recursos. Era previsível . O governo contou, em seu planejamento, com receitas incertas, como a venda das usinas da Cemig por R$ 11 bilhões, que continua bloqueada pela Justiça, com a venda da Lotex e com uma adesão ao Refis que frustrada pela demora do Congresso em aprovar o projeto. Vai precisar de aumentar o rombo fiscal em pelo menos mais R$ 14 bilhões.
STF decide na quarta se Janot pode apresentar nova denúncia contra Temer
O procurador-geral Rodrigo Janot tem até sexta-feira para lançar sua última flecha contra Michel Temer, apresentando a prometida segunda denúncia. Ele pode, entretanto, ser imobilizado pelo STF, que só na quarta-feira responderá a dois recursos de Temer. O agravo alegando a suspeição de Janot e a questão de ordem pedindo que nenhuma denuncia seja apresentada (ou considerada) enquanto não houver decisão sobre a validade da delação da JBS.
A Bolsa sobe e o dólar cai, na crença de que a prisão de Joesley Batista vai dar fôlego a Temer e favorecer a aprovação da reforma previdenciária. Os economistas do mercado tentam turbinar as expectativas positivas, melhorando as estimativas do PIB para este ano e o próximo. Dois enganos. Primeiro, porque a segunda denúncia de Rodrigo Janot, a ser apresentada esta semana, terá mais lastro na delação de Lúcio Funaro que na da JBS, e a delação de Funaro é demolidora, especialmente quanto a obstrução da justiça. Temer só sai ganhando se o plenário do STF decidir que Janot não pode oferecer nova denúncia enquanto não houver decisão sobre a validade da delação da JBS, e isso também não for decidido esta semana.
Depois, as previsões de crescimento não batem com a realidade fiscal, que continua tenebrosa. Segundo o Globo, o aumento do déficit deste ano em R$ 20 bilhões já foi devorado e o governo enfrenta novo risco de um “shutdown”, a paralisia dos serviços públicos por falta de recursos. Era previsível . O governo contou, em seu planejamento, com receitas incertas, como a venda das usinas da Cemig por R$ 11 bilhões, que continua bloqueada pela Justiça, com a venda da Lotex e com uma adesão ao Refis que frustrada pela demora do Congresso em aprovar o projeto. Vai precisar de aumentar o rombo fiscal em pelo menos mais R$ 14 bilhões.
STF decide na quarta se Janot pode apresentar nova denúncia contra Temer
O procurador-geral Rodrigo Janot tem até sexta-feira para lançar sua última flecha contra Michel Temer, apresentando a prometida segunda denúncia. Ele pode, entretanto, ser imobilizado pelo STF, que só na quarta-feira responderá a dois recursos de Temer. O agravo alegando a suspeição de Janot e a questão de ordem pedindo que nenhuma denuncia seja apresentada (ou considerada) enquanto não houver decisão sobre a validade da delação da JBS.
Se o plenário acolher a questão de ordem, Janot deixará o cargo sem poder apresentar a nova denúncia. Mas como pelo menos seis dos 11 ministros já fizeram declarações no sentido de que, mesmo com eventual anulação do acordo de delação, as provas continuam valendo, o mais provável é que não seja aprovado este embargo que paralisaria Janot.
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